Capítulo 5 - Mila

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O que fazer quando você sabe que está pisando num terreno minado, mas mesmo assim quer continuar andando fingindo que não existe perigo!?
Eu estou fazendo exatamente isso e ainda não sei como tive coragem de me enfiar num relacionamento às avessas.

É muita loucura!
E o pior foi o Lucca ter concordado com isso, ele é tão sério, não combina com ele esse tipo de atitude. Não que eu esteja reclamando, mas é tudo tão novo, inesperado e emocionante, estou surpresa.

Não pensem que ele está me tratando como namorada ou ficante oficial, porque ele não está, apenas tem sido educado comigo, me cumprimenta todos os dias na faculdade e sempre me oferece carona, mas ainda não aceitei.

Sei lá, acho que sinto um pouco de receio em ficar muito tempo perto dele, o Lucca é lindo, tem um sorriso arrebatador e me deixa com as pernas bambas.
E não posso misturar sentimentos em nosso acordo, e mesmo que eu negue se eu não tomar cuidado estarei perdida e serei presa na armadilha que eu mesma ajudei inventar.

Ontem o encontrei na biblioteca da faculdade, estava sentada folheando um livro e ele chegou junto com dois rapazes. Sentaram-se em uma mesa afastada e percebi ele me olhar discretamente, e em seguida meu celular vibrou.

Desbloqueei a tela e li a mensagem.

Lucca- Um beijo pelos seus pensamentos.

Dei uma olhadinha para ele e sorri.

Mila- Não estou pensando nada. Só estava fazendo uma pesquisa.

Lucca- Okay, sendo assim, nada de beijo para você. Te vejo mais tarde. Me espere que te levarei para casa.

Mila- Vai me negar mesmo o beijo? Não quero te dar trabalho, volto de ônibus.

Lucca- Se você não me esperar vai ficar sem beijo por um mês.

Mila- Se você não me beijar, beijarei esse moreno lindo que está ao seu lado.

Enviei a mensagem e olhei para ele, Lucca me olhou de cara feia e não me respondeu mais, guardou o celular no bolso e saiu da biblioteca.

Que reação foi essa minha gente? Não entendi nada!

Terminei minha pesquisa e fui assistir a última aula do dia.
Quando saí da faculdade, não o esperei no portão, pois
como ele ficou estressadinho, deve ter ido embora.

Caminhei até o ponto de ônibus e fiquei esperando o meu ônibus passar.

Cinco minutos depois vi o carro do Lucca parar em frente ao ponto. Ele me encarou sério e puxou assunto.

- Custava ter me esperado no portão?

- Achei que você já tinha ido para casa.

- Eu te ofereci carona, não ia embora sem você. Vamos?

Assenti e entrei no carro.

O silêncio entre nós foi tanto que ouvi minha barriga roncar de fome, não comi nada durante toda a manhã e meu estômago estava reclamando. Lucca também ouviu e soltou uma gargalhada!

- Momento constrangedor do dia! Falei rindo junto com ele.

- Isso que dá ficar em jejum por muito tempo.

- Eu acordei atrasada, comi apenas uma barra de cereal e vim para faculdade.

- E não comeu mais nada?

- Não.

- Se fosse eu já estaria desmaiando de fome, vou te levar para almoçar lá em casa.

- Não precisa, eu me viro quando chegar em casa.

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