Bad Blood - A Caçadora de Vampiros

Jason

  Ponto de vista (POV) - Jason

  "Estávamos no trem a caminho da Alemanha. Minha mulher estava sentada ao meu lado, Christina sorria enquanto conversava com meus país, Viktoria e Alexander, a Rainha e o Rei do clã Belikov. Tudo corria como planejado, iríamos nos hospedar em um dos castelos do nosso clã, o qual era controlado pela irmã da minha mãe.

  Foi aí que aconteceu.

  Ouvi o estrondo, vi a fumaça e senti o cheiro de sangue; mas não era sangue humano, era sangue de vampiro."

  Acordo com um solavanco. A minha respiração descompassada, os batimentos cardíacos acelerados e o suor corre em minha testa.

  - MERDA! - Grito. 

  Essa droga aconteceu em 1850! Faz anos que não sonho mais com isso!... É culpa dela! Tudo isso é culpa da Katherine...

  * Horas antes no baile *

  Eu estou com Melody e Ian observando Katherine e Conner dançando e rindo juntos. Pensa num Vampiro que está possesso de raiva, eu mesmo. Aquela garota está fazendo isso de propósito para me provocar e está conseguindo. Minha vontade é ir lá e arrancar a cabeça daquele filho da puta fora só por está com as mãos nela. Ela é minha e só minha. Bem, ainda não é, mas será em breve, caso tudo ocorra como o planejado.

  Explodo de raiva quando ele a beija. Nem me dou conta que havia jogado-o no chão. Quando vou arrancar-lhe à cabeça fora ouço sua voz, a voz de Katherine e ela se coloca entre nós. Olhando para ela consigo me acalmar. O que é estranho, quando a raiva me consume eu raramente sou capaz de me acalmar sem antes cumprir meu objetivo, que no momento é matar aquele desgraçado. Olho para ela. Aqueles lindos olhos violeta. Ela.

  O que você está fazendo comigo, Katherine?

Logo depois ela sai e fico encarando Conner. Quando os guardas chegam e levam a gente para duas salas distintas para que nos acalmássemos. Fico pensando em Katherine em como ela me deixava confuso, ela era tão forte e ainda sim tinha uma beleza angelical.

  Me repreendo por pensar assim, esse não sou eu. Não me importo com as pessoas, pelo menos não mais. Mulheres então só servem para me dar prazer, mas ela é diferente e eu sei. Eu já havia sido avisado e ela com aqueles olhos, agora eu tinha certeza. Além de que todos do conselho estão me pressionando porque não tínhamos uma rainha. Iríamos precisar de uma para que ficasse cuidando das coisas enquanto eu estiver fora.

  E eu já sei que Katherine será a minha. A minha esposa. A rainha do clã Belikov. Ela é uma Dhampir que tem sangue puro de vampiro correndo em suas veias, devido à sua mãe, diferentemente dos outros Dhampirs que só se relacionam entre si. Tornando-a mais do que especial.

  Mesmo estando admirado por ela, a raiva fala mais alto. Preciso mostra-lhe que atos assim não passaram impunes, que ela irá pagar pelo mal que fez a minha sanidade mental. Saio do castelo e vejo à sua janela aberta. Desde que a vi na noite em que lutava contra dois dos meus vampiros e tinha acabado com eles em menos de um minuto, eu a vejo dormir. É o único momento do dia em que eu fico em paz.

  Entro no quarto e a observo dormindo. Minha raiva grita para que eu faça algo, mas não consigo, apenas fico a olhando enquanto dorme e quando resolvo sentar ela fala:

    - Pretende ficar ai por muito tempo, parceiro?

Assim que percebo que ela estava acordada o tempo inteiro e tinha me chamado de "parceiro" a minha raiva volta de um jeito inexplicável.

  "Parceiro" fala sério.

  - Achei que tivesse dormindo. Eu vim aqui para te dar um lição, eu sei que você fez de propósito. - Falo com convicção e a fitando.

  - Claro que não.

  Mentirosa.

  - Eu sei que foi. Isso é para você aprender a nunca mais agir assim. - Falo enquanto me aproximo.

Rapidamente subo em cima dela é seguro seus braços com apenas uma mão, coloco-os acima de sua cabeça e desço minha boca para seu pescoço.

  Penso em dar uma mordida, mas poderia causar problemas, então, simplesmente chupo seu pescoço. E puta merda, parece que fui ao céu e voltei. Seu gosto e seu cheiro são as melhores coisas que já provei em minha vida.

  Em um momento de distração, ela consegue dar uma joelhada no meu estômago que é muito forte, chega a machucar um pouco e fico impressionado por ela ter essa força. Dá uma cotovelada no meu rosto, seguida de mais uma joelhada e um soco. Eu sinto uma mistura de raiva e admiração por ela ter lutado comigo daquele jeito. É quando ela sobe em cima de mim com as pernas ajoelhadas uma em cada lá do do meu corpo, a bunda roçando em mim, me olhando determinada com o cabelo todo para o lado e com aquela roupa de dormir de seda vermelha com renda. Nada no mundo pode ser mais sexy do que isso. Esqueço toda a minha raiva enquanto tudo o que eu quero é ter ela, ali, naquela cama.

  - Você não quer fazer isso, Belikov! - fala e dá um tapa na minha cara. Se fosse qualquer outra pessoa já estaria com enormes problemas. Mas era ela e por mais ilógico que pareça eu acho engraçado, ela é ainda mais linda quando está brava. Sai de cima de mim e grita: - GUARDAS! Fora, Belikov, AGORA!

  Na hora em que ela chama cinco guardas aparecem e me encaram.

  - Continue lutando, princesa. Isso só deixa as coisas mais interessantes pra mim. - Levanto da cama e a olho de cima a baixo. Hmmm, sexy como o inferno. - A propósito, adorei seu pijama.

  Ela grunhe de raiva e fecha a porta na minha cara. Rio, enquanto passo a mão em minha cara.

- Nos acompanhe, senhor Belikov, por favor. - Fala um dos guardas.

Eu dou uma risada e passo por eles, eles não podem fazer nada, porque afinal não podem me contrariar.

  Chego no meu quarto temporário, Ian está lá e vem falar comigo.

  - Foi procurar a futura rainha? - Ele fala e o encaro. - Olha, vou ser bem direto, Jason, quero que a Megan esteja no acordo. Eu sei que é arriscado, mas se ela não for eu não aceito.

  Merda. Ian está querendo me quebrar, já tenho quase certeza que não vão aceitar a Katherine, imagina com a Megan também.

  - Já que eu não tenho escolha. Agora saia. Eu quero descansar - Meu irmão sai, eu penso na reunião que teremos e como faria eles aceitarem.

  Eu estou com mais problemas do que pensei.