My Math Teacher

Chapter 6 | Candy's

JADE MONROE | Los Angeles
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Eu espirro pela quinta vez. É eu admito, está um pouco sujo, velho e fraco, mas nada que uma repaginada não resolva.
Enquanto eu me encho de comida japonesa no chão da cafeteria, encaro o vidro e vejo que está escurecendo. Eu fiz um negócio nesse estabelecimento hoje de manhã, quando descobri que a Katy está bem! E pra ser sincera, acho que foi um bom negócio. É grande e um tanto vintage. Além de ter um escritório confortável com um sofá vermelho que seriamente será minha cama por um tempo, e eu gosto disso.
Inclino a cabeça pro lado quando a chuva começa a cair e um garotinho está parado a frente de uma vitrine de tênis. Me forço a levantar e sair dali pra poder me aproximar. Apertei os olhos e vi que era o garoto do biscoito da sorte.

─ Já trocou de emprego? ─ Eu perguntei ao mesmo quando o vejo com uma escova, um lenço, e um pote.

─ Agora eu engraxo sapatos. ─ Ele diz e olha pro meu pé. ─ Ah, você tá de pantufa. ─ Eu rio com seu desapontamento. ─ Meu pai disse que dessa vez não precisa comprar coisas pra casa. Então vou comprar um desses. ─ Meu peito aperta e eu sinto minha garganta doer. Quando a chuva se intensifica, eu digo:

─ Você já jantou? ─ Ele me olha.

─ Por que?

─ Tenho três caixas de comida japonesa juntamente com refrigerante e doces.

─ Eu topo. ─ Corri até a cafeteria e ele me seguiu, enquanto abro a porta, fui questionada: ─ Não sabia que era sua.

─ Pois é, é minha a oito horas.

Ele está jogado no chão assim como eu estava. Come velozmente o macarrão que por acaso, estava extremamente quente. Encaro seu cabelo que está preso em uma trança nagô perfeitamente alinhada. Suas mãos estão sujas e cansadas, e tudo que eu quero fazer agora é protegê-lo.

─ Você não me disse seu nome.

─ Bryan. ─ Ele me olha e deixa a caixa vazia de lado. ─ E o seu?

─ Jade Monroe. ─ Franziu a testa.

─ Filha do...

─ Peter Monroe? É. ─ Eu o interrompo já querendo mudar de assunto.

─ Você não parece ser filha dele. ─ Eu ri.

─ Eu levei isso como um elogio. ─ Lhe entrego um pedaço de bolo, e o vejo voltar a atacar. ─ Onde você mora?

─ Em uma vizinhança não muito longe daqui. ─ Ele diz de boca cheia.

─ Seu pai também trabalha? ─ Pergunto outra vez porque me deu uma curiosidade repentina.

─ Não, ele tem câncer. ─ Eu franzi a testa, surpresa.

─ Então você é o único que trabalha na sua casa? ─ Ele concorda com a cabeça, o que me fez fechar os olhos e passar as mãos pelo rosto.

─ Você vai reconstruir? ─ Se refere a cafeteria. Eu suspiro.

─ É, vou tentar.

─ Você vai conseguir. ─ Ele se levanta e tira a poeira da calça. ─ E eu vou ser seu primeiro cliente. ─Eu dou risada.