"LOVING AND FEARLESS"
— Você está com medo? — ele pergunta.
Ele não estava tentando esconder, nem negar. Ele só queria que você aceitasse isso como era. Ele não era santo, mas você também não era. Sem adoçar as coisas, pelo menos uma vez.
Você balançou a cabeça lentamente.
— Não — você disse, e era uma mentira.
Pelo menos ainda.
Você não tinha medo dele, você o conhecia melhor do que ninguém. Ou talvez seja nisso que você escolheu acreditar. Você não queria mudar nada nele ou viver em um mundo iludido por si mesma pensando nele como alguém que ele não é. Por mais fodido que pareça, você gostou daquele traço psicopata dele.
Tate inclina a cabeça parcialmente para o lado, desafiando você a dizer aquela coisa que você estava desesperada para dizer.
— Duvido — ele respondeu, arrependimento de alguma forma pingando de seu tom.
Você sabia que ele não se arrependeu de atirar em sua escola nem de todos os assassinatos que cometeu, mas sim da maneira como você descobriu. Ele já tinha se desculpado, o que mais você precisaria? Ele deveria se ajoelhar e implorar para você perdoá-lo? Ele faria isso de bom grado.
— Eu quero que você abrace isso — você finalmente disse, o pensamento permanecendo em sua cabeça por um tempo agora. Você simplesmente não sabia como expressar isso sem soar como uma esquisita.
— Abraçar isso? — ele repete depois de você, confuso, um toque de surpresa em sua voz.
Você acenou com a cabeça.
— Você os matou. Não há mais nada que você possa fazer sobre isso. Você está perturbado, Tate. Pare de esconder esse lado e aceite-o como uma parte de você. Você não pode fugir do seu passado e estar preso aqui realmente prova o meu ponto de vista.
Seu tom foi reconfortante, amoroso. Você foi um dos poucos - a única - que realmente se importava com ele de uma maneira não distorcida. Ele não estava pronto para perder isso. Ele nunca estaria.
— Mas você aceitaria isso como uma parte de mim? Você quer que eu saia por aí matando pessoas e depois volte para você para que você possa limpar o sangue dos outros das minhas próprias mãos? — ele pergunta, sua voz trêmula, um pouco confusa, ele estava chateado e você sabia que ele estava prestes a chorar.
E Bingo.
Lá está.
Essas pobres almas, ele não se importa com elas, mas sim com o que você pensaria.
Nada importa, desde que você ainda esteja lá ao lado dele. Não era saudável? Talvez não. Mas para você, isso só tornou seu relacionamento mais forte.