𝗽𝗼𝘀𝘀𝗲𝘀𝘀𝗶𝘃𝗲 ▸ 𝗆𝗂𝗇𝗌𝗎𝗇𝗀

𝗵𝗶, 𝗟𝗲𝗲

Boa leitura

ー Minho, faz dois dias que você não me liga. ー Reclamei assim que ele atendeu o celular, nós não havíamos nos falado muito e na escola, nossa conversa era algo super rápido, eu chegava em casa achando que ia receber pelo menos uma ligação com Minho justificando sua ausência, mas não, e foi assim por dois dias.

ー Ah, Jisung. ー Sua voz era fraca. ー Desculpa, é que eu ando ocupado, mas nada mudou.

ー Posso saber o motivo dessa ocupação toda? ー Perguntei desconfiado.

ー Negócios com a gangue, eu estou envolvido demais com os Canadians, estamos planejando uns bagulhos e tal e também estamos abrindo uma boate nova. Clandestinamente, claro. Então o bagulho é muito mais perigoso e temos que ter muito mais cuidado. Desculpa, Hannie.

ー Por que não me falou antes?

ー Porra, eu não estou com tempo para nada, ultimamente.

ー Não me ama mais? ー Fui dramático.

ー Não fala merda, Hannie. Puta que pariu. Porra, minha cabeça parece que vai explodir e daqui à pouco eu tenho que colar lá no casarão.

ー Deixa eu ir com você?

ー Óbvio que não, você nos negócios dos Canadians é merda na certa.

ー Mas eu quero te ver, por favor. ー Implorei. ー Meu pai vai voltar tarde e eu não quero ficar aqui sozinho.

ー Chan vai passar aí para deixar Chaewon com a minha mãe, aproveita e fica com ela também, ou se quiser ela pode até ficar aí. ー Ele disse simples.

ー Como você é chato, que caralho mesmo. ー Resmunguei. ー Tchau, Lee. Me ligue quando lembrar que tem namorado. ー Desliguei e sorri. Chan iria deixar Chaewon com Hana, então, com certeza depois ele iria para o tal casarão, o qual eu tinha uma curiosidade enorme em conhecer, simples, era só eu convencer Chan à me levar.

Fui correndo para o banheiro tomar um banho rápido, assim que saí coloquei uma calça jeans justa e um moletom qualquer, terminei de me arrumar, peguei o celular e desci as escadas correndo, saí de casa, tranquei a porta, eu já estava na frente da casa de Hana. Bati na porta.

ー Han. ー Ela sorriu.

ー Chan já veio deixar Chaewon aqui? ー Perguntei enquanto entrava.

ー Você está vendo alguma criança por aqui? ー Ela riu.

ー Seu corte foi recebido com sucesso. ー Falei e nós rimos, sentei no sofá e nós ficamos falando sobre coisas tolas. Hana tocou no nome de Lee e eu falei todas as coisas ruins que ele era, a deixando apavorada, mas um sorriso abriu em sua face assim que eu disse que eu realmente o amava de verdade.

ー Isso que é amor. ー Hana disse. ー Você realmente é um garoto de ouro, é difícil domar Minho.

ー Eu que o diga. ー Falei. ー Mas e aí, como vai você e o chato do meu pai? Nossa, que homem que fica mais chato á cada dia.

ー Estamos bem. ー Ela sorriu. ー Minjun não gosta muito de Minho, mas eu não o repreendo por isso, meu filho realmente é um cara difícil, vou ser sincera, Hannie. Eu não discordo do fato de Minjun não aceitar você e
Minho juntos, não discordo, eu amo meu filho, mas todos sabem que ele é totalmente inconsequente.

ー Eu não me importo, não mais. Eu o amo e é isso que importa e eu sei que ele me ama também, por mais que ele só saiba fazer merda, nós sempre nos entendemos depois. ー O defendi.

ー Sim, eu entendo e acho lindo o amor de vocês, mas...

ー Você não coloca fé.ー Deduzi. ー Tudo bem, Hana. Eu entendo você, ele é seu filho e você pode até conhece-lo melhor do que eu, mas eu não consigo me afastar dele, ele é como um vício para mim, por mais que nós estejamos separados, sempre vai ter algo que levará um ao outro.
Eu acredito nisso. ー Ela sorriu. A campainha tocou. Hana foi atender.