Após um momento de silêncio na casa de Sam, Anne se levantou, sentindo a necessidade de um pouco de ar fresco e de uma conversa mais pessoal com Paul. Ela ainda estava processando tudo o que aconteceu e queria esclarecer as coisas, especialmente com ele.
Paul, que estava encostado na parede com os outros, olhou para Anne assim que ela se aproximou. Sem dizer uma palavra, ele sabia o que ela queria. Ele acenou com a cabeça e seguiu atrás dela quando ela saiu da casa. A luz do fim de tarde iluminava o caminho enquanto os dois caminhavam em direção a uma clareira próxima.
A caminhada estava silenciosa, mas Anne podia sentir a tensão no ar. Quando finalmente pararam, Paul se virou para ela, seu olhar sério, mas com uma leveza no fundo.
– Anne... – ele começou, a voz baixa, quase hesitante. – Eu preciso que você saiba que o que aconteceu com você... não foi sua culpa. Eu perdi o controle, e isso nunca deveria ter acontecido. Me desculpa por te machucar.
Anne olhou para ele, ainda com a sensação de um nó na garganta. Ela sabia que Paul não tinha feito aquilo intencionalmente, mas a dor física e emocional ainda estava presente. Ela respirou fundo, tentando manter a calma.
– Eu sei, Paul. Mas... não é só sobre o que aconteceu. Eu confiei em você. E quando você perdeu o controle, eu me senti... não sei, um pouco traída, talvez. Eu entendo que não foi intencional, mas... aquilo me afetou de uma forma que eu não consigo descrever.
Paul abaixou a cabeça, claramente sentindo o peso das palavras de Anne. Ele deu um passo à frente, tentando se aproximar, mas com cuidado, como se estivesse esperando um sinal dela para fazer qualquer movimento.
– Eu entendo. Eu não queria fazer você se sentir assim. Você é importante para mim, mais do que qualquer coisa. Eu... – Paul parou de falar por um momento, como se as palavras não conseguissem sair da sua boca. – Anne, a verdade é que... eu nunca pensei que fosse sentir isso por alguém. Mas quando você entrou na minha vida, tudo mudou. Você mexeu comigo de uma maneira que eu não sei explicar. Você é... mais do que qualquer coisa que eu já experimentei. E eu não sei como dizer isso, mas... você é minha alma gêmea, Anne.
Anne ficou paralisada por um momento, as palavras de Paul ressoando em sua mente. Alma gêmea? Era uma expressão forte, e ela não esperava ouvir isso de Paul, especialmente depois do que aconteceu. Mas, ao olhar para ele, ela podia ver que ele estava sendo completamente sincero, e isso a fazia questionar seus próprios sentimentos.
– Paul... – Anne começou, mas as palavras estavam emaranhadas, como se ela estivesse tentando processar tudo o que ele tinha acabado de dizer. – Eu não sei o que sinto. Tudo está tão confuso. Eu mal consigo entender o que aconteceu entre nós e... eu não sei se estou pronta para ouvir isso agora.
Paul deu um passo para trás, como se compreendesse a dificuldade dela em aceitar tudo de uma vez. Ele sabia que não poderia forçar nada, mas queria que ela soubesse a verdade sobre o que sentia.
– Eu entendo, Anne. Eu não estou esperando que você me responda agora. Só precisava que você soubesse. Porque, para mim, você é tudo. E mesmo que você não sinta o mesmo agora, eu estarei aqui. E vou esperar o tempo que for necessário.
Anne olhou para ele, sentindo uma mistura de emoções. Ela não sabia o que sentia por Paul, mas algo dentro de si dizia que ele era mais do que uma simples história de encontros e despedidas. Ele estava ali, vulnerável e honesto, e isso a fez sentir algo novo – algo que ela não podia ignorar.
– Eu... não sei o que o futuro nos reserva, Paul. Mas agradeço por ser sincero. E, por agora, isso é o suficiente para mim.
Eles ficaram em silêncio por um momento, ambos processando o peso da conversa. Anne ainda estava tentando entender seus próprios sentimentos, mas uma parte dela sabia que essa conversa com Paul havia mudado algo entre eles. Não sabia onde isso os levaria, mas pelo menos ela começava a entender a intensidade das emoções que estavam envolvidos.
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Meu amado - Paul lahote
FanfictionPaul lahote teve um imprinting pela cullen simpática, mas vai chegar vários problemas impedindo deles ficarem juntos.