os toques de minho.

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Na manhã seguinte, Jisung acordou com um peso desconfortável em cima de si. Jurou e pediu a tudo em que acreditava para que não fosse Minho, mas, para seu azar — ou sorte, eu diria —, era o próprio. Minho tinha dormido abraçado ao corpinho pequeno enquanto cheirava seus cabelos, mas durante a noite acabou subindo em cima do garoto e deixando todo o seu peso ali.

Jisung bufou assim que percebeu que o ruivo estava pesado demais para ele conseguir tirá-lo dali. Cutucou o ombro de Minho, mas o outro nem se mexeu. Precisava acordá-lo, mas só de pensar que teria que conversar com ele já o fazia desistir.

Ele não odiava Minho; só estava com raiva pelo que o maior fez a ele. Como uma pessoa se declara para alguém em um dia e, no outro, está transando com a ex? Isso não faz sentido algum, e Jisung pensava exatamente assim.

O menor se viu derrotado na décima cutucada no ruivo, e nada de ele acordar. Então, em um sussurro quase inaudível, Jisung chamou pelo maior, fazendo Minho se arrepiar por inteiro e resmungar palavras desconexas. Jisung chamou mais uma vez, e Minho abriu e fechou os olhos, abraçou o corpo do garoto e continuou a dizer coisas sem sentido enquanto ainda tentava acordar. Jisung, já sem paciência e quase sentindo falta de ar, gritou com o corpo em cima dele.

— Minho, pelo amor de Deus, sai de cima de mim que eu vou morrer! — assustado e desorientado pelo grito repentino em seu ouvido, Minho pulou de cima de Jisung e caiu ao lado do moreno na cama.

Deitado e massageando os olhos enquanto tentava assimilar tudo, Minho gemeu pela dor que começava a sentir na cabeça.

— Que porra... Eu não estava escutando. — parou de massagear os olhos e os direcionou a Jisung — Podia ter me chamado mais alto.

— Te chamei, cutuquei e quase fiz sinal de fogo para os bombeiros, mas você não acordava. — levantou da cama e entrou no banheiro.

Minho observava a cena do corpinho de Jisung indo até o banheiro. Era tão lindo, tão pequeno, delicado e frágil. Era a obra de arte mais linda de todas. Minho se pegou rindo à toa, lembrando de como era tocar a pele do garoto, e de o mesmo nem perceber que agora só estava de camiseta e boxer.

Ontem, após Minho deitar agarrado a ele, Jisung reclamou das roupas que vestia, e Minho tirou algumas delas. Não queria deixá-lo só de boxer, então deixou-o de camisa também.

Se levantou e entrou no banheiro, fazendo Jisung o olhar através do espelho.

— O que está fazendo aqui? — falou enquanto colocava as mãos na pia.

— Esse é meu banheiro – falou rindo.

— Você não pode simplesmente esperar eu sair para você entrar? – levantou as sobrancelhas.

— Não. — falou novamente, rindo.

— Então eu espero você sair. — ia saindo do banheiro, mas foi interrompido pela mão de Minho em seu braço. Olhou nos olhos do maior e depois para sua boca.

— Jisung, vamos parar com essa palhaçada. — trouxe o moreno para sua frente — Já estou cansado desse joguinho.

— Problema é seu. – sibilou ríspido — Eu não me importo se você está cansado ou não. Você não pensou se eu estaria cansado voltando sozinho por aquelas ruas até o hotel.

— Você foi andando? — disse em um tom preocupado.

— Isso não importa, Minho. — abaixou seu olhar para o peitoral do homem.

— Claro que importa. — chegou mais perto — Se é sobre você, então importa. — foi chegando perto do rosto do menor até que seus narizes se encostaram.

my new secretary - minsungOnde histórias criam vida. Descubra agora