é só um boquete.

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O que fazer quando a pessoa que você gosta está dormindo à sua frente como se fosse um bebê? O que fazer quando tudo o que você mais quer é largar todas as obrigações e ir se aconchegar nela, dormindo confortavelmente enquanto sente seu cheiro?

Isso. Era isso que Lee Minho queria fazer naquele exato momento. Ele estava sentado em sua poltrona com o corpo relaxado enquanto tentava se concentrar nos papéis que lia, mas, a cada fração de segundo, seus olhos se desviavam para a figura dormindo em seu sofá. Ele brigava consigo mesmo toda vez que percebia o desvio de atenção e voltava aos papéis.

Era uma briga incessante dentro de si. Um lado queria parar de ler aqueles papéis cheios de coisas chatas e dados importantes para admirar o moreninho. O outro insistia que todas aquelas coisas chatas e dados importantes eram extremamente urgentes e não podiam ser ignoradas. Então, o que fazer?

Lee estava tão atordoado com tudo isso que nem percebeu quando um Jisung sonolento se levantou do sofá e se aproximou, sentando-se em uma das cadeiras à frente da mesa.

Jisung tinha um biquinho nos lábios e a cara inchada de tanto dormir. Fofo.

Minho largou o papel que lia e franziu as sobrancelhas, perguntando-se o que havia de errado.

— O que foi, meu bem? — perguntou.

Jisung olhou para baixo enquanto coçava os olhos.

— O sofá não estava confortável?

— Não é isso. — respondeu, encarando o mais velho.

— Então, o que é?

— Você não pode me tratar assim. Eu ainda sou seu funcionário, e, se alguém vir você me tratando com prioridade, vão reclamar.

Minho sorriu de leve, sem mostrar os dentes.

— Meu bem... vem aqui. - encostou-se na cadeira e chamou Jisung com o indicador.

Jisung se levantou e foi até ele.

— Sente-se. — Minho deu dois tapinhas em sua coxa, e Jisung obedeceu — Olhe para mim. — colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha do menor e segurou sua cintura, trazendo-o para mais perto — E a quem eles vão reclamar, hum? Eu sou o chefe deles, assim como sou o seu. Se alguém vier reclamar com você ou te destratar, pode me avisar na mesma hora. Eu te priorizo porque gosto de você! Eu sei, talvez isso não seja nada profissional da minha parte, mas eu não ligo, ok?

Jisung assentiu e deitou a cabeça na curvatura do pescoço do ruivo.

— Eu não fiz quase nada hoje. — murmurou, girando a cabeça e deitando no ombro de Minho — Deveria me demitir.

Soltou uma risada, e Minho respondeu:

— Nem se eu quisesse! — abraçou ainda mais o corpinho do garoto — Está quase na hora de eu ir pra casa. Quer ir comigo?

— Não precisa, eu pego um táxi pra casa. — Jisung se afastou um pouco do ombro do maior.

— Não estou dizendo carona. Estou perguntando se quer ir pra minha casa. — Minho deu um sorrisinho de lado.

— Não! Definitivamente não. Preciso da minha casa, minha cama e meu melhor amigo. — Minho fez beicinho, mas Jisung o tocou com o indicador — Pode parar, mocinho. Nem vem.

Tentou se levantar, mas Minho o agarrou de novo.

— Me deixa sair... — pediu, manhoso.

— Mas eu gosto de você aqui, Sung... — respondeu, ainda mais manhoso.

Jisung sorriu.

— Você é muito chatinho, sabia?

Começou a aproximar o rosto do outro.

my new secretary - minsungOnde histórias criam vida. Descubra agora