Capítulo 4

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    JENNA:

       Ódio é pouco para definir o que eu sinto por esse idiota, se eu pudesse eu tacava ele do décimo andar. 

        Acalme-se Jenna, apenas se acalme.

        Respirando, inspirando, respirando, inspirando.

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         - Jenna - me viro e vejo David com uma blusa verde limão, isso soa engraçado. Mais caiu bem.

         Ele me analisa. Meus cabelos vermelhos sangue estão presos em um enorme rabo de cavalo, mostrando meus furos na orelha. Ele observa minha enorme blusa preta, e minha calça jeans larga, muuuuito larga, e meu branco todo desenhado. tenho que admitir que eu quase coro de vergonha.                - Verde limão caí bem em você - digo me aproximando.

         - Jura? 

         - Sim - eu dou um leve sorriso.

         - Você acorda bem cedo. 

         - Você também. Trabalho?

         - Sim. - ele da um leve sorriso tímido que mostra seus dentes. - hãm, eu acho que tenho que ir.

         - Tudo bem - ele acena com a mão e se despede de mim. Quando ele esta a uma boa distância, ele vira para mim e diz:

         - Meu pai quer que você vá conhecer o abrigo hoje. O que você nos diz?

        Não. Eu realmente não quero conhecer essas pessoas, e entrar nesse orfanato dos poderes, isso parece terrível.

           - Claro! Vai ser muito bom - é tudo o que consigo dizer. 

           Eu vou em direção ao meu quarto. tranco a porta.respire, inspire, respire, inspire

Uma hora depois:
Chegamos no abrigo, era um prédio bastante afastado da cidade com uma pintura desgastada por fora. Quem olha, acha que seria muito fácil invadir aquele edifício semi- abandonado, mas essa pessoa estaria seriamente enganada.

David faz algo que não consegui ver, e de repente, surgiu na parede uma espécie de teclado com números.
Ele digitou a senha e por acaso, notei que a senha era a minha data de nascimento.
Depois, surgiu um identificador de retina (aquele treco que usam nos filmes do F.B.I.) e por ultimo, apareceu um teclado com letras e eu o vi digitar alguma palavra que não consegui entender.
Então, uma porta metálica se abriu e revelou uma área ampla, cheia de portas, escadas e aparelhos que eu jamais conseguiria identificar. Havia também algumas poucas pessoas que caminhavam procurando algo e derrubando alguns papéis.
  Quando repararam em minha presença, todos pararam o que estavam fazendo e começaram e me olhar espantados.
A sala inteira entrou em um profundo silencio, que se uma agulha caísse, ecoaria como um trovão.

Então, uma mulher morena com os olhos escuros e brilhantes como uma noite repleta de estrelas.

     Ela olhava para David, e me senti um pouquinho incomodada com isso, e eu não sabia o porque.
Então, a moça quebrou de vez o silêncio que restava e perguntou a David:
- É ela?
E ele respondeu de imediato:
-Sim.
Então, a mulher me puxou pelo braço e me conduziu a uma sala parecida com um laboratório e começou a fazer perguntas, enquanto preparava uma seringa para tirar meu sangue.
As perguntas eram coisas do tipo:
"Algum poder seu já se manifestou?" "No dia de seu aniversário de 18 anos, alguém tentou te sequestrar?" "Alguém fora as pessoas daquela casa e o sr. Guidam sabe que você tem poderes?"
Eu fiquei bastante incomodada com todas aquelas perguntas. Como essa mulher que eu nem conheço sabe tantos detalhes da minha vida?

A garota dos olhos vermelhosOnde histórias criam vida. Descubra agora