Epílogo

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Jade Monroe point of view
Cambridge

Um ano e meio depois...

Acordei com uma imensa dor de cabeça e sentei na cama, coçando os olhos. Peguei o celular para ver às horas, já esperando que eu estivesse atrasada. Mas não, na verdade eu acordei na hora certa, quer dizer... A construção no apartamento vizinho me acordou na hora certa.

Tomei café e fiquei esperando o ônibus, pois é... agora eu ando de ônibus. Quando acabei, limpei o balcão.

- Droga! - Peguei meu celular que havia caído enquanto eu limpava. Ai eu não acredito. Tela quebrada? Por que você está conspirando contra mim, universo?

Tirei a capinha do telefone e coloquei os pedaços no balcão. Apoiei o rosto nas mãos, sem saber o que farei. Após encarar o celular despedaçado, reparei em uma coisa, uma pulseira. Era só o que me faltava, por que eu guardei uma pulseira antiga, na qual meu ex namorado me deu e me atormenta todo dia pelo fato de eu me achar insuficiente pra ele?

Eu não falo com Vinnie a um ano atrás. Nos seis primeiros meses eu fazia de tudo pra falar com ele toda hora. A gente conversava todo dia! Mas aí, em uma ligação noturna, eu ouvi uma voz chamando ele. E o pior, é que a voz era feminina. Eu não perguntei nada, então não brigamos, mas eu fiquei com raiva. Não dele, de mim. Me senti insuficiente. Senti que... estava atrapalhando ele de entrar em um relacionamento melhor.

Abro a porta quando ouço o barulho da buzina do ônibus. Ao passar pela calçada, eu tropecei no meio fio. Nossa, se não fosse eu, ficaria impressionada! Peguei os livros que caíram dos meus braços e entrei. Sentei no meu lugar, do lado da janela e curti a viajem para a Califórnia.

- Tomara que gostem da nossa viajem a Palo Alto, pessoal! Conheceremos lugares incríveis! - Peguei um panfleto no qual entregava o diretor. - Iremos em dois lugares turísticos, como está estampado no papel. Um museu de Artes Visuais e, o outro é ao ar livre, um jardim de folhas secas, aproveitem. - Sorriu e se sentou. Eu apoiei a cabeça no vidro da janela e olhei o caminho até pegar no sono.

...

Olhei ao redor do ônibus, e vi que estava sozinha. Sério isso? Ninguém foi capaz de me acordar? Obrigada, colegas! Pego minha mochila, e desço as escadas do automóvel.

- Uau... - Estava em frente ao museu, era lindo. Parecia até um palácio. Andei até lá, avistando os coordenadores e alunos.

- Agradecemos ao diretor Persis Drell, por esse convite esplêndido, aproveitaremos bastante! Bom, vocês ficaram sobre o cuidado de V... - Paro de ouvir, quando uma das obras chama minha atenção. Era um jarro de porcelana, era preto e tinha escrito um símbolo chinês. Minha mãe ia adorar isso... Eu estou com tanta saudade deles. Fui visitá-los depois de oito meses que cheguei aqui, agora já vai fazer dez que não os vejo, sinto uma dor no coração sempre que lembro disso.

- É lindo, não é? - Disse uma voz atrás de mim. Uma voz conhecida. Muito conhecida. Não, eu devo está delirando. - O nome é Neifu Jar, é muito raro. - Disse outra vez. Ok, eu não acho que isso é delírio. Ele está em L.A, não é?

- Quem é você? - Disse ainda encarando o jarro.

- Por que não vira e olha você mesma. - É, não é delírio. Vinnie Hacker estava parado na minha frente, com uma blusa social azul e um boné de mesma cor. As mãos no bolso e seu olhar, sempre enlouquecedor. Eu não conseguia parar de olhar para o rosto dele. Algo vibrou no meu coração. Ele tinha olhos realmente lindos. O mesmo deu três cautelosos passos em minha direção e disse: - É um prazer encontrá-la denovo, Mejorie. - Sorriu de maneira sarcástica. Com lágrimas, eu o abracei. Ele retribuiu. Retribuiu com um abraço mais apertado do quê o que eu havia lhe dado. Como se não fosse me soltar nunca mais. E eu queria! queria ficar ali para sempre.

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