Forbidden Love

Capítulo 8 - Doce Tensão

Jason encarou John com frieza. Apesar de saber que estava entrando em um território perigoso, ele não demonstrava hesitação. Depois de alguns instantes de silêncio, John finalmente perguntou:
— Qual é a sua decisão, Jason?

Jason respondeu sem rodeios, o tom de voz firme:
— Eu vou ajudar no que for necessário. Mas com uma condição: você nunca mais chega perto da Emily.

John arqueou a sobrancelha, mas manteve a expressão neutra. Jason continuou:
— E tem mais uma coisa. Eu não vou deixar de ser o segurança dela. Isso não está em discussão.

John deu um leve sorriso de aprovação.
— Entendido. Você é leal, isso eu respeito. E, com sua ajuda, vamos derrubar o Guns. Só que isso vai exigir muito de você, Jason.

Jason assentiu, mas deixou claro:
— Só pra você saber, eu não estou sob o seu comando. Posso trabalhar com você, mas de igual pra igual.

John o observou por um momento antes de responder:
— Podemos conversar sobre isso com o tempo. O que importa agora é que estamos do mesmo lado. E fique esperto: Guns não vai aceitar isso passivamente. Ele vai reagir, e temos que estar prontos.

John serviu dois copos de whisky e ofereceu um a Jason.
— Ao início de um plano perigoso, mas necessário.

Jason pegou o copo e brindou sem palavras. Os dois passaram as horas seguintes discutindo os detalhes do plano. Quando Jason finalmente saiu, a noite já havia avançado.

Jason dirigiu diretamente para a casa de Emily. Ele sabia que ela ainda estava chateada, mas precisava falar com ela. Quando chegou, foi recebido pela governanta.
— A Emily está em casa? — ele perguntou, tentando manter o tom calmo.

— Sim, está no quarto — respondeu a governanta.

Jason subiu as escadas e parou diante da porta do quarto dela. Respirou fundo e bateu levemente.

Emily abriu a porta quase imediatamente. Seus olhos mostravam que ainda estava magoada, mas não parecia surpresa em vê-lo.
— Jason — disse ela, o tom frio. — O que você está fazendo aqui?

— Posso entrar? — ele perguntou.

Ela hesitou por um instante antes de dar espaço para ele passar. Jason entrou e fechou a porta atrás de si, observando-a por alguns segundos.

— Você veio para casa sozinha. Por que não me chamou? — perguntou, o tom carregado de preocupação.

Emily cruzou os braços, evitando olhá-lo diretamente.
— Eu quis vir sozinha. Peguei um táxi. Não achei que você se importaria.

Jason suspirou, mas evitou rebater. Sabia que a discussão não o levaria a lugar algum.
— Eu me importo, Emily. Sempre me importo.

Ela soltou uma risada breve, amarga, e se afastou um pouco, indo em direção à janela. Jason percebeu que ela estava ferida, e isso o incomodava mais do que gostaria de admitir.

— Emily, eu preciso falar com você. Tem coisas importantes acontecendo, e você precisa saber.

Ela finalmente se virou para ele, a expressão cautelosa.
— Então, fala. O que está acontecendo?

Jason hesitou por um momento. Ele sabia que aquilo poderia mudar muita coisa entre eles.

Jason respirou fundo antes de começar a falar. Ele olhou para Emily, os olhos carregados de arrependimento.
— Emily, eu preciso começar me desculpando com você. Pelo que aconteceu hoje... pelo chilique que eu dei... E principalmente pela forma como eu estava tratando todo mundo. Eu perdi o controle. Eu me descontrolei e acabei deixando as coisas fugirem do meu controle.