Estar com o Luke é algo deveras fantástico. O seu 'eu' é brilhante, acolhedor.
Sinto-me de certa forma fixa com super-cola a ele, o que por um lado faz-me sentir protegida, intacta, mas doutro ponto de vista parece que fico demasiado dependente dele e como se lhe devesse algo tipo de favor. Favor esse de que não usufrui de certeza.
Mas provavelmente é tudo filmes da minha mente perturbada e sem paz. Ele é um coração de ouro, o rapaz que todos os rapaz deveriam ter como exemplo. Mas ele não é o Liam. Ninguém é o Liam. Nem o próprio Liam é ele mesmo.
Quando passo por ele nos corredores penso seriamente em acenar-lhe... dizer-lhe 'olá'... Informa-lo que penso nele. Mas ele vira-me a cara, ignora-me, trata-me como se eu fosse a beata do cigarro que ele fumou e deitou fora. Não passo de algo que ele usou para seu proveito e agora faz com que eu não exista. E o pior é que eu sou iludida. Iludo-me num Liam que pensava que existia. Aquele rapaz culto, pleno na virtude, a boa companhia que eu queria para preencher o meu tempo livre e mesmo naquelas alturas que não tenho oportunidade para pensar em algo fútil, mas ele estava sempre lá. Aliás, ele ainda Está sempre lá.
Ele é o enigma que não tive oportunidade de tentar sequer resolver. Liam é o meu livro de Algebra, mas ao contrário do que acontece na matemática, eu tenho interesse em desvendar todos os seus problemas, questões e ratoeiras. Ocuparia toda a minha vida dedicada ao mistério que o constituí. Mas é-me negado esse privilégio...
Comigo ele fecha-se de uma for estonteante e sempre que tenho quebrar as suas barreiras sofro um efeito recochete que me projeta quase para a China!
Enfim, por mais que tente prender-me de vez a Luke, Liam ocupa-me mesmo não presente. Ocupa-me a mente como um banda rock, presente no cérebro de uma adolêscente dos anos 70. Deliro por ele assim como uma fã louca ficaria ao ver o seu idolatra perto dela. Fascino-me com ilusões que criei para mim mesma de uma pessoa que pelos vistos não existia de todo, tal como as jovens iludidas na sua figura pública prediléta que por mais bem parecida que seja, o seu interior é fútil, arrogante e de certa forma enganador.
Nem sei porque ligo tanto a meros rapazes, nunca me importei com o sexo masculino. Nunca tive que me preocupar sinceramente. Autrora possuia o meu grupo, eramos um mas representavamos multidões, quem queria estar conosco nunca fora negado e quem nos criticava era simplesmente ignorado. Os de fora nunca me incomodavam se quer.
Agora? Agora não posso ouvir um simples comentário mais maldoso que me afeta, mesmo que não o demonstre. Deixo-me afetar por individuos do sexo oposto que antigamente eram como o litro para o meu subconsicente. E a conclusão que tiro disto é que agora sim sou uma pessoa. Finalmente sei o que é sentir e sofrer por mim mesma. Aprendi sobre o que é estar sozinha e ter de interagir sem ser a mais cobiçada, no grupo mais admirado. Agora sim sou mais Humana.
E tenho medo do que virá por aí agora que finalmente existo mesmo...
******
Olá amigas, peço desculpa por estar do tamanho de uma formiga, mas é que já não estava habituada a dar assim asas a minha imaginação. Na escola baseio-me a escrever sobre factos por isso...
Sei que já cá apareço há seculos, mas eu existo e não morri! Peço desculpa a minha falta de presenta e assiduidade perante vós!
Desculpem estar enferrujada...
Beijinhos
VOCÊ ESTÁ LENDO
My Guardian Angel
Fanfic"Será o meu destino morrer e reencarnar seculo apos seculo por ele? Pelo meu anjo caído?" Ambos condenados a uma eternidade nunca realmente eterna.