eu não quero te perder.

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— Que porra é essa? — perguntou Jisung, com os olhos marejados.

— E-eu n-não sei! — Minho estava completamente desnorteado; ele não sabia o que dizer.

— Para de gaguejar e fala a verdade. — Jisung ficava ainda mais irritado com a aparente falta de honestidade do outro.

— Amor, eu realmente não sei quem é. — pegou o celular — Eu vou ver. — suas mãos trêmulas tentavam desbloquear o aparelho.

— Não me chama de amor! — Jisung deu a volta pelo balcão — Sabe, Minho, quer saber? Eu vou embora.

— Não! — segurou o braço do menor — Não vai, por favor. — Jisung suspirou — Isso é tão... tão complicado. Eu não sei o que a gente tem, e se é que a gente tem alguma coisa. Tem meses que a gente sai, se curte, mas... o que é isso? — apontou para Jisung e depois para si mesmo.

— E-eu também não sei. Desculpa, mas eu não consigo raciocinar agora. Eu vou embora. — ele saiu da cozinha e foi direto para fora da casa.

Minho se sentou em uma das cadeiras em volta do balcão, apoiando-se enquanto fincava os dedos no cabelo, tentando se acalmar. Tudo o que passava pela sua cabeça era: "Quem poderia ter feito aquilo?" Ele não sabia, e talvez nem suspeitasse de ninguém. Suspirou e se levantou. Independente de sua vida pessoal, ele tinha uma profissional, e agora tinha uma reunião.

Subiu para o andar de cima e começou a se arrumar. Enquanto colocava seu terno em frente ao espelho e ajeitava a gravata, sua cabeça estava em outro lugar – Jisung. Ele tinha plena consciência de que o magoara, e isso estava acabando consigo. Terminou de se ajeitar, se olhou no espelho e deu mais um suspiro.

[...]

Han chegou em casa e encontrou tudo em silêncio; certamente Felix estava no trabalho. Passou pela sala e seguiu pelo corredor até chegar ao quarto. Abriu a porta, caminhou até a cama, sentou-se e olhou para a mesinha ao lado, onde notou o porta-retrato com duas fotos dele e Minho. Fechou os olhos e abaixou o objeto. Deitou-se na cama, tentando dormir, mas não conseguiu. Sua mente insistia em pensar em Minho e naquela mensagem.

Ouviu um barulho vindo da sala e imaginou que fosse Felix chegando. A porta do quarto se abriu, revelando um Felix sorridente.

— Ei! Eu poderia estar pelado. — Han se sentou.

— Ah, garoto, ninguém quer ver esse pinto minúsculo seu. — Felix entrou no quarto, e Jisung revirou os olhos.

— Não revira os olhos pra mim. — bateu na coxa do amigo.

— Ai, Lix, eu não tô afim hoje, não. — deitou-se e agarrou o travesseiro — Me deixa quieto, por favor. — pediu, e Felix estranhou.

— O que aconteceu? — chegou mais perto — Conta. — Jisung fungou — Jisungie...

— O Minho... — a primeira lágrima escorreu — Acho que ele tá só brincando comigo todo esse tempo. Eu pensei que a gente estava sério, mas hoje eu vi que não. — mais duas lágrimas caíram.

— Como assim, Sung? Me explica isso direitinho, uhm? — Han se sentou na cama, cruzando as pernas.

— Eu tava na casa do Minho, aí reparei que ele tava demorando muito no banheiro. Fui até lá e vi ele se masturbando enquanto assistia pornô, Felix. — olhou para o amigo.

— Só isso? — Felix quase deixou escapar um sorriso.

— Como assim "só isso"? — cruzou os braços — E não, tem mais. — Felix fez sinal para que ele continuasse — Enquanto a gente tava na cozinha, meio que discutindo porque ele tava fazendo aquilo comigo lá, chegou uma mensagem pra ele de um número não salvo. Na mensagem tava escrito alguma coisa sobre ele não se atrasar pra festa e não esquecer da "particular" que eles teriam depois.

my new secretary - minsungOnde histórias criam vida. Descubra agora