Teu nome arde na palma da minha crise
Te penso, e o corpo inteiro se paralisa
Você é cigarro em pulmão doente
Alívio que passa, ferida permanente
Eu tento rezar, me limpar, esquecer
Mas o teu gosto insiste em nascer
Cada lembrança tua é recaída
Mais uma cicatriz na minha vida
Te amar é overdose em câmera lenta
Uma diversão doente que nunca se aguenta
É ficar sem ar, é perder o controle
É querer parar, mas o corpo se mole
Você é sintoma que nunca termina
É febre, calafrio, ferida que ensina
É o colapso depois do prazer
É saber que destrói... e ainda querer
E no fim, sempre volto, sem me reconhecer
Droga maldita que atende por "você"
Meu corpo rejeita, meu peito implora
E a parte que ama já grita: "vai embora!"
A sobriedade é cruel porque me mostra
Que o teu amor nunca foi resposta
Mas o corpo — viciado — ainda chora
Mesmo sabendo que você ter ido embora
Foi o que me salvou — e o que ainda apavora
Mas penso em você e isso me chama de volta
E eu volto — mesmo em revolta
Porque te amar é morrer devagar
E mesmo sangrando... eu volto a te usar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Poemas, textos...
PoesiaApenas algumas coisas que eu, Larissa, escrevi. (Em inglês e português)
