Capitulo especial de 1k (gigante)

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Vanessa teria mudado muito desde que sairá da escola, principalmente em relação aos sentimentos por mim. Como alguém como ela poderia me amar? Bom não sei e nem pretendo saber quero esquecer essa historia.
    Igor me levou para a casa e tive de inventar uma desculpa para que ele não ficasse, não que eu não quisesse te-lo por perto,mas eu precisava descansar depois de hoje e também tive medo que ele insistisse nesse assunto.  Assim que ele se foi me deitei e adormeci.

     SONHO...

  Lá estou eu, com meus 8 sentada sozinha na hora do lanche comendo escondido até que um grupo de garotas se aproxima de mim, e por algum motivo me sinto mal, encurralada e até desesperada!!! Milena vem na frente e suas amiguinhas vem logo atrás. Mesmo achando que elas me insultariam, percebo que me enganei.

     -Sua magrela ridícula, em você a gente não precisa nem bater que já quebra não é? - Milena se dirige a uma garota magra e frágil sentada próxima a mim. Essa reage da mesma forma que eu sempre quis reagir. Ela da um tapa no rosto da Milena, o tapa soou tão alto que todos pararam para observar.
   -Você não é perfeita sabia Milena ? Você também tem defeitos, e não são poucos então... Da próxima vez que tentar me humilhar vai ser pior!!! - Milena estava assustada e não conseguia dizer uma palavra. E aquilo me lembrou o quanto eu gostei daquela garota, naquele dia....
 
      Acordo assustada e suando frio, não pelo sonho mas pelo que ele me lembrou. Aquela garota era Maria, na verdade Maria Vanessa, ela era Vanessa. Se eu me lembrasse apenas deste dia eu realmente me sentiria bem em relação a Vanessa, porém o que aconteceu depois desse dia, nos anos seguintes foi o que realmente me marcou. Depois que ela desbancou Milena, se tornou como ela, mas ainda pior. Ela me maltratava tanto que depois que se tornou a "rainha" da escola comecei a me cortar ainda mais, fui parar no hospital varias vezes por causa dela. A forma de tortura dela era diferente, nunca me disse que eu era feia, gorda ou algo do tipo, ela sempre dizia algo pior como o quanto eu era sozinha e o quanto eu devia ser ruim pra minha mãe viver no hospital, e isso doía até mais do que quando me chamavam de feia ou gorda. Como alguém que me fez tão mal pode gostar de mim? E alem do mais, ela disse que gostava de mim desde antes, então por que me fazia tão mal? Porque?
    Fiquei pensando nisso e não consegui mais dormir. Me levantei e fiz minha higiene matinal coloquei uma roupa peguei minha bolsa e fui em direção a escola, como estava mais cedo que o normal esperava não encontrar Igor mas me enganei. Ele adivinhou? Kkk

   - Amor? O que você ta fazendo aqui?  Você nunca vem tão cedo pra aula. - ele me deu um selinho logo após me enterrogar.
   - Tive dificuldade pra dormir. Mas e você? O que faz aqui?
   -Também não dormi bem, sonhei com meu pai.- ele estava aparentemente triste e provavelmente chorou a noite toda pois estava usando óculos escuros e o dia nem estava claro ainda. Eu o abracei e sussurei em seu ouvido "eu te amo e tudo vai ficar bem".
   -Só acredito nisso quando to com você. - ele me beijou como nunca antes, sua lingua envadia minha boca e explorava cada canto enquanto suas mão percorriam minha cintura e vez ou outra passavam pela minha bunda. Ah meu Deus como eu era apaixonada. Ao lembrarmos que estávamos na rua nos afastamos e seguimos caminho de mãos dadas e em silêncio completo. Ao ver de longe uma garota se aproximando e todos os homem que estavam na rua pararam e a olharam, soube de cara, era Vanessa.

