My Love

49 - A Proposta

Júlia Pov

Acordei cedo no outro dia e deixei o café de Isabela pronto.

Eu precisava ir pessoalmente a empresa do Gustavo, queria entender porque ele havia me oferecido o cargo. Será que ele queria apenas irritar o meu pai?

Chamei um taxi na porta do apartamento e cheguei a empresa dele em 10 minutos.

A empresa dele ficava um pouco distante da empresa do meu pai, mas dava pra ver ela a distância.

Respirei fundo e entrei na empresa me dirigindo até a recepção.

Conversei com a moça e ela pediu alguns minutos.

Esperei pacientemente e ela liberou minha entrada após minutos.

Subi até o último andar do prédio e senti meu coração mais acelerado que o normal.

A secretaria de Gustavo ainda não havia chegado, mas quando eu fui bater na porta, ela foi aberta por Gustavo.

— Oi Júlia, que bom que resolveu vir aqui pessoalmente. — Ele disse sorrindo e eu apenas assenti.

Ele me guiou até sua mesa e eu me sentei na cadeira.

— Bom, imagino que você devia estar confusa com minha proposta certo? — Ele perguntou e eu assenti, não achava as palavras certas de jeito nenhum.

— Pra começar, eu não te ofereci o cargo pelo que você está pensando. Eu não quero irritar o seu pai. Eu quero que você cresça Júlia. Você é uma mulher brilhante, e merece muito mais do que ser uma simples diretora. — Ele estava sendo sincero, eu sentia isso, ele não estava mentindo ou fingindo.

— Confesso que pensei nessa possibilidade. — Finalmente consegui falar alguma coisa desde que havia pisado ali.

— Imaginei mesmo que pensaria isso. Mas não se preocupe, eu confio plenamente no seu potencial Júlia. Você é brilhante. Você merece muita coisa boa na vida. — Ele disse e eu me senti emocionada. Eu nunca havia escutado essas palavras do meu pai.

— Obrigada pela confiança em mim Gustavo, isso significa muito, de verdade. — Falei e ele se levantou.

Ele me puxou pela mão e me deu um grande abraço.

Me senti acolhida e ele sorriu pra mim apos o abraço.

— Eu quero uma vice presidente de alta na minha empresa, e você com certeza é a candidata perfeita. — Ele falou sorrindo e eu me senti envergonhada.

Era muira confiança e eu tinha medo de decepciona-lo, assim como aconteceu com o meu pai.

— E não me fale que você não é capaz, você é sim, e eu sei que não vou me enganar com você. — Ele falou muito seguro e eu gelei.

Conversamos por mais alguns minutos e em seguida me despedi.

Recebi uma ligação de Alice e fui direto para a casa dela quando ela disse que precisava de ajuda.

No momento iria tentar me distrair, tentaria pensar nisso mais tarde.

Isabela Pov

Acordei com Lara chorando levemente no bercinho, com certeza ela estava com fome.

Amamentei ela e fui para a sala.

Não havia nenhum sinal de Júlia mas a mesa de café estava posta e havia um bilhetinho dela me dizendo que havia saído.

Sorri levemente e me sentei a mesa tomando café enquanto observava Lara que já estava no bercinho portátil.

Após o café, lavei as loucas e me sentei no sofá assistindo um pouco de TV.

A campanhia tocou e eu atendi dando de cara com Lisa.

— Miga que saudades. — Lisa disse e eu a abracei apertado.

— Saudades também. — Falei e ela foi em direção aonde Lara estava.

— Como está essa bonequinha? — Ela perguntou e Lara começou a resmungar.

— Muito manhosa. Toda hora alguém pega no colo, dá carinho, minha filha tá ficando mal acostumada. — Falei e Lisa sorriu.

— Mas essa princesa tem que ser mimada mesmo. E a esposa, tá aonde? — Ela perguntou com um sorriso safado.

— Ela saiu, não me disse aonde foi mas eu tenho uma intuição. — Falei e Lisa sorriu.

— Pois então, você tem que me atualizar de tudo, tô perdendo muita coisa da sua vida. — Minha amiga disse e eu assenti.

Me sentei ao lado dela e comecei a contar tudo o que havia acontecido, depois do nascimento da Lara.

Minha amiga ficou chocada e apertou minha mão a maioria das vezes.

— Poxa, o pai da Júlia é um sem vergonha. — Ela disse irritada e eu suspiro.

Ela segura Lara com cuidado, nós conversamos por alguns minutos e Júlia chega quase na hora do almoço.

Ela cumprimenta Júlia e eu e pega Lara nos braços.

Ela se senta no sofá e nos conversamos um pouco até escutarmos o interfone.

Vou até lá e atendo.

Quando escuto a pessoa que está do outro lado, fico insegura em deixá-lo subir.

Mas escuto uma baderna no Hall e acabo deixando ele subir.

— Quem era meu amor? — Júlia me perguntou e eu não respondi nada a deixando desconfiada.

Em menos de dois minutos, a campanhia tocou.

Abri a porta e na mesma hora Júlia se levantou irritada.

— O que você ta fazendo aqui? — Minha esposa perguntou brava e eu fui para o lado dela.

— Vim conversar com você Júlia. — Roberto falou olhando direto para a Júlia.

Senti ela ficar tensa ao meu lado e o clima da casa mudou.

Não iria sair nada de bom dessa conversa.