Ian sabia cuidar de casa. Apesar de não ser seu trabalho preferido, ele tinha aprendido muito quando menino. Ele cuidou de casa enquanto sua mãe se recuperava e se orgulhava disso. Um homem, na opinião dele, só era um homem se cuidava de seu lar - e não havia sombra feminina sobre isso. Ele não esperava que ninguém fizesse por ele - muito embora apreciasse ver uma mulher cuidando de casa. Ele sonhava em ter uma família, uma mulher dentro de casa, do conforto do lar... mas ele jamais se absteve da sua parte. Uma mulher era uma mulher, não uma escrava doméstica - nem mesmo uma submissa.
Por isso, quando Katie viu Ian só de cueca, lavando a louça enquanto tomava uma cerveja long neck, ela parou na porta da cozinha e encostou no portal. Ela o achava... intrigante. Ian tinha tantas camadas, que ela se sentia descascando uma cebola.
- Olá, minha gatinha. - Ele olhou por cima do ombro, feliz por ver que ela parecia mais calma, descansada. E ela estava usando uma camiseta dele, que lhe caia pelos joelhos.
- Oi. Eu dormi demais...
- Dormiu. - Concordou. - Quer beber alguma coisa?
Ela não sabia o que queria, mas o abraçou pela cintura, pelas costas e encostou a cabeça ali, enquanto ele ainda lavava a louça.
- Hum... o que foi? - Ele perguntou colocando um prato no escorredor.
- Eu só quero sentir seu cheiro.
Ele sorriu, apertou o braço dela, tirando-o da cintura dele. Rodou o corpo e a abraçou de volta, olhando nos olhos da mulher.
- Como você está? - Ele quis saber. - Realmente...
- Achei que estaria mal... mas não. Eu... eu nem sei o que sinto. Como posso me sentir tão...
- Segura? - Perguntou com a voz calma.
- Cuidada. Como se o mundo não pudesse me atingir.
- Você está nessa posição.
- Estou? Não sei o quanto estou... - Suspirou ela. - Eu me sinto assim... é verdade... mas... você não pode impedir as coisas de acontecerem comigo. Ninguém tem esse poder, Ian. E isso me dá medo. Tenho medo de que essa sensação de segurança... de conforto... que isso seja tudo na minha cabeça.
Ian entendia. Embora ele quisesse jurar o oposto, ela não estava totalmente errada.
- Eu posso filtrar... 75%. - Prometeu. - E esperar que isso seja o suficiente.
- Gosto que seja realista. - Ela sorriu. - E gosto que me dê 100% desses 75%... - Brincou. - Podemos transar?
Ian quase riu, mas se aproximou dela, passando a mão pelos cabelos dela.
- É isso que você quer?
- Quero você.
Ian olhou profundamente nos olhos dela, sentindo a conexão entre eles se intensificar. Ele inclinou-se lentamente, seus lábios a milímetros dos dela, enquanto sussurrava:
- Eu também quero você, mais do que qualquer coisa.
Ela fechou os olhos, sentindo o calor da respiração dele em seu rosto. Quando seus lábios finalmente se encontraram, foi como se o mundo ao redor desaparecesse. O beijo era suave, mas carregado de paixão, cada movimento transmitindo o desejo e o sentimento que sentiam um pelo outro.
Ian a puxou para mais perto, envolvendo-a em seus braços fortes. Ela podia sentir o batimento acelerado do coração dele, espelhando o seu próprio. Quando se separaram, ele encostou a testa na dela, ainda segurando-a firmemente. Ele queria rasgar a roupa dela, mas se conteve. E então...
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Sedução em Montana
ChickLit"Eu acho que estamos indo rápido demais, Ian" Reclamou Katie. "E porque acha isso?" Ele curvou a sobrancelha quando fazia sempre que ficava doido para dar umas palmadas naquela bunda dela. "Eu não sou sua". "Você está nas minhas terras, Katie. E...