15

226 15 100
                                    


Capítulo quinze
Wildflower

– Mas você também não falou comigo! – Argumentei

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.



– Mas você também não falou comigo! – Argumentei. Ela me olhou em descrença, continuando com seus passos rápidos. – Nem se quer foi ao meu show ontem, estava muito ocupada com seu novo namoradinho.

– Ele não é meu namorado. – Bufou. – E você sabe que eu estava trabalhando com Zoe ontem de noite e ainda por cima tive que levar Amélie a casa de uma amiguinha que não via faz tempo.

– Mesmo assim, na parte em que estávamos livres você simplesmente sumiu com aquele sem sal e não deu mais sinal de vida.

– Eu sentei do seu lado para tomar café da manha e você não abriu a boca para falar nem a porra de um bom dia. – Mexeu suas mãos, irritada. Nesse ponto ela estava certa, mas por algum motivo depois de ver aquela cena na porta da casa, eu tinha me isolado. – Eu até tentei esperar vocês depois do show, mas deu um hora da manhã e não vi sinal de vida.

– Nós resolvemos ir a um bar, só nós garotos. – Fiz careta pelo deboche em sua voz.

– Ah sim! Um bar ou um puteiro? Devia ter muita mulher gostosa lá né? Comeu quantas?

– Oi?

– Não esqueça que seu irmão odeia sua mulherenguisse.

– Essa palavra existe? – Sua cara de descrença para minha pergunta foi quase engraçada. Feita obviamente por eu não ter negado o que ela disse. Tá, eu realmente tinha me divertido um pouquinho ontem. Mas foi bem pouquinho.

– Se não existe, acabei de criar. – Com passos fundos, ela entrou em uma loja. Logo percebi que era uma livraria. – Vá atrás de seu livro que eu vou atrás do meu!

Fiquei ali parado, vendo-a entrar na loja e sumir entre as estantes. Eu não tinha porra de livro nenhum para comprar, só não queria ficar longe dela por mais um dia. Não entendia esse estresse todo por eu ter saído um pouco e me divertido. Na verdade, eu entendia sim. Já comentei que ela ODIAVA essas minhas saidinhas, assim como meu irmão, como Tiara, Tahiti, Jaime e Presley. Na verdade, acho que os únicos que realmente não se importavam com isso, eram os solteiros da banda, como eu. Vamos lá, todo mundo gostava de um sexo casual.
Observei os livros das prateleiras, pensando em um jeito de fazer sua raiva ir embora. Eu sabia que era tudo "preocupação", assim como Eric dizia. Eu não conhecia essas mulheres, e nem sabia se elas espalhariam algo ou não, ou se meu nome ia sair como um enorme título em alguma página de fofoca. Por isso as vezes eu cansava dessa vida. Merda! Nem ao shopping eu podia vir sem que alguém virasse uma câmera para mim.

– Vamos? – Quando ela chegou perto de mim com dois livros em mãos, reparei que olhava muito tempo para uma estante em específico.

– Quer um? – Apontei.

– Já tenho vários, vamos!

– Esse você não tem. – Peguei o pequeno bicho de pelúcia em minhas mãos. Estávamos em uma parte onde se vendia várias daquelas coisinhas que você só compra para falar que tem, e nunca usa.

Leave The Door Open| BRUNO MARS Onde histórias criam vida. Descubra agora