#OgrodeBruxa
— Por favor, respira! Respira, respira!
Seu rosto ficou cada vez mais apavorado a medida que via o rapaz ficar mais lívido e sem vida em seus braços.
— Não... Não... Não, Moonbin, ei! Para de brincadeira! — Implorou, segurando seu rosto, assistindo seu pescoço ficar mole, o que fez uma dor inevitável rasgar sua garganta.
— Por que você fez isso? Seu idiota! — Gritou, o sacudindo, antes de puxá-lo para cima, se agarrando ao seu corpo úmido e pálido.
Ignorou o som de passos no corredor, a respiração ofegante e as portas se abrindo com uma força brutal.
— Vamos, agora!
— Não! Não sem ele! — Implorou, se virando em direção à garota que correu em sua direção.
— Eles vão achar que você o matou! — Ela gritou.
— Eu não ligo! Por favor... NÃO! — Tentou se sacudir como uma criança enquanto seu corpo era arrastado para longe do corpo de seu melhor amigo.
— Recomponha-se! Você é a líder da seita!
Esfregou os cabelos, tentando se manter em pé, se recusando a se virar outra vez e encontrar o corpo de seu melhor amigo sem vida.
— Puta merda! — A Kim gritou tocando seu ombro ensanguentado. — Quem fez isso?!
— Minnie. — Arfou, tocando o motivo que encharcou seu belíssimo vestido de baile em uma cor carmesim profunda.
— Os gárgulas! Eles chegaram, vamos! — A Son comunicou da porta, seu tom sem fôlego e apressado, entregando o pavor que se alastrava no ambiente.
Seus olhos caíram uma última vez no rapaz deixado na borda da grande piscina iluminada, antes de ter seu pulso puxado para longe, obrigando-a a correr. A fugir.
No sigilo de sua dor, na mágoa e na raiva, por ser o motivo, por ser o maldito alvo, ela prometeu a si mesma que se tornaria alguém grande. Um símbolo de medo e respeito. Alguém intangível.
Prometeu ao seu próprio medo que o luto a levantaria de alguma maneira e faria todos pagarem.
Todos eles.
• • •
Encarou um ponto fixo da parede. Sua cabeça exausta e conflituosa.
Há algumas horas, estava correndo com Park Jihyo em seus braços, fazendo a festa parar. Em minutos, a levava para a emergência nos braços, e em segundos, torcia para ela acordar.
Os médicos disseram que foi anafilaxia. E o fato de que Jihyo poderia ter morrido se Sana não tivesse largado seu rancor para ajudá-la, deixou-a perturbada por longas horas, apenas observando seu rosto impassível e desacordado na maca.
Encará-la naquele estado fez duas coisas explodirem na mente de Sana: raiva, por não conseguir deixá-la ir, mesmo sabendo que Jihyo não tem empatia ou afeto algum por ela. E angústia, por ser obrigada a vê-la nesse estado após se sentir machucada pela piada brutal nos jogos.
Mesmo assim, enquanto Jihyo estava perdendo o fôlego em seus braços, prometeu a ela que ficaria ao seu lado quando ela acordasse.
Permitiu que seus olhos se fechassem enquanto sua mão deslizava para cobrir a mão gelada da coreana, a apertando levemente enquanto deixava algumas lágrimas angustiadas escaparem. Revelando seu puro conflito e ódio.
Fungou e afastou sua mão, enxugando suas bochechas enquanto ouvia passos no corredor.
Um suspiro longo saiu de seus lábios enquanto ficava de pé, observando duas pessoas entrarem apressadas no quarto
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Como Quebrar Regras
FanficPark Jihyo, uma garota singular e esperta, é mais uma vítima de bullying escolar. Em sua cabeça, o ensino médio é algo para se tolerar e a síndrome de protagonista não foge de suas mãos. Na renomada escola Raven, onde regras são invalidadas, mas a e...