Reconstruída

Dia quase perfeito

Eu olhei para o Gustavo com o maior desprezo possivel e ele sorria pra mim como se fosse um anjo.

-Gustavo, você é passado. Eu te amei, não amo mais!!! Vai viver a sua vida e me deixa ser feliz com quem eu quiser!!!- disse olhando nos olhos dele, tudo bem, ele é muito lindo, mais é um idiota!!!

-Ta bom Valenthina, vai ser feliz com esse ai, mais quando ele te trai não vem fala comigo!!!- ele me disse como se tivesse alguma moral!!

-Eu nunca trairia ela! Eu não sou como você, sei dar valor à alguém como ela!!!- o Igor disse me puxando pra ele e me beijando outra vez. Mas, como ele sabia? Eu não disse nada!!!

Depois dessa confusão fomos pra sala, as aulas passaram voando e logo fomos pro intervalo. Todos me olhavam como se fossem me ingulir, senti meu rosto queimar de vergonha e já sabia que estava corada. De repente sinto mãos tocarem minha cintura e me arrepio toda, olho para trás e vejo quem eu mais queria ver: Igor!!! Ele me prendeu na parede e olhou nos meus olhos.

-Já disse que você ta linda hoje?-ele me disse sorrindo de lado

-Hoje?.... Acho que não!- eu disse e comecei a rir.

Ele segurou forte a minha cintura, acariciou meu rosto e me beijou delicadamente, me deixando realmente mais apaixonada por ele. Eu então passei meus braços no pescoço dele e arrannhei de leve a nuca dele, deixando o beijo mais quente. Quando paramos de nos beijar o sinal tocou e então parcebi o quando ele me fazia esquecer qualquer problema. E o quanto eu ama aquilo.

Ao voltarmos pra sala me lembrei que logo teria q ir para casa e novamente encontrar meu pai, mas ao invés de pensar nisso preferi lembrar que a única pessoa que me fazia bem estava alí, bem atrás de mim, enchendo em meus cabelos e sorrindo. Mais uma vez as aulas voaram e chegou a hora da saída.

O Igor me pediu pra esperar por ele lá fora e assim fiz, depois de esperar um tempo avistei-o vindo com um violão na mão, e estranhei. Ele veio se aproximando de mim e eu continuava sem entender até que... Aiiiii Meu Deus!!!!! Ele começou a tocar Juro da banda Ego pra mim!!!!!!!!!! Eu não sabia o que fazer nem como reagir então fiquei parada olhando pra ele com os olhos marejados. Quando ele terminou de tocar, se ajoelhou, tirou uma caixinha do bolso e me pediu em namoro na frente de todos. É claro que aceitei, mas quando ele foi colocar a aliança teve q levantar a manga da minha blusa e era no mesmo braço em que eu havia feito as marcas, ele assim q percebeu abaixou minha manga colocou a aliança e me beijou como se não se importasse, todos aplaudiram. Ele havia me prometido que me levaria até em casa e assim fez.

Por um tempo o silêncio reinou sobre nós. Mas logo ele foi quebrado

-Val, porque?- ele me perguntou olhando pro chão meio sem jeito.

-Se soubesse o que eu passo, talvez, entendesse.- eu disse meio nervosa

-Então me conta o que você passa! Eu vou fazer o possível pra te ajudar. - ele disse me olhando com o olhar mais esperançoso que já vida.

-É que eu não tenho ninguém! Ninguém nunca está comigo! E de alguma forma eu tenho que conviver com toda a pressão e essa foi a forma que eu encontrei!- desabafei tudo de uma vez e tentei conter ao máximo as lagrimas, mesmo que por algum motivo eu sentisse que não precisava esconder nada dele.

-Eu sempre estarei com você, não importa como ou por que, se você precisar de mim, irei sempre estar com você!- ele disse pegando minha mão e sorrindo de leve. Eu apenas retribui o sorriso.

Quando estávamos na rua da minha casa

-Amor, posso ver seu braço?- ele disse de repente,o que me espantou um pouco mas mesmo assim., sem dizer nada eu apenas subi a manga da blusa e mostrei meu braço completamente automultilado.

-Meu Deus!!! Desse ser mesmo muito difícil passar por isso sozinha, não é?- ele me perguntou sem nenhum ar de irritação ou julgamento.

-Sim, mas já me acostumei.- assim que disse isso ele segurou meu braço e beijou delicadamente por cima dos cortes.

Não me contivi e comecei a chorar como uma criança. Ele apenas beijou minha testa me abraçou e sussurrou no meu ouvido

-Vai ficar tudo bem. Você não esta mais sozinha!! -depois disso enchuguei as lágrimas me despedi dele e entrei em casa. Assim que coloquei os pés em casa, dei de cara com o meu pai. Ele me olhava bravo e com desprezo, como sempre.

-Eu não acredito....