–Ah, meu Deus. – Claire olhou para o céu, marrom, pronto para desabar. Era tudo o que ela não precisava. – estamos ilhados.
Owen, que já havia pago a conta ao vê-la quase dar um chilique, sorriu com o comentário, ao seu lado, na porta do bar.
–Isso é uma metáfora. Estamos em Nublar.
Claire pensou em comentar sobre o uso daquela figura de linguagem, mas estava ansiosa demais para isso.
–Ok, temos que sair daqui.
–Sim, eu te disse isso há dez minutos, mas você estava pensando nos danos que o chuvisco poderia causar nos seus lindos cabelos. – Owen riu, escorado na porta, olhando para o céu. – não quero te enganar não, mas isso vai ficar feio.
–Ei, você não entende nada de cabelos. – ela reclamou, olhando para o chão, que ficava cada vez mais molhado. Owen a olhou e consertou, após bufar.
–Quis dizer que o céu está armado para desabar, senhorita egocêntrica.
–Ok. – Claire revirou os olhos, e ignorou o comentário. – vamos, preciso chegar em casa. – ela segurou em seu braço, o que fez com que os dois se olhassem. Era a primeira vez naquela noite que ela reparava no seu físico. E não seria a última.
*
Claire negou seu capacete novamente, apesar de ter ficado balançada por causa da chuva. Seria uma forma de esconder dos pingos e de qualquer vestígio que denunciasse, no caminho para sua suíte, que ela saiu com alguém. Alguém que a meteu numa furada.
Mas na metade do caminho, outro problema.
–Está piorando, será que não dá pra ir mais rápido? – ela berrou ao seu ouvido, toda mandona e irritada por ele parar a moto no meio do caminho.
–Desculpa, Claire, mas creio que não vai dar pra continuar.
–O que? Ela berrou de novo, e ele franziu o cenho.
–Olha pra frente, está tudo alagado! Não quero te meter em problemas.
–Ugh, como se tudo até agora não tivesse sido um. – ela pensou alto, e aquilo definitivamente o irritou também.
–Sai da moto. – ele desligou o motor.
–Peraí, desculpa! eu não estava falando contigo! – ela ficou apavorada com a possibilidade de tê-lo irritado além do que deveria.
–Sai da moto, Claire. – ele repetiu, sério, e ela demorou alguns segundos para acreditar naquilo.
–Se considere um homem morto, Owen. – ela disse, após enfrentar problemas para pisar firme na terra completamente encharcada. A noite foi toda estragada, e nem seu Louboutin saiu ileso. – Você deveria me levar para casa.
Owen desligou a moto, tentando não rir consigo mesmo.
–Nem pense nisso. – Claire levantou o dedo, indo para trás, e quase caindo na lama. Ele segurou seu braço, e tão logo ela estava firme novamente, o arrancou na mão dele.
–Calma, mulher. Vamos ficar na minha casa ali na frente, enquanto esse tempo não melhorar. – ele apontou, e ela ainda não tinha reparado pela falta de luz.
–Não estou gostando nada disso... - Claire pegou o celular e ativou a lanterna, inspecionando o local.
–Claro que não está. Não fazia parte do seu itinerário.
–Um bangalô? – ela parou a lanterna focando ao seu lado esquerdo.
–Sim. Não posso te por em risco com esse tempo e arriscar o futuro das próximas gerações de Grady's se você resolver chutar minhas bolas ou me esterilizar amanhã.
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Together. For Survival.
Любовные романыClaire Dearing é gerente de operações do Jurassic World, maior parque temático do mundo. Owen Grady é pesquisador de animais do mesmo empreendimento. Ela, controladora. Ele, adestrador. Algo diz que esse encontro irá muito, MUITO longe...