O chão daquele escritório era gelado, duro e nada aconchegante, mas era nele que Minho se encontrava neste instante. O ruivo havia acabado de receber a notícia de que seu amor estava sumido e que ninguém sabia de seu paradeiro.
Se tem uma coisa — ou melhor, alguém – que Lee Minho jamais conseguiria viver sem, esse alguém era Han Jisung. Imaginar que qualquer sorrateiro poderia estar com ele, fazendo sabe Deus quantas atrocidades, era demais para si. Era amedrontador.
Tudo o que se passava em sua mente, quando ouviu de Changbin aquilo, foi:
— Eu vou perdê-lo.Somente isso e nada mais.
Caído no chão, seu subconsciente tentava trabalhar para que ele acordasse. Ele precisava acordar, ele precisava agir, ele precisava salvar Jisung.
Em um abrir de olhos rápido e raivoso, ele se levantou do chão, pegou seu celular e ligou novamente para Changbin, mas só caía na caixa postal.
— Mark?! — daiu da sala gritando o nome do outro.
Correu pelos corredores, salas e banheiros, mas o homem parecia ter se enfiado num buraco e desaparecido. Andou até a cafeteira do prédio e avistou-o.
— Mark, eu não posso ficar. Chame um carro, preciso ir embora urgente.
— Mas, senhor, temos que resolver o problema do dinheiro.
— Eu quero que o dinheiro se foda! Jisung foi sequestrado e eu quero acabar com o desgraçado que fez isso. — olhou ao redor do lugar e se virou para o outro novamente — Mark, para de me olhar e anda logo!
O homem saiu atordoado, buscando em seus contatos o número do motorista que o chefe usava sempre que ia à empresa — o que acontecia quase nunca. Correu atrás de Mark, gritando a cada segundo com ele.
O carro chegou por volta de 15 minutos depois, e Minho embarcou rapidamente, quase derrubando o motorista quando o homem se curvou para cumprimentar o CEO. Não passou no hotel para pegar sua mala nem nada; só queria encontrar o menino.
— Ei, entra e dirige o mais rápido possível. — o motorista deu a volta e entrou no carro.
Minho estava aflito dentro daquele veículo. Ele tremia e tentava ao máximo segurar o choro, mas era quase impossível. Na mente do CEO só passava a imagem de Jisung sofrendo, com medo e machucado — o que realmente estava acontecendo.
Tentou ligar para Changbin mais cinco vezes, mas o celular do homem só dava desligado. Gritou de raiva, assustando o motorista, e começou a chorar. Chorava como uma criança. Abriu a galeria de seu telefone e começou a chorar mais ainda enquanto via as fotos que tinha de Jisung: fotos sorrindo, brincando, dançando, outras mais ousadas. Chorou tanto ao ver uma foto dos dois com seus gatos, tirada no dia em que ele havia chegado de uma viagem e Jisung lhe fizera uma surpresa linda.
O motorista avisou que eles tinham chegado à casa de Minho. Ele despertou do transe em que olhava a foto sem parar. Desceu apressado do carro e correu para dentro da casa, chamando pelo menino, mas não obteve resposta alguma. Ele não estava ali.
Subiu para o segundo andar e encontrou algumas peças de roupas de Han em cima da cama. Pegou-as e começou a sentir o cheiro do moreno.
Olhou-se no espelho e viu que estava devastado, como nunca pensou que estaria um dia. Seu celular tocou, indicando ser Christopher. Ele atendeu.
— Alô — disse chorando.
— Minho, onde você está? Venha para a delegacia, Changbin está aqui também.
— Eu vou — fungou — Chris... — o maior murmurou para que ele continuasse — Eu amo tanto ele... — as lágrimas caíam sem parar.
— Eu sei, Min. Nós vamos encontrá-lo, uhm?! Agora venha pra delegacia e resolveremos tudo. Ele vai ficar bem, eu prometo. — christopher prometeu algo que ele não devia, e ele sabia disso.
O ruivo rumou para a garagem da casa e entrou em seu carro. Saiu da garagem com o automóvel e virou na direção da estrada. Olhou até que o portão se fechasse, mas acabou reparando em um embrulho que estava na frente da porta principal. Virou o carro, parou na entrada, desceu e andou até onde o embrulho estava.
