Um drink

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Ian fechou a porta depois de insistir que estava ficando tarde antes que a mãe, Nancy, conseguisse os convencer de que Katie e Ian tinham que marcar um casamento as pressas. Ian sabia lidar com a mãe, mas o fato de seu irmão estar ajudando era ainda pior. Suspirou aliviado quando conseguiu fechar a porta e virou-se para Katie - ainda com cabelos molhados, sentada no sofá com uma xícara forte de café nas mãos. Ela vestia algo muito simples e doméstico, um vestido com botões largos, meio anos 80 demais e tinha uma unha na boca, com um sorriso meio sem jeito.

- Eles são terríveis, eu sei. - Ian disse virando para ela e apontando para a xícara dela. - Quer algo mais forte do que isso aí?

- Eu não acho que isso seja uma boa ideia. - Ela respirou fundo, chegando o corpo para frente e o olhando nos olhos. - Considerando que nem lembro como cheguei aqui...

- Todo mundo tem seus dias. - Ian deu de ombros, decidindo que ia se servir de algo forte, mesmo que ela não o acompanhasse. - Espero que não se importe se eu tomar uma cerveja.

- Não, claro que não. - Ela o acompanhou com os olhos quando ele entrou na cozinha aberta e abriu a geladeira de forma meio máscula demais. O fato dele ainda estar sem camisa não parecia incomodar muito ele. - Mora sozinho aqui?

- Sim, moro. - Ele falou. - Você mora sozinha? Onde quer que é que more...

- Sim. Não. - Ela tentou clarear a mente quando o viu abrir a tampa da garrafa com a mão. - Sim.

- Isso é um sim ou um não?

- Sim, moro sozinha. - Ela disse sorvendo mais um pouco do café.

- Douglas? - Ele falou lembrando-a do nome da noite anterior enquanto se encostava na bancada da cozinha.

- Ex. - Explicou. - Não acabou bem. Como deve imaginar. Deus, o que foi que eu falei ontem?

- Não muito, não se preocupe. - Mas ele queria saber, oh, querida.

- Foi muito gentil, Ian. Ter me tirado do bar e... cuidado de mim. Nem todos os homens seriam assim. A maioria não seria, imagino. Eu fico muito grata.

- Um homem de verdade a trataria como lhe tratei. - Afirmou. - Não seria certo, nem justo, nada diferente disso.

- Você não acreditaria nos homens do mundo... - Bufou soprando o ar e passou a mão pelos cabelos macios e molhados.

- Por quê não me conta? - Ele perguntou.

- Bom...não nos conhecemos. - Ela ficou com as bochechas vermelhas, honestamente. - E não acho que seja uma história para compartilhar com quem não conhecemos.

- Um dia, quem sabe. - Ele não insistiu. - Termine seu café, posso te dar um tour do rancho.

- Oh, eu agradeço mas eu acho que eu quero ir para casa agora, se estiver tudo bem com você.

- Se lembrar seu endereço. - Ian sorriu. - Posso te levar, sim.

Katie o achou cavalheiro demais, apesar de sua expressão rude e lindíssima, e ela sentiu uma ponta de curiosidade por ele estar ali, sozinho.

- Não tem uma senhora Hudson? - Fez-se curiosa.

- Não. - Ian sorriu de leve. - Embora minha mãe ache que eu já estou caindo de maduro.

- Entendo, eu imaginei que com uma casa tão...

- Não precisa ir para casa agora, se não quiser ir. - Ian deu um golpe certeiro com um sorriso maroto. - E antes que diga qualquer coisa, não precisamos fazer sexo, se não quiser. Fique. Dê uma volta no Rancho.

Sedução em MontanaOnde histórias criam vida. Descubra agora