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𝑷𝒊𝒆𝒕𝒓𝒐 𝑨𝒏𝒅𝒓𝒂𝒅𝒆🫦

Eu tava tirando um cochilo da tarde quando escuto várias vozes altas vindo da sala.

Desesperado, levanto da cama só de bermuda mesmo e vou pra sala saber o que esta acontecendo.

Chego na sala e me deparo com a minha mãe chorando abraçando uma menina que está de costas pra mim, então não consigo ver.

Mas o Daniel e o Diego estão aqui quase chorando enquanto vê elas se abraçando, ih, quem morreu?

— O que aconteceu, quem morreu? — Pergunto com a voz rouca de sono ainda, super confuso.

A garota rir de mim e se vira, e eu corro para abraçar ela já chorando.

Não acredito que é ela mesmo, a minha irmã, a Dani, e ela está bem.

— Que saudade Pi, como você tá neném do irmão? — Ela pergunta secando as lágrimas e sorrindo.

Eu sorrio em meios as lágrimas e abraço de novo, só que mais apertado.

Vocês não tem noção da saudade que eu estava dela, espero que o marido tenha pagado pelo que fez com ela, aonde já se viu proibir a mulher de ver a própria família?

— Tô bem, melhor agora que você voltou pra gente. — Falo me afastando do abraço.

Ela senta no sofá dando um suspiro cansado, reparo que ela está com olheiras e alguns hematomas visíveis no ombro esquerdo e na barriga.

— Filha, me conta direito aquele desgraçado ter matado o bebê que cê tava esperando. — Minha mãe fala sentando de frente pra ela no sofá.

Como assim bebê?

— Mãe, depois a gente conversa, eu tô tão cansada. — Ela fala bocejando.

— Tá certo, pega uma roupa minha, tem toalha limpa no armário, amanhã a gente sai pra comprar roupa pra você, tá?

Ela assente e vai pro quarto da minha mãe.

Me deito no sofá com a cabeça no colo da minha mãe, ainda com sono, e ela começa a fazer carinho na minha cabeça.

— Tá tudo voltando a normal. — Escuto o Diego falando.

Eu já tô de olho fechado, então eu só escuto a conversa deles mesmo.

— O que fizeram com aquele desgraçado? — Minha mãe pergunta entre dentes, consigo sentir seu ódio.

— Já mandamos para a sala de tortura, o Falcão já começou, mas quem vai terminar é eu e o Dani. — O Diego fala tranquilamente como se não fosse assassinar alguém.

Mas ele merece, então não vou surtar.

(***)

Sexta feira, 12:09.

— Pietro, vai lá comprar duas coca pra nós almoçar. — Minha mãe me dá 16 reais e duas garrafa vazia retornavel.

— Tá mãe. — Falo e reviro os olhos sem ela vê.

Vou sem camisa mesmo, tá um calor que dá pra fritar um ovo no asfalto.

Calço meu kenner, e saio de casa já sentindo o ambiente seco.

Meu nariz já fica todo seco nesse tempo, daqui à pouco vai sangrar.

Vou subindo pro barzinho do seu João, e vejo Breno soltando pipa e o Gabriel de braços cruzados olhando pra ele.

Eu paro e fico olhando para os dois até me notarem.

— Ih, que foi Pietro? — O Breno pergunta, e só falta eu jogar uma pedra nele.

𝐌𝐎𝐑𝐑𝐎 𝐃𝐎 𝐁𝐎𝐑𝐄𝐋 (𝐌𝐃𝐁𝟏) Onde histórias criam vida. Descubra agora