Parecia um embrulho de bolo. Tinha um laço azul enorme, e a caixa era toda branca com ursinhos rosas e azuis. Minho se abaixou, tirou o laço de cima da caixa e a abriu devagar. O bolo era branco, com uma sacolinha azul-bebê em cima. Dentro dela havia um papel e o que parecia ser uma foto. Ele abriu a sacolinha, leu o bilhete e viu a foto.
No bilhete estava escrito: "Se eu não posso ser sua, ele também não pode ser."
— Filha da puta! — chutou o bolo — Que inferno de mulher! — pegou a foto na mão e viu que era Jisung amarrado e desmaiado — Hannie... — caiu ajoelhado.
[...]
— Olá, vadia! — acenou para o pequeno — Como está sendo a estadia neste hotel, uhm? Não vai me dizer que não gostou? Pedi até para colocarem esse colchão velho pra você. — riu.
— Yeji, por fav... — tentou dizer, mas foi interrompido.
— Cala a boca! Não deixei você falar. — caminhou até o moreno — Olha pra essa cara... — segurou no queixo de Jisung — Você é tão feio, garoto. Como o Minho gosta de você? — fez uma cara de desgosto.
Se levantou e saiu da sala, indo em direção à mesa onde Kang estava sentado comendo.
— Ele comeu? — perguntou a Kang enquanto se sentava.
— Não. — a ruiva suspirou.
— Eu não quero que ele morra de fome, então dá qualquer coisa pra ele. — olhou para a mordida que Jisung havia dado no homem — E isso, melhorou?
— Tá preocupada comigo? — riu, e a mulher revirou os olhos — Tá melhor.
Ouviram um grito vindo da sala. Os capangas de Kang correram até lá, mas era só um rato rodeando a sala úmida.
— Era só um rato! — Yeji gritou, subindo na mesa no mesmo instante em que um dos homens confirmou.
— Kang, tira ele de lá! — disse choramingando.
— Desce daí, ruiva. — ele se levantou e puxou Yeji de cima da mesa — Tirem o rato de lá. — ordenou aos homens, que obedeceram imediatamente.
Yeji desceu e abraçou o homem, que riu e se afastou dela.
A madrugada avançava, e Kang ia ficando mais impaciente com Jisung. Já tinha dado mais de cinco tapas em seu rosto — que agora exibia um olho roxo —, mas o garoto continuava a gritar e a se espernear. Ele mordeu um dos homens quando tentaram colocar a fita em sua boca e cuspiu em Kang, lutando como podia.
— Jisung, o Kang me disse que você tá insuportável, é verdade? Porque, se for... — sorriu — Vou ter que te matar, garoto. E eu não quero ser uma assassina.
— Quando o Minho me ach... — um tapa interrompeu a frase.
— Ele não vai te achar. Na verdade... — Yeji puxou o celular do bolso da calça e mostrou uma imagem para ele — Reconhece esse bumbum? Claro que sim, você o roubou de mim. — riu nasalado — E essas costas? — riu mais, e Jisung a chutou com os dois pés, fazendo o celular cair no chão, junto com ela.
Jisung se esticou ao máximo para pegar o celular, mas foi impedido por um chute no rosto. Ele caiu para trás, mas conseguiu chutá-la novamente, fazendo-a cair. Esticou-se novamente e, dessa vez, pegou o celular com o pé e o puxou, mas...
Sua barriga foi perfurada por um objeto muito afiado. Ardendo e doendo, ele olhou para baixo e viu sua camisa ser inundada por uma mancha de sangue. Sentiu-se molhado e zonzo. Olhou para a ruiva, que parecia desacreditada.
Kang chegou na sala com uma bandeja nas mãos — comida para Jisung —, mas a deixou cair quando viu o corpo do garoto desabar à frente, com a camisa ensanguentada. Seus olhos se arregalaram, e ele gritou:
— Você matou ele?! — estava em choque.
— Kang, me ajuda... — disse ela, chorando e tremendo — Por favor.
notas
não me matem pfv
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my new secretary - minsung
Fiksi Penggemar》minho é ceo de uma empresa multinacional e precisa urgentemente de um secretário. |minsung| • +18 • lemon • longfic • yaoi #1 - secretary #3 - jyp #1 - minsung × disponível no spirit @hannie_12. © todas as minhas histórias são de min...