"I'D DO ANYTHING"
Você teve uma sensação estranha enquanto caminhava pelo beco escuro. Você não pôde deixar de pensar 'é assim que as pessoas morrem', mas essa era a maneira mais rápida de voltar para casa depois da sua aula tardia.
Você ouviu o som de uma lata sendo chutada atrás de você, então você se virou para dar uma olhada. Uma mão foi colocada sobre sua boca enquanto você estava apoiada contra a parede de tijolos frios. O aperto da mão na sua boca estava empurrando sua cabeça de volta para a parede, enquanto seus gritos abafados tentavam sair.
Você tentou lutar contra o homem, mas ele não parou. A mão dele passou por sua coxa enquanto você chutava ele.
— Solte ela, porra! — você ouviu um grito alto.
— Vai se foder, seu idiota — gritou o homem, com o hálito cheirando a álcool.
Você ouviu o som alto quando o sangue começou a escorrer da boca dele. Seu aperto relaxou, enquanto ele se virava. Você viu a faca nas costas dele e notou a máscara Ghostface. Você sentiu que deveria ter ficado com medo, mas não estava depois de perceber de quem era a voz gritando alguns segundos antes.
— Ethan? — você perguntou, enquanto a pessoa mascarada se aproximava.
— Por favor, não tenha medo — ele implorou, a centímetros de você — Você está bem? — ele perguntou, tirando a máscara e olhando para você. Sua testa estava suada, alguns de seus cachos grudados nela.
— Estou agora — você disse, quando o cara finalmente caiu no chão com um último grunhido — Você me salvou.
— Sim, agora eu meio que preciso que você me salve — disse ele, pegando a faca das costas do cara.
Você sabia que deveria ter ficado com medo. Você sabia que deveria ter chamado a polícia. Mas como você pôde fazer isso quando ele acabou de salvá-la de qualquer plano horrível que o esquisito no beco tinha para você?
— Claro, meu dormitório é aqui perto — disse você, liderando o caminho.
Ele tirou o roupão, antes de enfiá-lo em sua mochila, junto com a máscara e a faca, antes de você chegar ao fim do beco.
— Por que você me salvou? — você perguntou, um tom curioso na sua voz — Você não tem feito o oposto com as pessoas?
— Eu não sei como alguém poderia te machucar. Você é perfeita — disse ele, enquanto caminhava pela área gramada em frente ao seu dormitório — Ainda não acredito que você não está com medo.
— Assustada? Não. Excitada? Sim — você disse, os olhos dele se arregalando enquanto se conectavam com os seus.
Ele humildemente gemeu, seu pau duro nas calças esfregando contra seu jeans a cada passo que ele deu.