Babi e Murilo entraram sorridentes. O pai carregava uma caixa com algumas coisas pessoais de Eduarda que tinham ficado para trás. A mãe olhou a menina e logo percebeu seu abatimento.
-Não me parece bem.
-Tenho passado muito mal mãe. Meu estômago brigou com todos os alimentos que eu costumo comer e a gente está em uma guerra do tipo, eu coloco pra dentro e ele joga pra fora.
Murilo fez uma careta e todo mundo riu. Antonino a abraçou pelas costas e beijou-lhe os cabelos. Eduarda olhou pra ele com alguma descrença e o rapaz sorriu de volta pra ela.
-Quer beber alguma coisa tio Murilo?
Babi sorriu pra eles. Era estranho o marido da filha chamar o sogro de tio.
-Cerveja tá de bom tamanho.
Antonino foi buscar as cervejas. Babi se animou para ver a tal das fotos.
-Ah mãe, se tivesse me avisado que viria eu não teria deixado o cartão para o Liam fazer as correções.
-Não acredito que não está aqui.
-Não. Levei hoje para ele fazer os acertos antes que eu mandasse revelar.
Antonino ficou impressionado com a facilidade da menina em arrumar uma desculpa. Babi não se contentou.
-Então me diz Nino...gostou de Paris?
-Adorei. Tudo lá é muito bonito.
Eduarda estava perplexa com a maneira que ele mentia sem nem pestanejar.
-Podemos voltar lá nas próximas férias se quiser neném.
-Ah, eu ia adorar. Fomos apenas uma vez. Sempre optamos por ir ao Brasil ver a família.
-Eu nunca estive no Brasil. Vai ser legal ir até lá.
-Podemos planejar o natal desse ano. Ia ser maravilhoso. O primeiro natal do bebê lá no Brasil. Ramon e Nick podiam se programar para ir com a agente. Dezembro faz muito calor.
-Eu acho uma ótima idéia.
Babi se sentou ao lado do marido e Eduarda ficou um pouco perdida não sabendo se devia se sentar próxima de Antonino. Não queria que ele se levantasse para evitar ficar perto dela e que os pais vissem essa cena, mas pensando bem, ele estava representando muito bem o papel de marido feliz.
Ele bateu com a mão no sofá num pedido mudo para que ela viesse até ele. Eduarda se sentou um pouco tensa e o rapaz passou os braços por seu ombro puxando-a para mais perto. A mão dele começou a brincar com o cabelo dela num carinho despercebido. Os dois homens engataram em uma conversa sobre universidade, estágio, futebol e tomaram mais cerveja rindo e batendo um papo descontraído que até parecia que ela tinha uma vida normal.
Babi perguntou sobre o pré-natal.
-Eu ainda não fui ao médico mãe.
-Precisa ir ainda essa semana. É importante.
-Eu sei. Eu...vou marcar a consulta.
-Já tem palpite sobre o bebê?
-Como assim?
-Se é menino ou menina.
-Não.
Murilo abraçou a mulher se lembrando da gestação dela.
-Sua mãe trocava de opinião toda semana. O que nunca nos dava a certeza se era menino ou menina. Quando nasceu descobrimos porque a intuição dela era falha.
Todos eles riram. Antonino novamente a surpreendeu quando falou.
-Eu quero um menino.
Ela franziu o cenho curiosa.
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A Cozinheira - "4o.Coligado aos Agentes da BSS"
Roman d'amourNino aprendeu desde cedo que a vida era para ser vivida. Sexo, festas e garotas bonitas estavam no topo das suas prioridades. Ele era o garanhão da escola. Um conquistador nato que nunca ouviu um "não" de nenhuma das garotas que almejou levar pra ca...