42 - Hospital

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Assim que Júlia chegou ao hospital, ela foi a recepção e pediu informações por sua esposa.

Seu coração estava apertado e ela temia por sua esposa e sua filha.

Após não conseguir muita coisa, ela se sentou na recepção e esperou pelos médicos já que não tinha outra opção.

Pegando o telefone, ela enviou uma mensagem ao pai pedindo desculpas e guardou o celular novamente balançando a perna freneticamente.

Ela olhava para a ala emergencial e sentia um aperto no peito ao imaginar sua esposa e sua filha em situação de risco.

Após 30 minutos esperando, o médico finalmente apareceu e guiou Júlia até o consultório.

Quando ela se sentou, o médico a olhou e suspirou.

— Fiquei muito preocupado com o que aconteceu hoje dona Júlia. A dona Isabela quase perdeu a bebê. — O médico falou e Júlia sentiu um nó na garganta.

— Mas o que aconteceu, minha filha, minha esposa. Como elas estão? — Júlia perguntou angustiada e o médico a olhou.

— Sua esposa, está debilitada, o sangramento dela evoluiu pra uma hemorragia e ela quase deu a luz. Por sorte as pessoas que estavam perto dela ligaram rápido pra cá. A dona Isabela ainda está com 4 meses de gestação e se desse a luz agora, seria capaz de a bebê não resistir. — O médico alertou e Júlia sentiu algumas lágrimas caírem.

— Bom, conseguimos parar a hemorragia e a sua esposa, vai ter que fazer repouso absoluto, ela não pode fazer nenhum tipo de esforço e deve manter a tranquilidade, então não aborde nenhum tipo de assunto delicado. — Com a alerta, Júlia assentiu e o médico passou mais alguma informações.

— É bem provável que a bebê nasça antes do previsto devido ao útero que está sensível. Por isso é importante o repouso. Qualquer coisa, qualquer dor, qualquer coisa por mínima que seja, me chame na hora. Vou deixar a dona Isabela internada aqui por uma semana e depois ela pode ir pra casa? — O médico disse e Júlia assentiu.

Após sair do consultório, Júlia foi guiada até o quarto onde Isabela estava e quando entrou, se sentou ao lado da esposa e deu um beijo no dorso da mão dela tentando segurar as lágrimas.

Ela fez um carinho na barriga da esposa e sorriu levemente.

— Não me deixem por favor, eu não sei mais viver sem vocês. — Júlia disse e Isabela começou a se mexer.

— Meu amor, você está aqui. Queria te ver. — Júlia engoliu a seco quando percebeu que Isabela estava pálida.

Ela não queria que sua esposa ficasse mal e não queria prejudicá-la ainda mais.

— Eu tô aqui, achou mesmo que eu ia deixar você sozinha? — Ela disse sorrindo e Isabela apertou a mão dela.

— Nossa bebê está bem? — Isabela perguntou preocupada.

— Sim, não se preocupe, o médico disse que voce está bem, só precisa ficar de repouso outra vez. Vai ficar internada por uma semana e dessa vez não pode se estressar e tem que ficar de repouso até nossa filha nascer. — Júlia disse e uma lágrima rolou pelos olhos de Isabela.

— Nao chora meu amor. — Júlia disse acalmando Isabela e fez carinho nela delicadamente.

Júlia sabia que tinha que fazer a esposa ficar tranquila, mas precisava saber quem tinha sido o responsável por colocar a vida de sua esposa e de sua filha em risco.

— Eu sei que você precisa ficar calma, mas eu preciso saber quem fez isso com você. — Júlia disse apreensiva e Isabela engoliu em seco.

— Foi, foi a minha mãe. — Isabela falou devagar e viu Júlia passar de calma para irritada.

— Júlia, se acalma. — Isabela pediu.

Mas a essa altura, Júlia já estava irritada e pensando em uma forma de fazer a família de Isabela pagar pelo que estava fazendo.

Teria que apelar e sabia que iria deixar Isabela irritada e alterada.

E não poderia colocar a vida de Isabela e sua filha em risco novamente.

Deixando esse assunto de lado por enquanto, ela conversou com a esposa e prometeu cuidar dela em tempo integral novamemte, fazendo com que Isabela não pudesse recusar.

Isabela amava o jeito carinhoso da esposa e aproveitava sempre que podia.

Enquanto conversavam Júlia observava os traços da esposa e fazia carinho na barriga dela.

Mas havia prometido que os pais de Isabela, não ficariam impunes pelo que tinham feito ela passar.

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