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"Tammy! Quem é o teu amigo? O diretor disse que não tinhas amigos!" Oh Céus! A minha incrível colega de quarto, Anna! Que mal fiz que a Deus?

"Anna. Que bom ver-te." Acho que a falta de entusiasmo foi muito bem detetada no meu timbre. Ou se não foi espero que ela pelo menos tenha intendido que não a quero aqui. " Este é o Liam..." E continuar e explicar-lhe que o moreno ao meu lado era meu amigo mas este adianta-se e interrompe-me.

" Olá Anna, sou o Liam, o namorado da Tam! "

" Sim... É isso..."Espera o quê?

Mandei um olhar de morte ao meu, pelos vistos, recente namorado.

Como assim ele toma uma decisão destas assim do nada e nem me pergunta se quero namorar com ele? Oh pois! Isto não foi um pedido, porem invulgar, de namoro. Isto foi bluff para enganar a Anna. Não sei mesmo onde é que ele quer chegar com isto.

"Tammy! Namoras com um jeitoso e nem dizes nada aqui a tua amiga?!" Oh boa, o meu maior pesadelo concretizou-se. Esta amostra de pessoa quer roubar-me o meu namorado! Ou seja, o Liam que por sinal é meu namorado, a fingir, mas ela não precisa de saber disso.

"Anna, querida, o que é meu, eu não gosto de partilhar." E assim percebi que com esta pequena afirmação tinha ganho três certezas. Primeiro, estava guerra lançada a minha adorada amiga Anna. Segundo, uma fúria inconsumível apoderava-se lentamente do meu sistema nervoso. E por fim, estava a apaixonar-me perdidamente pelo meu 'mentor' Liam Payne. Sim, porque isto tudo só começou por causa do senhor diretor. E ainda só estou na minha segunda semana nesta escola. Obrigada mãe!

Anna nada mais disse. Pôs-se a andar e deixou-nos sozinhos.

"Meu querido amigo, ou deva dizer antes, namorado, Liam. O que raio foste fazer? " E por mais que tenta-se parecer ameaçadora, nem que fosse por uns míseros segundos, o meu pequeno riso final estragou tudo. Merda de bipolaridade de que nem sofro mas finjo ter para assustar as pessoas!

" Até parece que não gostaste!" Ergui uma sobrancelha na sua direção e ele limitou-se a encolher os ombros e prosseguiu. " De qualquer das formas, de nada. Eu simplesmente ajudei-te a arruinar todas as esperanças daquela pobre menina. Isto porque de certeza que ela queria um príncipe angelical como eu para ela! "

"Nada convencido tu. " Okay, ele é aquilo tudo que disse. Nenhuma profecia escapada da sua boca fora mentira. O meu ser simplesmente não estava preparado para ouvir tal coisa.

***

Depois daquela hora de supostamente estudo voltamos as aulas, que passaram miseravelmente devagar.

Acabamos jantar juntos no refeitório e ele acompanhou-me ao dormitório para pegar nas coisas para tomar um banho, enquanto ele fazia o mesmo.

Entrei no meu quarto e vejo a Anna. Estava na minha secretária.

"Não querendo ser indelicada, O QUE RAIO ESTÁS A FAZER NA MINHA SECRETÁRIA?" E foi aí que entendi que a razão dos meus problemas, que poderiam vir a acontecer, neste colégio, seriam sempre por causa da minha recente colega de quarto. Então ela só chegou hoje aos meus aposentos e este é o segundo desentendimento com ela. Maldita comida cintilante com unicórnios e arco-íris que ela deve ter devorado ao pequeno-almoço que agora a torna super irritante.

"A sério Tam? Esta é a tua? Não fazia ideia!" Primeiramente, cara de inocência super falsa e forçada. Seguidamente, 'Tam?' coitadinha da iludida. Só uma única pessoa me poderia tratar assim, até porque foi ele mesmo que me deu a alcunha. Liam.

"Primeiro, 'Tam', é só para o Liam! Nem te atrevas a usar essa alcunha comigo. Segundo, já me estas a tirar do sério miúda. Tens o quê? Dez anos? Poupa. Esta na única secretária do quarto que tem, decorações, cadernos, post-its, e indícios de movimento humano." Literalmente berrei com ela. "Ah! Já agora, pensei que fosse prudente avisar-te que a tua falsa inocência comigo não funciona."

