Capítulo 25

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Não é necessário dizer que ela não dormiu. Apareceu no restaurante e Apollo podia ver que ela estava abatida. Ela contou ao amigo sobre a noite anterior e pediu sua opinião.

-Se quer mesmo saber, eu acho que você deveria deixar que ele assuma a responsabilidade que ele quer assumir. Afinal, ele é o pai e isso é uma situação que você não pode mudar.

Ela respirou fundo e Apollo sorriu pra amiga.

-Desculpe pelo o que eu vou dizer Duda, mas eu acho que você teme muito mais o fato de ter que lidar com a presença do Nino aos arredores do que a convivência dele com o Thierry.

-Ah amigo...

-Veja bem, isso não é uma crítica, é apenas um comentário de alguém que te conhece como ninguém e quer que você encare os fatos de frente. Não precisa fazer nada a respeito sobre isso no momento. Dê um passo de cada vez.

Ela abraçou o amigo de toda hora e sorriu agradecida.


Logo de manhã Nino ligou para a mãe que ficou eufórica com as notícias e eles se encontraram para irem ao shopping. Ela o ajudou com as roupas e os sapatos para o menino. Antonino estava sorrindo e fazendo planos e sua mãe ficou radiante.

-Não tem idéia de como eu fico feliz em te ver assim Nino.

Eles almoçaram juntos e o rapaz comprou um autorama gigante para o filho. No final da tarde ele levou a mãe pra casa. Estava no meio do caminho  quando seu celular tocou e ele atendeu no viva voz porque estava dirigindo.

-Nino?

-Eduarda?

-Sim. É...sou eu, bom...se puder passar aqui em casa para conversarmos...

-Claro que eu posso. Que horas?

-Quando quiser.

-Poderia ser agora? Eu acabei de comprar umas coisas para o Thierry.

-Tudo bem.

Nino seguiu para a casa da menina e estava entusiasmado como há anos não se sentia. Ele estacionou e tirou a caixa gigante do autorama.

Eduarda se olhou no espelho pela milionésima vez e arrumou o cabelo. Passou gloss e seu perfume favorito, Carolina Herrera. Ah Deus, que grande idiota ela era. Tudo bem, ele estava ali pelo filho, mas ela não precisava recebê-lo toda desarrumada e fedida não é?

Ela atendeu a porta e ele sorriu um pouco tímido. Eduarda deu espaço pra ele passar e ele colocou o presente do filho em cima do sofá.

-Onde está ele?

-Ele costuma dormir um pouco à tarde. Deve acordar já já.

-O que quer me falar?

-Eu pensei um pouco e acho que, bem...podemos fazer isso decentemente. O que eu quero dizer é que, você é o pai dele e já que parece interessado em finalmente assumir esse papel, não há porque colocar empecilhos não é?

-É sim.

-Então precisa se inteirar sobre a rotina dele.

-Eu adoraria.

Ela fez sinal para que ele se sentasse.

-Bom, ele sempre come coisas saudáveis. Nada de fast food, de jeito nenhum e também ele nunca bebe refrigerante. Sempre suco natural.

-Entendi.

-Ele gosta de acordar tarde e fica de mau humor quando acorda muito cedo.

Antonino riu. Tão pequenino e já temperamental.

A Cozinheira - "4o.Coligado aos Agentes da BSS"Onde histórias criam vida. Descubra agora