Innocence 2 - A Face do Mal

Drag me down

Verão de 2012 Seattle- EUA

De 2009 pra cá se passaram 4 longos anos desde a última vez que tive algum tipo de contato com eles e na passagem de cada um desses anos eu não tive endereço fixo. Eram dois países diferentes em um mesmo ano, faça as contas.. México, Paris, Boston, Cartago, Sidney, Toronto, Viena, Dallas e agora Seattle. Foram 4 anos de muitas mudanças, culturas, comidas, costumes, valores, políticas e experiências que se tornaram únicas não só pra mim, mas para Gabriel também. No início foi complicado pra ele, mas depois ele pegou o ritmo e tudo acabou por sair bem.
Hoje ele tem 9 anos, passou em um piscar de olhos, e devo confessar que a cada dia que passa ele se parece mais ainda com o pai. Aliás, ele nunca perguntou sobre o pai mas eu sei que lá no fundo ele deve ter essa curiosidade. Mas por hora, está tudo bem. Casa nova e dessa vez pelo visto permanente ja que Gabriel e eu estamos exaustos de conhecer tanta gente nova todos os dias e ter que agir como se conhecêssemos a anos. É uma hipocrisia não necessária.

- posso assistir um filme antes de dormir? - Gabriel surge de trás da porta do meu confortável e espaçoso quarto. Agora tem cabelos mais comportados do que quando criança e os olhos se encontram quase sempre em um tom verde claro que chega a ser hipnótico. Mesmo com 9 anos ja se pode ter uma ideia da sua musculatura e feição mais máscula futura. Esta se tornando a cada dia a cópia do pai.

-tudo bem, mas não fica até tarde na frente da televisão.

- tudo bem- responde e sai do quarto calmamente. Talvez Seattle faça bem a ele no final das contas. Levanto e vou tomar um banho quente e relaxante. Aos poucos as roupas que antes cobriam meu corpo estão se espalhando no chão do quarto e por fim estou nua. Solto meus longos cabelos que preservei quanto ao comprimido, mas não a cor, agora ele está mais escuro e contrasta bem com meus olhos que surpreendentemente se tornaram azuis com pigmentos verdes e dourados. É uma coisa quase que surreal, muitos pensam que até que é lente. Paro e me olho no enorme espelho do banheiro. Todo esse tempo e eu não mudei nada. Tudo está como antes no meu corpo, com exceção dos seios mais fartos, das curvas realçadas, da coxa mais torneada, mas as marcas permanecem idênticas. São elas que não me permite, esquecer de tudo, de todos e principalmente dele. Eu não posso negar que por vezes eu sinto falta dele, do abraço, da voz, do perfume, dos cabelos macios, dos lábios rosados, dos beijos cheios de desejos, do toque cheio de malícia e paixão. Era uma chama que nos consumia por inteiro. Que nos deixava a mercê do perigo, do ódio, do desejo, do pecado mais apaixonante e carnal que tem. Oh Styles você faz falta...

I look and stare so deep in your eyes

I touch on you more and more every time

When you leave I'm begging you not to go

Call your name two or three times in a row

Such a funny thing for me to try to explain

How I'm feeling and my pride is the one to blame

Yeah, I still don't understand

Just how your love can do what no one else can 

Got me looking so crazy right now, your love's got me looking so crazy right now

Got me looking so crazy right now, your touch got me looking so crazy right now Got me hoping you'll save me right now, your kiss Got me hoping you'll save me right now

Looking so crazy in love's Got me looking, got me looking so crazy in love

Oh oh oh oh oh oh uh no no

Depois de tomar um banho bem relaxante, desço de toalha mesmo, as escadas e quando chego no último degrau me deparo com risadas bem familiares, uma delas reconheço fácil é a de Gabrie, mas a outras que não me parecem tão nítidas assim. Me direciono a sala com um sorriso no rosto que logo some. Fico paralisada por alguns instantes e logo sinto minha perna tremer e meu sangue pulsar nas veias, posso ouvir as batidas aceleradas do meu coração e sentir o ar entrando malmente por minhas narinas. É ele.

- Sentiu minha falta Maestrine?