CAPÍTULO IV

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6. Planos

Era domingo à noite na Feira da roça e Guilherme percebeu que já era hora de ir embora, afinal no outro dia levantaria cedo. Quando ia saindo percebeu que alguém o observava. Olhou e percebeu que Manuella estava com os olhos fitos nele, ela sorriu e ele gentilmente a retribuiu da mesma maneira.

Quando de volta para casa, pensou consigo: preciso dar um jeito de me encontrar com a Manuella, e quem sabe um dia eu tenha uma boa conversa com o Sr. Francisco. Olhou para o céu e sorriu, embora a ocasião era quase impossível. É, não custa tentar, afinal nossos pais sempre tiveram uma grande amizade. Preciso por meus planos em prática e não devo demorar, não posso perder tempo, pensou consigo.

Ao chegar no sítio, foi até o paiol guardar os equipamentos que usava no velho burrinho para conduzir a carroça onde levava os produtos. Passou em frente ao galinheiro e verificou se tudo estava fechado, já que sua mãe tivera um dia atarefado enquanto eles estavam na cidade. Enquanto isso seu pai foi na frente levar o que sobrou das vendas, considerando que era pouco, já que venderam bastante naquele domingo.

Quando entrou em casa, sua mãe estava conversando à mesa.

_Benção mãe!

_ Deus te abençoe meu filho! Como foram as vendas¿

_O pai ainda não lhe disse¿ Foram ótimas!

_Não disse não. Estávamos falando daquela vaca moura que estava prenha. Ela pariu hoje cedo, uma bezerra.

_ Nossa mãe, que bom! Mais uma para o rebanho! Se não se importa vou tomar um banho e descansar porque hoje foi um dia exaustivo.

Guilherme foi tomar seu banho e logo foi dormir. Sua mãe e seu pai ficaram a beira do fogão de lenha conversando.

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