Possua-me - Capitulo IV

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Eu esperava pelo impacto a qualquer momento quando ouvir o som da lamina penetrando algo completamente solido. Foi então que um silencio se fez, eu não ouvia mais nada, muito menos sentia dor. Eu então de repente comecei a abrir os olhos e vi ele na minha frente, de joelhos e com a cabeça baixa. A espada fincada no chão ao meu lado, bem ao meu lado, a poucos centímetros de mim.

Já era noite e a temperatura tinha caído brutalmente, eu começava a tremer de frio. Eu não entendi o porquê de ele não ter me executado ali mesmo, já que isso o iria libertá-lo. Era isso que ele queria, era isso que ele precisava fazer. Ele estava na forma humana de novo. E ele era tão lindo que eu não me segurava. Isso para mim não era estranho, era algo novo. E eu podia dizer com todas as palavras, eu-estava-apaixonado-pelo-meu-assassino. Não, não diria meu assassino, pois algo tinha o feito desistir de me matar.

Ele levantou a cabeça e olhou para mim, seus olhos estavam tão singelos e cheio de lagrimas, parecia uma criança com medo de perder seu bem mais precioso, isso depende de cada criança. Ele vagarosamente se arrastou para perto de mim, sentou-se atrás de mim e me abraçou. Ele estava quente, confortavelmente quente. E o frio que eu estava sentindo minutos atrás, de repente sumiu. Eu estava voltando a me sentir protegido e seguro ao lado dele.

— Porque desistiu? – Perguntei sem saber se realmente deveria perguntar.

— Realmente não sei. – Falou ele baixinho – Acho que tenho mais a ganhar com você, do quê sem você.

— Como assim? – Falei me virando de frente e me abraçando junto a ele.

— Precisamos fugir. – Falou ele levantando bruscamente.

— Mas porquê? – Perguntei me levantando do chão.

— Eles irão mandar outros, já que eu desistir de fazer o que eles queriam, estão te rastreando e irão ferir todos ao seu redor.

— Minha avó. – Falei espantado.

— Exatamente, e se eles chegarem você ainda estiver aí, temo pelo o que pode acontecer com ela. – Falou ele olhando para mim.

— Quanto tempo eu tenho ainda? – Perguntei.

— Creio que até o amanhecer.

— Tenho que falar com ela.

— Não, você não pode nem sonhar em falar sobre isso com ela. – Alertou ele.

— Mas o que eu posso fazer então? – Perguntei desolado.

— Apenas pegar suas coisas e partir, lembre-se, isso é para o bem dela.

— Mas para onde eu irei? Não posso ir para os lugares por onde já passei. O colorado estava se tornando meu lar, amo essas montanhas, amo esse tempo, amo esse lugar.

— Agora o que você precisa fazer é me seguir e te protegerei até a sua idade, quando você completar seu 16º aniversario, eles não poderão fazer mais nada contra você.

— Tudo bem, me encontre em uma hora no ponto de ônibus na frente da minha escola, aquele que nos vimos pela primeira vez. – Falei e dei as costas para ele.

Eu sabia que isso deveria ser feito, por mais que eu ainda não acreditasse muito em tudo isso, mas eu precisava salvar minha avó, não poderia deixar ela morrer por minha causa, ou por causa do pai que eu tive, o pai que nunca soube nada sobre ele, e que foi preciso um ceifador me contar, um ceifador desistir de sua liberdade para me salvar.

Eu cheguei em casa e minha avó ainda não tinha chegado do trabalho, era o tempo certo de arrumar as coisas necessária, deixar um bilhete para ela sobre uma desculpa qualquer e me encontrar com o Ge em alguns minutos, subi para o meu quarto, peguei a minha mochila da escola e a esvaziei, em seguida coloquei algumas peças de roupas nela, uns objetos pessoais e desci para o andar de baixo, vi o carro da minha avó vindo ao longe, já conhecia aqueles faróis velhos. Peguei rapidamente um papel e um lápis e rabisquei algo rapidamente.

"Vovó, me perdoe, espero que você entenda, mas isso é para o seu bem, descobri toda a verdade e se eu não partir, poderei perder você para sempre, não se preocupe, tem alguém comigo que irá me proteger. Volto em breve. De seu netinho, Rafa. Te amo. "

Sai pelas portas dos fundos e esperei ela estacionar e entrar na casa, em seguida sair correndo em direção a minha escola, que só para constar, ficava um pouco distante. Depois de caminhar por um bom tempo eu cheguei até o ponto de ônibus e ele me esperava lá com um carro. Não fiz nenhuma pergunta, pois eu não podia desperdiçar tempo, se não minha avó seria capaz de chegar ali e me levar para casa pelos cabelos. Entrei no carro e seguimos viagem.

Em uma boa parte do caminho eu precisei pedir para ele parar, estava com uma vontade louca de fazer xixi. Sair do carro e segui para uma parte escura da rodovia. O tempo estava feio e parecia que ia cair uma tempestade. Cheguei perto do carro e ele estava sentado no capô, cheguei perto e o abracei. Ele não falou nada, apenas retribuiu o abraço. Não tínhamos o que temer, aquela rodovia era uma rodovia fantasma, não passava ninguém por ali. Então eu o beijei e isso fez meu corpo tremer unto com um trovão ao longe. Ele me beijou ferozmente como se aquilo fosse o néctar dos deuses, como se meu beijo fosse a melhor coisa do mundo.

Eu já não podia aguentar a pressão, nem o desejo pulsando de dentro da minha roupa, se é que me entendem. Peguei com a mão na parte debaixo das roupas dele e sentir a pulsação e o volume. Imediatamente ele me deitou no capo do carro, me beijou e colocou minhas pernas ao redor da cintura dele, tirou minha roupa pouco a pouco, quando estávamos completamente sem roupas, ele olhou nos meus olhos e sem desviar o olhar, me penetrou.

Rafael - O Ultimo Nefelim - Volume IOnde histórias criam vida. Descubra agora