Capítulo 28

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Eu o encarei. Não sabia o que iríamos fazer naquela sala

 Eu abri a boca para falar.


-Calma, Tris. Não vou tirar mais nenhuma peça de roupa minha, mas se você quiser . . .


Disse ele me olhando. Seus olhos eram incríveis!  Percebi que ele tinha uma tatuagem nas costas.  Não dava pra ver completamente. 


-Não! Muito obrigada.  O que viemos fazer aqui?  - disse rápido de mais. Ele deu uma gargalhada e depois ficou sério. 


-Vou treinar você.  Você vai aprender como agir como um membro da Audácia no teste e na simulação (paisagem do medo, nesse caso). Acho que eles vão querer ver as reações de vocês ao teste. - disse ele mexendo na seringa já com o líquido. Ele encaixou a agulha e bateu no líquido verde com o dedo.


-Vamos na minha paisagem do medo? - perguntei olhando a agulha. 


-Não.  Vamos na minha. - ele injetou  metade do líquido em seu pescoço. Tirou meus cabelos do meio e acariciou meu pescoço. 


-Vai me deixar entrar na sua cabeça?  - ele acentiu e injetou o resto do líquido.  Ele pegou dois fios com uma tela pegajosa na ponta.  Colocou um em minha cabeça e o outro na dele. Eles estavam conectados ao computador.  Ele se sentou e me sentei em seu colo. Fechei os olhos e tombei a cabeça para trás.  Ele parecia fazer o mesmo.


Olhei para baixo. Estamos entre um prédio e uma casinha redonda,  em cimq de uma ponte feita de canos. Que não era muito grande.  Me levantei e Quatro se equilibrou para ficar de pé junto a mim.


-Medo de altura. - disse olhando para o cinza do asfalto que estava muito longe de nós.  Ele acentiu. -Dá para pular. Não é real. - disse inclinado o corpo para frente.  Ele segurou minha mão. 


-Não, tem que resolver isso como a Audácia resolveria. 


Quatro começou a andar em direção a casinha redonda.  Ele estava com os braços esticados para manter o equilíbrio, eu o segui. Pulamos para dentro da casa. As paredes começaram a se fechar.  Ele empurrou uma parte com o ombro,  não deu certo. Olhei para ele, Quatro estava suando e sua respiração não era nada regular


-Claustrofobia.  Tem que impedir que as paredes nos esmaguem. - havia pregos no chão tentei trava los nas paredes e falhei.  -Demore quanto tempo quiser.  Estou adorando ficar nessa caixinha que encolhe com uma garota. - eu o encarei.  -Venha aqui. - ele estendeu o braço para mim, eu o peguei.  -Vai ficar tudo bem. 


Ele me abraçou tão forte que meus ossos estalaram.  A caixa não nos prendia mais. Mas, Quatro estava com uma arma apontada para uma pessoa que não reconheci de primeira. Ela estava de cabeça baixa sentada em uma cadeira. Derrepente reconheço a pessoa. É a Sam. Me afasto e vou para outra sala, escuto o barulho do tiro e vejo dois corpos diante de Quatro, o de Sam e o de Mike. Ele está chorando.  Ao chegar perto de mim, passa as mãos no rosto e encara a sala desesperado. 

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