    -Ela não sente frio não porra?- pergunto a Igor que apenas ri sem me responder.
    - Olá pombinhos, você ta bem Val?- minha garganta secou e meu corpo tremia, ela não mudara minha reação desde os 8 anos.
   -Porra Vanessa, tu não cansa de perseguir a Val? Ela não te quer, aceita!!!- Igor diz, mas mesmo que isso me alegasse eu ainda estava imóvel.
   -Eu não tinha a intensão de encontrar com vocês, até por que soube pela reação da Valenthina que ela se lembrou do passado e tenho certeza que não quer me ver, por isso todo esse medo, não é Val? - se ela sabia, por que insistia nisso? Pra me ver mal?
  -Eu não tenho mais medo de você, não sou como era antes, eu mudei muito. - finalmente algo saiu!!!
   -Pode até ter mudado mas ainda  tem todas as qualidades que me atraem.- ela sorrio de lado e abaixou a cabeça.
     -Você fez o que fez, pra mostra o quanto me amava então? Hahaha assim eu realmente ia te ama né? - Igor me olha estranho mas ri do meu sarcasmo.
    -Você não consegue entender não é? Eu só não sabia lidar com meus sentimentos e fiz o que fiz pra tentar esconder de mim mesma que ... Eu te amava e ainda amo.- Vi Igor ficar vermelho de ódio e senti seu sangue ferver.
     -Garota! Chega, eu não vou fica aqui parado escutando você fala que ama minha namorada! ELA NÃO TE QUER e é isso que importa!!!- ele gritou e saio andando rápido e me puxando pela mão.
     Logo que chegamos na escola ele me encostou na parede e começou a me questionar.
   -Val me explica essa porra direito!!! Não tem mais como esconder, cara. Eu até entendo que você não gosta do assunto e se sente mal mas agora não da mais pra fugir. Por favor Valenthina, fala! - ele estava serio e não aparentava que ia desistir tão facilmente disso.
    -A Vanessa foi o motivo principal pra mim nunca conseguir parar de me cortar, ela foi quem me insultou a maior parte da minha vida.- com os olhos marejados eu tento segurar o maximo possível, mesmo que algumas lágrimas já tenham caido. Ele limpa as lagrimas que deixei escapar e me abraça, eu me sentia segura dentro daquele abraço.
   -Eu não vou deixar ela te fazer mal, eu prometo.- ele beija a minha testa delicadamente como quem diz "eu cuido de você". E isso era tudo que eu precisava ouvir ou sentir.
    -eu te amo- eu o beijei e depois seguimos com o caminho da escola.
   Eu passei o dia todo com um aperto no peito, por algum motivo, eu não estava mal por rever Vanessa, sabia que Igor estava comigo. Mas meu coração estava sentindo que algo ia dar errado, muito errado. Durante as aulas eu estava no mundo da lua, não tinha a minima ideia do que o professor estava falando. Igor me chamou algumas vezes mas eu não conseguia voltar pra Terra, mas do nada a coordenadora entre na sala:
    -Valenthina, a diretora precisa falar com você, imediatamente!- eu ouvi algumas pessoas me perguntando o que eu havia feito mas apenas me dirigi até a sala da diretora, sem dizer uma palavra. Assim que entrei na sala meu coração quase saia pela boca, eu sentia o que estava por vir.
    -Valenthina, você precisa ser forte para escutar o que eu vou te dizer. - ela me abraçou forte e eu senti a pena nos seus olhos quando ela se afastou, não retribui o abraço, estava esperando o que ela iria dizer;
    -Seu pai sofreu um acidente de carro indo para o trabalho, e.... Não resistiu, sinto muito! Se quiser ir para casa, esta liberada.
    -Posso voltar para aula?- ela acentiu e eu sai da sala, passei pelos corredores sem conseguir ver nada, eu não sei se estava bem, ou não!!! Eu só precisava do Igor, do abraço dele, do toque dele, EU PRECISAVA DELE!!!!!
  Quando entrei todos me olharam e assim que meus olhos encontraram os dele, senti meus olhos marejarem e apenas fui na direção dele, assim que me aproximei ele abriu os braços para que meu corpo se encaixasse perfeitamente ao dele. O abraço dele é o melhor possível, ele beijou meu cabelo e eu simplesmente deixei que as lagrimas saíssem. Igor pediu para que saissemos da sala por um tempo e assim que a coordenadora contou o ocorrido a ele, ele permitiu.
   Estávamos no patio, só nós dois, ele me abraçava e as lagrimas caiam fora do meu controle.
   -Amor? Eu entendo se não quiser falar mas eu to aqui sempre! Eu prometi!- ele seca as lagrimas que ensistiam em cair.
   -Tudo bem meu amor, é que meu pai sofreu um acidente e não resistiu.- eu finalmente tirei o peso de dentro de mim. Ele me abraçou e me beijou delicadamente.
   Pedimos a diretora que nos despensasse mais cedo, depois de discutirmos um pouco da aceitou. Igor foi para minha casa e ficamos deitados juntos. Conversamos sobre nossos planos juntos para as férias.
  [...]

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