Capítulo 19

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O rapaz se levantou com cuidado para não acordá-la. Foi até seu quarto e trocou de roupa. Estava faminto. Iria até a padaria buscar pão fresco e faria café para quando Eduarda acordasse. Queria se redimir com ela, queria viver seu casamento de maneira correta.

Fez conforme tinha pensado. Estava dando um primeiro passo para fazerem as pazes para que pudessem recomeçar e estava feliz pela noite gostosa que haviam tido. Se podia ser assim todos os dias, porque fazer diferente?

Ele pegou o carro e foi até a padaria do bairro.

A campainha estava insistente e acordou Eduarda que vestiu seu roupão e desceu as escadas um pouco sonolenta. Onde estaria o Nino? Ela abriu a porta e uma moça bonita e bem vestida sorriu pra ela.

-Oi. Eu posso falar com o Nino?

-Desculpe, mas ... quem é você?

-Nossa, perdoe minha distração. Prazer, eu sou Dakota.

A moça estendeu a mão para Eduarda que retribuiu sem muito entusiasmo.

-É que o Nino esqueceu o celular dele ontem comigo e eu sei bem o que é ficar sem celular, Deus me livre, então eu vim entregá-lo.

Eduarda sentiu como se tivesse levado um soco no estômago. Ele não faria isso com ela, faria?

-Esqueceu com você?

-Sim.

A moça balançou o telefone, que Eduarda reconheceu ser do seu marido, e sorriu.

-Onde estavam quando ele esqueceu o celular... com você?

Dakota sorriu sem jeito e Duda entendeu. Ela abriu a boca em espanto e a moça se fez de inocente. As duas mulheres viram o carro estacionar na garagem e juntas olharam para ele.


Antonino pegou o pão e comprou flores na banca da esquina. Ia se sentar com sua mulher e conversariam sobre a relação deles. Fariam as pazes e teriam um fim de semana pacífico e agradável.

O rapaz sentiu as tripas repuxarem e caralho, não. Eric não tinha feito uma merda dessa em passar seu endereço para a Dakota, mas conforme o carro se aproximou ele viu que era ela mesma na porta da frente.

Ele olhou para Duda e o rosto pálido e assombrado lhe disse tudo. Grande merda. Sabia que sua aventura inacabada com Dakota lhe custaria caro.

Antonino desceu do carro e pegou o pão, achou melhor deixar as flores no banco porque elas não iriam lhe salvar a pele. A moça sorriu pra ele de forma sedutora e seu sangue ferveu.

-O que esta fazendo na minha casa Dakota?

-Ah Nino, bom dia pra você também. E só vim entregar isso. –Ela estendeu o celular que ele pegou e colocou no bolso, a moça continuou. - Na pressa de voltar pra casa, você deixou seu celular em cima da cama.

Nino olhou pra Eduarda e viu os olhos decepcionados dela. Ah merda, não.  Precisava fazer a universitária falar que não tinham feito nada.

-Do jeito que fala parece que aconteceu algo entre nós.

-E não aconteceu?

-Porra não. Sabe que não. Porque veio aqui?

-Já disse porque vim. Agora seja educado e me agradeça o favor.

-Uma merda que vou te agradecer de alguma coisa. Veio aqui pra foder com a minha vida junto da minha mulher, mas te digo...se não falar a verdade agora mesmo, vai estar tão ferrada quanto eu em cinco minutos.

Dakota puxou o cabelo de lado, onde uma chupada avermelhada marcava sua pele branca próximo do lóbulo da orelha.

-Quando me fez isso ontem a noite na casa do Eric, não achou que eu estava fodendo com a sua vida.

A Cozinheira - "4o.Coligado aos Agentes da BSS"Onde histórias criam vida. Descubra agora