Quando tô na rua tudo que eu quero é voltar pra minha casa, mas quando tô em casa anseio pra voltar pra rua porque assim tenho qualquer distração que me evite de pensar no quão solitária tenho me sentido, no quanto minha vida não faz sentido.
A depressão chega sem avisar e consome todo rastro de felicidade presente, assola cada centímetro do meu corpo, desesperança corre pelas minhas veias e minha cabeça grita pra eu ter coragem de fazer pela primeira e última vez um grande favor a mim mesma: acabar com isso tudo logo.
Não me agrada pensar na morte, mas o desespero se instala e sufoca dolorosamente, de tal forma que ela parece me ser a única saída plausível pra toda dor dentro de mim. Não me importo se for pecado, não consigo me importar com mais nada além da minha urgência de calar esse monstro que parece viver em mim.
Mãe por favor me perdoa por querer desperdiçar todo esforço colocado em mim pra minha melhora; pai me perdoa pelas minhas mudanças de humor; irmã me perdoa por ser um terrível exemplo; à quem se importe, me perdoa por não ter conseguido.
Se lembre de mim ao nascer do sol, ao cantar dos pássaros e quem sabe ao observar silenciosamente as estrelas, meu coração estará entre elas, e o canto dos pássaros será como a minha voz, que um dia foi cheia de vida.
Escrevi apaixonadamente até meu último momento.
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Poemas, textos...
PoesiaApenas algumas coisas que eu, Larissa, escrevi. (Em inglês e português)
