Capítulo 18

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Babi e Murilo entraram sorridentes. O pai carregava uma caixa com algumas coisas pessoais de Eduarda que tinham ficado para trás. A mãe olhou a menina e logo percebeu seu abatimento.

-Não me parece bem.

-Tenho passado muito mal mãe. Meu estômago brigou com todos os  alimentos que eu costumo comer e a gente está em uma guerra do tipo, eu coloco pra dentro e ele joga pra fora.

Murilo fez uma careta e todo mundo riu. Antonino a abraçou pelas costas e beijou-lhe os cabelos. Eduarda olhou pra ele com alguma descrença e o rapaz sorriu de volta pra ela.

-Quer beber alguma coisa tio Murilo?

Babi sorriu pra eles. Era estranho o marido da filha chamar o sogro de tio.

-Cerveja tá de bom tamanho.

Antonino foi buscar as cervejas. Babi se animou para ver a tal das fotos.

-Ah mãe, se tivesse me avisado que viria eu não teria deixado o cartão para o Liam fazer as correções.

-Não acredito que não está aqui.

-Não. Levei hoje para ele fazer os acertos antes que eu mandasse revelar.

Antonino ficou impressionado com a facilidade da menina em arrumar uma desculpa. Babi não se contentou.

-Então me diz Nino...gostou de Paris?

-Adorei. Tudo lá é muito bonito.

Eduarda estava perplexa com a maneira que ele mentia sem nem pestanejar.

-Podemos voltar lá nas próximas férias se quiser neném.

-Ah, eu ia adorar. Fomos apenas uma vez. Sempre optamos por ir ao Brasil ver a família.

-Eu nunca estive no Brasil. Vai ser legal ir até lá.

-Podemos planejar o natal desse ano. Ia ser maravilhoso. O primeiro natal do bebê lá no Brasil. Ramon e Nick podiam se programar para ir com a agente. Dezembro faz muito calor.

-Eu acho uma ótima idéia.

Babi se sentou ao lado do marido e Eduarda ficou um pouco perdida não sabendo se devia se sentar próxima de Antonino. Não queria que ele se levantasse para evitar ficar perto dela e que os pais vissem essa cena, mas pensando bem, ele estava representando muito bem o papel de marido feliz.

Ele bateu com a mão no sofá num pedido mudo para que ela viesse até ele. Eduarda se sentou um pouco tensa e o rapaz passou os braços por seu ombro puxando-a para mais perto. A mão dele começou a brincar com o cabelo dela num carinho despercebido. Os dois homens engataram em uma conversa sobre universidade, estágio, futebol e tomaram mais cerveja rindo e batendo um papo descontraído que até parecia que ela tinha uma vida normal.

Babi perguntou sobre o pré-natal.

-Eu ainda não fui ao médico mãe.

-Precisa ir ainda essa semana. É importante.

-Eu sei. Eu...vou marcar a consulta.

-Já tem palpite sobre o bebê?

-Como assim?

-Se é menino ou menina.

-Não.

Murilo abraçou a mulher se lembrando da gestação dela.

-Sua mãe trocava de opinião toda semana. O que nunca nos dava a certeza se era menino ou menina. Quando nasceu descobrimos porque a intuição dela era falha.

Todos eles riram. Antonino novamente a surpreendeu quando falou.

-Eu quero um menino.

Ela franziu o cenho curiosa.

A Cozinheira - "4o.Coligado aos Agentes da BSS"Onde histórias criam vida. Descubra agora