[22] Vai Raven! Vai Raven! Amassa Esses Filhos Da Puta!

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#OgrodeBruxa

— Por favor! Por favor, espera, Si-

Ofegou em desespero quando seu rosto foi afogado no barril cheio de água, e instintivamente se segurou nas bordas com força, totalmente impotente.

Seus cabelos rapidamente foram puxados para trás e seu pescoço tombou contra o ombro da outra que a empurrou novamente para frente.

— Você só tinha um trabalho a fazer!

— E eu fiz! Eu tirei foto dela! — Respondeu sem fôlego e as outras garotas se aproximaram.

— A foto. — Uma das garotas se aproximou mostrando a foto revelada enquanto se encolhia ao ter o papel arrancado de sua mão.

Foi Minnie que se aproximou com uma carranca enquanto cruzava os braços, bufando.

— É prova o suficiente de que ela é uma ameaça?

— Essa garota de trancinhas fez isso em você? — Ela perguntou com uma risada engasgada e a tailandesa revirou os olhos.

— Ela fez! — Respondeu com raiva.

— E por que diabos ela está olhando diretamente para a foto? — Seus olhos fuzilaram a garota de cabelos úmidos e desgrenhados que arregalou os olhos e negou com a cabeça.

— E-eu juro que não fui vista! Eu-

Sua cabeça foi novamente empurrada para baixo enquanto um chute na dobra de seu joelho a fez cair no chão completamente, indisposta e vulnerável.

— Ela é inteligente de mais. Não duvide dela. — Minnie avisou baixo tocando o ombro da líder que se esquivou irritada.

— Então essa é a minha nova inimiga. — Sorriu arrumando os fios vermelhos na frente do espelho quebrado.

— Bem, e a Sana? — Outra perguntou.

A de cabelos vermelhos soltou um escárnio antes de se virar para as sete garotas em sua frente. Todas esperando uma resposta.

— A Sana nunca foi um empecilho. É só matar.

As meninas se entreolharam antes de se desviarem dos olhos sombrios.

— Park Jihyo. — Testou o nome na ponta da língua e sorriu orgulhosa. — Vamos nos divertir um pouco.

Encarou o rosto da morena na foto antes de o guardar no bolso da jaqueta roxa.

• • •

— Eu não sabia que você gostava tanto assim de bichinhos. — Jihyo riu enquanto passava geleia de amora em uma torrada.

Sana revirou os olhos e continuou a afagar as orelhas da cachorrinha que balançava o rabo de um lado para o outro.

— Ogro — Chamou enquanto levava a torrada até a boca da japonesa que cantarolou em agradecimento enquanto mastigava.

Algo entre a timidez e o escancarado, enfrentavam juntas o encontro da coragem com o medo de viver. Ambas em constante alerta de perigo em lugar seguro.

Jihyo tinha seus medos, Sana tinha suas culpas. E em meio a cada esquina elas sempre se esbarravam. Embora querer se afastar fosse uma opção, nunca conseguiam se largar.

E aqui estavam elas.

Sobre um forte de lençóis, um castelo que as escondiam do mundo afora. Um castelo repleto de cartas e flores que as guardavam e as protegiam dos abismos, desencontros, desafios, canastras e perigos.

— O que tanto escreve aí? — Sana ousou perguntar curiosa e Jihyo sorriu fechando o diário antes de se esticar para beijar a coluna de seu nariz.

— São os meus sentimentos, boba.

Como Quebrar RegrasOnde histórias criam vida. Descubra agora