Capítulo 22 - Sem Medo de Enfrentar

5 2 0
                                    

Emily olhou-se no espelho pela última vez antes de descer as escadas. O vestido longo que ela escolheu abraçava sua silhueta com elegância, o coque em seu cabelo destacava as joias discretas, e a maquiagem leve realçava seus traços delicados. Com um suspiro profundo, ela pegou sua clutch e caminhou para encontrar Henry, tentando afastar o nervosismo que crescia em seu peito.

Lá embaixo, Henry aguardava com um sorriso calmo, mas, assim que seus olhos encontraram Emily descendo as escadas, ele ficou sem palavras. Seu terno preto, combinado com os cabelos penteados para trás, já o fazia parecer impecável, mas ele não estava preparado para o impacto da beleza de Emily naquela noite.

— Você está... deslumbrante — ele disse, com a voz um pouco hesitante, mas carregada de sinceridade.

Emily sorriu, sentindo as bochechas aquecerem.
— Obrigada, Henry. Você também está muito elegante.

Ele se aproximou, puxando-a para um abraço caloroso, e depositou um beijo gentil em sua bochecha.
— Pronta para o nosso jantar?

Ela assentiu, o sorriso permanecendo em seu rosto.
— Prontíssima.

No carro, Henry dirigia com tranquilidade, mas seus olhos desviavam para ela de tempos em tempos. Ele a observava com admiração, fascinado pela graça e serenidade que ela exalava. Emily percebeu seus olhares e, envergonhada, mexia nos brincos ou desviava os olhos para a janela, sem saber como reagir.

No restaurante, foram conduzidos a uma mesa mais discreta, em um canto iluminado por uma suave luz amarelada. Pediram o prato do dia, que vinha acompanhado de entrada e sobremesa, e começaram a conversar.

Henry começou falando de sua infância. Ele descreveu a solidão de crescer sem irmãos, estudando em colégios internos onde as relações eram frias e distantes. Falou da ausência de proximidade familiar, revelando que muitas vezes se sentia um estranho em sua própria casa. Emily ouvia atentamente, tocada pela vulnerabilidade que ele deixava transparecer.

— Deve ter sido difícil crescer assim, Henry. — Ela disse, com um olhar compreensivo. — Eu não consigo imaginar como seria sem meu pai...

Emily contou então sobre sua própria infância. Falou da perda da mãe ainda muito jovem e de como seu pai compensava a ausência materna com mimos e cuidados exagerados. Ela mencionou, com carinho, o dia em que conheceu Jason, descrevendo como ele a consolou enquanto ela chorava no hotel, compartilhando o carrinho de brinquedo e um bolo.

Enquanto falava, percebeu que o nome de Jason saía com mais frequência do que deveria. Sua voz suavizava sempre que mencionava os momentos que viveram, e ela notou que Henry ouvia atentamente, mas com uma expressão difícil de interpretar. Constrangida, Emily cortou o assunto e olhou ao redor, tentando mudar o foco. Foi então que notou a música suave que enchia o ambiente e viu algumas pessoas dançando no salão.

— Gosta de dançar? — ela perguntou, sorrindo.

Henry sorriu de volta.
— Faz tempo que não danço, mas adoraria.

Ele se levantou, estendendo a mão para ela. Emily a aceitou e os dois foram para a pista de dança. A música era lenta e romântica, perfeita para uma dança tranquila. Henry a conduziu com habilidade, e os dois se moveram em harmonia, criando um momento quase mágico.

Por um instante, enquanto girava nos braços de Henry, Emily tentou se concentrar apenas no momento, afastando os pensamentos sobre Jason ou qualquer preocupação que pudesse surgir. Aquela noite era especial, e ela queria vivê-la intensamente.

música era suave, o ritmo envolvente. Emily seguia os passos de Henry, os dois em perfeita sintonia enquanto se moviam pela pista. Os braços dele ao redor dela eram firmes e gentis, mas por mais que ela tentasse, não conseguia afastar Jason de seus pensamentos.

Forbidden Love Onde histórias criam vida. Descubra agora