Capítulo 1

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Eu estava tentando pensar no que fazer. Fazia quase um ano desde que Edward me deixara naquela clareira com apenas um adeus e um: será como se eu nunca tivesse existido!

Ele estava errado. Sua ausência me corroía todos os dias. Jacob até era um cara legal. Éramos amigos e sim, chegamos a transar e tudo mais. Achei mesmo que pudesse dar certo. Ele me divertia, estava sempre ali quando eu precisava... Mas, para ele apenas uma amizade e sexo não era o bastante.

Deixei claro que não sentia por ele o que ele dizia sentir por mim. Nos afastamos por algumas semanas. Mas, ele logo arrumou uma namorada e felizmente agora somos apenas amigos... Mesmo!

Fazia algumas noites que um sonho me perturbava. Eu me via deitada numa cama com quarto homens. Ok, eu acabei me descobrindo uma pervertida, mas, quatro homens?!

E quem dera fosse apenas isso... Não eram homens estranhos. Eram eles. Carlisle, Emmett, Jasper e Edward.

Acordei tão excitada naquela manhã que eu PRECISEI me masturbar relembrando o sonho. Claro, depois eu chorei me sentindo uma vadia desprezível.

Eu não sei o que anda acontecendo. Sei apenas que o mesmo sentimento que sempre tive em relação a Edward, sentia pelos outros três. Eu amava aqueles quatro homens com pura loucura e devoção. Seria capaz de qualquer coisa por eles.

Pensando nisso, peguei meu notebook novinho. Presente do meu pai que queria que eu ficasse bem de alguma forma.

Assim que abri o Word as palavras simplesmente pareceram fluir. Foram semanas digitando todo e qualquer sonho erótico que eu tinha com aquelas quatro maravilhas. Claro que eu mudei todos os nomes. Não contei em hipótese alguma qualquer coisa que levasse a quem me conhecesse saber que se tratava de mim e dos quatro Cullens.

Exatamente no dia em que completou um ano da partida deles eu finalizei tudo e assinei como K. I. Marie. Não sei porque eu quis colocar esse nome.

Chamei Ângela e pedi que ela lesse tudo. Quanto a menina acabou ela não sabia o que dizer. Primeiro riu maliciosamente dizendo que eu era uma puta pervertida e que ela era minha fã. Depois, ela disse que o pai dela tinha alguns contatos numas editoras e que ela ia sim mandar meu livro.

Se passaram apenas dois meses e eu recebi um telefonema dizendo que eles queriam publicar meu livro o mais depressa possível. Claro que eu aceitei. Acho que desde que toda a merda da minha depressão começou esta foi a primeira ótima notícia.

Charlie não gostou muito. Alguns amigos dele comentaram sobre eu escrever para adultos. Mas, ele nunca foi de se meter, então, apenas disse que não queria ler e eu aceitei numa boa.

Fazia quase oito meses e eu já tinha publicado mais dois livros.

O primeiro era: Encontro de Almas.

O segundo era: Linda Menina.

E o terceiro, que estava para ser lançado seria: Como Agradar Os Chefes?

Eu já tinha mudado.

Sai de Forks indo morar em Boston. Ângela e Ben, agora seu marido, vieram comigo. Ele era meu agente e ela minha empresária.

Aprendi a gostar de me sentir bonita. Saltos agora eram obrigatórios. Sempre estava bem arrumada e Ângela me ensinou que comprar as vezes pode ser legal para aliviar qualquer coisa que me deixasse com a cabeça cheia.

Eu tinha uma casa de praia em Santa Mônica, L.A. Sempre que podia ou precisava, eu ia e ficava alguns dias sozinha. Isso me ajudava demais.

-Bella! -Olhei para Ângela que quase pulava na minha frente. -Você estava viajando legal. Faz dois minutos que eu te chamo.

-Desculpe. O que precisa?

-Esqueceu que o lançamento do livro é em quatro horas? -Ela me perguntou sorrindo. -O cabeleireiro e a maquiadora chegaram. Tome um banho e venha!

Obedeci indo para o banheiro. Demorei quase uma hora ali relaxando na banheira e fui para o quarto.

Estava agora em NY. Faria a sessão de autógrafos dos livros e depois iria a um jantar que a editora propôs. Eu era o sucesso deles e eles sempre davam um jeito de babar meu ovo.

Passava das oito quando seguimos para a livraria. Chegamos e eu quase surtei ao ver o tanto de gente. Eles gritavam tanto que mais parecia que eu era uma celebridade ou algo assim.

Ok, eu até sou, mas, não é para tanto!

Fui encaminhada a minha mesa e logo as portas se abriram. Fizeram uma fila e eu comecei a cumprimentar as pessoas e assinar seus livros. Fazia uma hora quando eu pedi um intervalo.

Fui para dentro e tomei um pouco de água. Depois de dez minutos eu voltei.

-Nem acredito que aos 20 anos você já escreve algo tão perfeito assim! -Uma mulher falou sorrindo. -Saiba que você salvou meu casamento! Meu nome é Norah.

-Fico imensamente feliz, por isso Norah. Amor é sempre bom!

Menos quando te machuca e te faz sofrer pior que a dor da morte!

Depois de três horas sentava estava acabando.

-Pra quem assino? -Falei sem olhar pegando a caneta reserva.

-Carlisle Cullen e filhos.

Ergui minha cabeça e quase cai para trás.

Os quarto. Aqueles que me fizeram escrever para que a dor sumisse estavam ali.

-Vocês...

-Bella, assine e então poderemos ir para algum lugar mais... Reservado para conversar.

Senhor! O que eu faço? O que eu falo?

De forma completamente mecânica eu assinei os quatro livros. Cada qual fazendo um agradecimento a pessoa.

Por sorte eles eram os últimos. Ângela me pedia desculpas pelo olhar. Bem, ela não tinha mesmo como adivinhar que eles estariam ali. Então, eu não tinha mesmo porque brigar com ela.

Fui para o estacionamento. Antes que eu entrasse no carro me vi sendo levada numa velocidade inumana. Sorte eu estar sozinha.

Abri meus olhos e notei que estava num quarto. Não parecia ser de um hotel, então, julguei que estava na casa deles.

Os quarto me olhavam.

Carlisle abaixou na minha frente.

-Quando Edward chegou falando que teríamos que ir embora, todos fomos contra. Mas, de alguma forma sua proteção era mais importante que qualquer outra coisa. -Ele falava mansamente. -Foram dos anos difíceis. Muitas coisas aconteceram. Muitas mudanças ocorreram. Brigamos, conversamos e nos entendemos. Descobrimos que há raridades em nosso mundo que jamais pensamos existir. Eu sei que você está confusa, sei que pode nos odiar. Mas, eu gostaria de pedir ao menos que você nos ouvisse. Poderia fazer isso?

Eu poderia simplesmente ficar e ouvir? Eu queria tanto gritar. Confrontar aqueles quarto seres perfeitos que me olhavam com medo e algo a mais no olhar.

Mas, também estava flamejando em curiosidade para saber o que diabos eles queriam me dizer.

-Sim, eu vou ouvir. Mas, também tenho muito o que falar.

-Entendemos isso. -Jasper falou. -Esta noite, tudo vai ser esclarecido.

Bem, se é assim seja o que Deus quiser!

Men of my lifeOnde histórias criam vida. Descubra agora