Almoço em família

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Katie acordou com uma dor enorme em toda sua cabeça. Ela raramente se sentia tão doente e quando tentou se sentar na cama, começou a se dar conta de que aquele não era seu quarto. Muito menos sua cama. O susto foi enorme. Ela precisou puxar para si toda sensatez que tinha. O que tinha feito na noite anterior? Onde tinha ido? Ela lembrava de Douglas. Lembrava de mandar ele pro inferno. Lembrava de bebidas e de um homem. Oh, sim, havia um homem. Será que eles tinham...?

Sua linha de pensamentos foi interrompida no momento em que o homem - o próprio, entrou no quarto sem camisa limpando o peitoral com um pano velho e encardido. Ele usava jeans surradas, era lindo e sorriu de leve para ela quando a viu toda bagunçada na cama, puxando um lençol azulado para cobrir a roupa, claramente envergonhada pela situação.

- Ora, ora. A bela adormecida acordou! - Ele falou puxando seu sotaque do campo. - Como se sente?

- Eu... eu estou bem. - Ela puxou energias para falar, sentando-se na cama e logo levando a mão para a testa, lutando contra a dor.

- Advil. - Ian apontou para a mesinha ao lado da cama. Havia um comprimido vermelho ali e um copo de água, colocados com cuidado ali. Ele viu a desconfiança nos olhos dela, e resolveu acabar logo com isso. - Não, não transamos.

- Oh, graças a Deus! - Ela soltou um respiro aliviado que pareceu levar metade da dor de cabeça com ele. E foi pegando o comprimido de seu bom samaritano. - Eu sinto muito por... tudo. Eu nunca nem tinha bebido assim! Deus, isso é tão vergonhoso... eu nem lembro seu nome!

- Ian. - Ele repetiu a apresentação colocando o pano surrado que usou pra se limpar no chão. - Ian Hudson.

- Katie. - Ela repetiu também. - Essa é sua casa?

- Meu rancho. Sim. Você não me disse seu endereço e não achei certo deixar uma moça bêbada à própria sorte. Cuidei do seu joelho. - Avisou. - Você caiu ontem à noite.

Ele não precisava dizer que ela tinha choramingado no sono enquanto ele passava água oxigenada no ferimento e o examinava com atenção. Viu Katie levar a mão instintivamente para o joelho e sentir o ferimento.

- Obrigada. Isso é tão embaraçoso!

Ian sorriu, vendo que ela corava as bochechas. Achou aquilo uma graça e percebeu que Katie ficava linda em sua cama. Ela era, afinal, linda.

- Podemos tomar um café? - Katie sugeriu, querendo conhecer seu salvador.

- Eu adoraria. - Ian sorriu. - Mas temo que é quase meio-dia. Podemos almoçar, se quiser...

- Claro. - Ela corou mais ainda. - Eu vou só... eu posso, usar seu banheiro?

- Claro. Tome um banho. - Sugeriu. - Vou deixar algumas roupas minhas limpas na cama para você...

Foi quando a porta do quarto deu um estrondo. Seguido de passos femininos vindo de um homem mais velho que Ian. E ele vestia uma calça de tecido esvoaçante e maquiagem, curiosamente. Katie quase pulou de susto quando viu Ian fechando a mão e se virando rapidamente para a porta.

- Ian, querido! Eu estou completamente abismado que mamãe não... - O homem parou de estalou a língua em um sorriso aberto e muito feliz. - Ora, ora, ora! Você está acompanhado!

- Liam... - Ele falou o nome do irmão, lembrando do almoço e da hora.

- Não me disse que estava namorando! - Liam foi até a cama e já esticou a mão fina para a mulher, como uma dama francesa. - Liam Hudson. Lily pros mais próximos. Pode me chamar de Lily.

Completamente estupefata, Katie esticou a mão também, sem entender nada.

- Katie.

- Katie! - Ele sorriu feliz demais.

Sedução em MontanaOnde histórias criam vida. Descubra agora