Virei as costas como que se o mundo fosse meu. Como que se este pequeno quarto fosse uma colmeia e eu era a abelha rainha enquanto que aquele verme que se dá pelo nome de Anna fosse uma simples abelha que poderia ser espezinhada a qualquer momento.

" Tam? Que se passou aqui?" Só uma voz poderia ser assim tão profundamente sensual. Assim como que só num individuo me trata assim. Liam. O meu Liam.

"Liam! Ainda bem que chegaste!" Ouvi a voz da pessoa que mais odeio. Mas porque é que esta miúda não se cala de vez? "Esta doida estava a berrar comigo. Faz-lhe alguma coisa!"

"Doida? Amiga, tu trata-te com respeito, e eu não berraria contigo se tu não me desses razões para tal!"

"Liam tu acreditas em mim não acreditas?"

Sinceramente nem estava preocupada, era óbvio que o Liam nunca se iria acreditar naquela imitação de pessoa.

"Anna, importas-te de te calar? A tua voz é irritante!" Muito bem Liam'zinho! Depois daquela afirmação já merecia um premio de ouro. Mais valioso do que aqueles idiotas óscares que dão a famosos só porque eles existem e tenho pequenos cérebros atras deles a lamber-lhes o rabinho.

"Mas Liam..."

"Quando eu preguntei o que é que se passava aqui, o que eu realmente queria dizer era o que raio é que estavas a fazer a minha miúda. Tu para a Tam falas baixo e com educação!"

"Como é que tu podes olhar para... para... aquilo!" E pronto, gota de água.

"Ouve-la, tu para mim abaixas a voz porque eu não sou a tua mãe e tens é que tu pensas que és? Ao contrário de ti, eu não preciso de fingir ser alguém para me tentar encaixar. Simples, gostam de mim boa. Quem não gosta só pode ser por duas razões. Ou não me conhecem e vão pelo que as pessoas dizem da minha simpatia inconfundível. Ou então, irritaram-me e levaram respostas de que não gostaram. Alias, por norma são essas pessoas que vão meter veneno. E tu se não gostas de mim tens bom remédio, respeitas e viras-te para o lado."

Tenho de admitir que me excedi neste pequeno, grande discurso.

A minha adorada falsa amiga berrou e mostrou-me o dedo do meio, lancei-lhe um dos meus melhores sorrisos falsos e ela vira-se e sai porta fora com grande estrondo.

"Tam...Estas bem?" O meu 'namorado' estava genuinamente preocupado. Nunca ninguém se preocupou de verdade comigo. Até quando estava doente em criança a minha mãe despachava-me com babysisters para tomar conta de mim. Contudo tenho de admitir que soube bem. Soube-me bem saber que alguém se preocupava comigo!

Pensei em fazer como fazia sempre. Aguentar a dor como um veleiro aguenta no mar enquanto luta para passar a tempestade. Mas lembrei-me, o veleiro desfalece-se em pedaço assim que embate nas rochas. Então porque não despedaçar-me no Liam?

Corri para ele e abracei-o. Envolvi os meus braços em torno do seu tronco e deixei-me estar. Aninhada nele como se fosse o único porto seguro.

"Não Liam, eu não estou bem."


*****


Olá amores! Mais um Capitulo, este é enorme! Tem mais de 1200 palavras! Mereço palminhas não? Não pronto Okay!

É assim, se os comentários e os votos me agradarem, hoje ainda ponho pelo menos mais um capitulo! Não vou estabelecer nenhum limite porque não gosto de fazer isso, mas fica a ideia! Já tenho o capitulo quase escrito! 

Bem eu estive a editar os capítulos anterior porque como escrevia no telemóvel eu por vezes dava bastantes erros e clicava em teclas a mais e ficava estupido. Não mudei conteúdo nenhum, só corrigi os erros gramaticais e as estruturas das frases, não se preocupem!

Eu sei que este capitulo está um pouquinho fraco mas já andava a escreve-lo á algum tempo e agora olha! Fui arrastando e deu nisto!

Bem amo-vos! Votem e comentem por favor! Digam me opiniões!

My Guardian AngelOnde histórias criam vida. Descubra agora