Acordei com o sol batendo em meu rosto pela janela do carro, me sentei devagar e olhei para a rua, ainda deserta, me fazendo perceber que não foi um sonho. Após um momento tentando me recuperar, peguei minha bolsa e vasculhei as coisas que havia colocado dentro dela, peguei uma jaqueta de moletom que estava toda amarrotada, procurei alguma coisa para comer e peguei minha garrafinha de água, pensando onde eu iria encher ela quando a água acabasse. Estava pensando em muitas coisas sem sentido, qualquer um na minha situação estaria, aliás, eu nem sei quanto tempo se passou depois que saí daquela festa, àquela maldita festa, e ela é tudo o que eu me lembro. Algo estava me incomodando em um bolsinho da mochila, é claro, meu celular, tomara que não tenha desregulado horas nem datas; olhei para o visor, fiquei pasma, não havia como a data estar errada se a hora parecia estar certa, suspirei, havia se passado três semanas desde o ocorrido.
Narração em 3ª pessoa.
Um carro da BLI passava pela estrada checando durante as manhãs.
- E aquele carro ali? - O de barba mal feita disse.
- Vamos inspecionar, adoraria encontrar alguém ali. - O ruivo disse com uma aparência maligna.
Elise despertou do seu transe pensando ter ouvido algo, estava certa, curvou lentamente a cabeça e espiou do que se tratava, eram dois homens, talvez pudessem ajudá-la, pensou, mas lembrou-se da famosa frase "nunca confie em estranhos", eles eram literalmente estranhos para ela, decidiu ficar quieta e pensar melhor. Encolheu-se atrás dos bancos do carro. Ouviu um dos homens misteriosos falar:
- Aposto alguma coisa com você que não tem ninguém aqui.
- E o que eu ganho se tiver?
- Você pode ter o prazer de matá-lo à vontade. - Começaram a gargalhar sinistramente.
Quando Elise ouviu isso pensou que foi bom ter ficado calada, mas estava prestes a ser descoberta. O homem mais alto tocou na maçaneta da porta enquanto o outro encostava a mão nos vidros para checar se havia alguém, o vidro era meio escuro, portanto houve dificuldade de visualizar, mas pareceu ver algo se mexendo.
- TEM ALGUÉM AQUI, VAI LOGO! ABRE ESSA PORTA! - Quando conseguiu quebrar o vidro batendo um pedaço de pedra contra ele várias vezes, foi pego de surpresa com um tiro. Quatro pessoas mascaradas saíram de um carro, uma luta ia se iniciar, o mais baixo consegui correr até seu carro e o fez de escudo, entrou no mesmo, deu um "cavalo de pau" e fugiu.
A menina assustada assistia tudo escondida, eles estavam se aproximando, Elise estava cada vez mais nervosa, quando um deles abriu completamente a porta.
Fim da narração em 3ª pessoa.
- Por favor, não atirem em mim, não me matem! - Eu estava com a voz altera alterada, em estado de choque, eles acabaram de matar um cara na minha frente, o que eu falaria? "Obrigada por salvar minha vida e matar aquele cara", ótimo.
- Não, não vamos fazer nada. Você está bem? Você está infectada? - Um deles disse se aproximando mais de mim, eu não sabia ao certo o que dizer.
- O que? Infectada? Eu não sei de nada, por favor, não me machuque. - Estava desesperada.
- Você consumiu alguma pílula estranha?
- Pílula? Da BLi? Eu nunca tomei aquilo. - Ao terminar a minha frase eles se entreolharam como um sinal positivo talvez.
- Podem me deixar um pouco aqui com ela? - Um dos mascarados perguntou.
- Beleza, te esperamos lá no carro, só não demore, podem aparecer outros deles. - O outro assentiu com a cabeça.
- Então, como é o seu nome? O que você faz aqui?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Danger Days
Ficción GeneralEstamos reescrevendo a história e logo teremos novas atualizações. @baungarte e @tatifornazari ~Esta história começou a ser escrita em 2011, estamos reescrevendo em 2019 e pretendemos finalizá-la.~ TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. É ilegal a reprodução...