LTDO| Pesquisas dizem que a maioria dos relacionamentos amorosos começam com grandes amizades, principalmente amizades de infância. MELHORES AMGOS são aqueles que sempre estão ao seu lado independente da situação ou da distancia. São aqueles que mes...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
BRUNO MARS
02:30. Foi o horário que meu relógio vibrou, tirando-me de um sonho indecifrável. Meus olhos percorreram por toda a sala e aos poucos fui tomando consciência do que eu fazia ali. Na televisão - que iluminava sozinha o espaço - passava alguma parte do filme iniciado e esquecido por todos, que dormiam em um sono pesado. Era uma cena até cômica. Eu estava bem acomodado entre alguma almofadas, mas mesmo assim a postura não colaborava muito, ainda mais com um peso que se aconchegava em cima de mim. Meus dedos se entrelaçavam nos cabelos enrolados, indicando que eu tinha pegado no sono, os acariciando. No mesmo instante que aquele cheiro gostoso tomou de conta do meu olfato, uma palpitação no peito começou sem fim e as memórias dos beijos e amassos explodiram em minha mente, causando um sorriso bobo entre os lábios.
Por mais que a respiração pesada da mulher, tão quietinha deitada em meu peito, me fizesse temer acorda-la, a dor que se distribuía em minhas costas devido a má posição fez com que eu me mexesse de forma quase brusca, procurando um progresso.
– Peter!?– Ela sussurrou, levantando a cabeça lentamente. Seu queixo se apoiou em meu peito para que ela conseguisse me ver, e eu pude reparar na marca amassada em seu rosto. Ela estava adorável.
– Oi, desculpa! Não queria te acordar. – Sussurrei de volta, ajeitando-me e quase suspirando ao encontrar um local que fez a dor se esvair. – Acho que estou ficando velho demais, minhas costas estão pedindo arrego.
– Oh! Eu deito ali então. – Ela piscou seus olhos sonolentos, lentamente, tirando aquele biquinho de sono dos lábios e se desgrudando de mim.
– Não, não! – Exclamei, quase a puxando para perto de novo. – Não é você, era só a posição ruim em que eu estava. Pode deitar.
– Tem certeza? – Piscou mais uma vez, coçando-os de maneira preguiçosa e se ajoelhando no sofá bem ao meu lado. Quis a agarrar de tão fofa que aquela cena estava, e se querem saber, não deixei isso apenas em pensamentos. – Ei!
– Absoluta certeza. – Respondi após a sua reclamação, de ter sido puxada pela cintura, a fazendo cair em cima de mim. Seu rosto gordinho, se repousava agora, muito próximo ao meu. Estava escuro, mas eu conseguia ver o brilhinho que seus olhos - arregalados - refletiam, e a manchinha nervosa entre as sobrancelhas. Seus braços agora estavam envolta de minha cabeça, segurando o peso de seu corpo para que ela não caísse por cima de mim, e seus cabelos derramados, batiam levemente em meu rosto. Tendo aquela visão adorável, mais uma vez, minha boca falou antes de pensar. – Acho você tão linda.
– Ah... – Vi bochechas se enrubescerem, por mais que eu não enxergasse direito. – Obrigada...
– Estou com saudades do seu gosto, sabia? – Murmurei, subindo minhas mãos lentamente por suas costas.