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Seis anos antes.

- Mãe – a chamo – eu não quero me mudar.

Ela sorri, e passa as mãos em meus cabelos – Faça isso pelo seu pai, ele ficara feliz.

Dou um suspiro.

- Não posso ficar aqui? – pergunto, ela sorri.

- Amor eu já te disse isso uma vez – ela se sentou ao meu lado – você só tem quinze anos, não posso deixa-la sozinha.

Eu bufo – Eu sei me cuidar.

- Eu sei que sabe – ela se levanta – apenas aceite, pelo seu pai.

Ela fala e sai do quarto.

Meu pai era sócio da empresa do seu melhor amigo. E o mesmo o chamou para assumir uma de suas filiais, e meu pai aceitou. Ai que começou nosso grande problema. Moramos-nos no interior de São Paulo, e vamos nos mudar para a capital. Só que eu não quero ir, quero ficar.

- Esta pronta? – meu pai aparece na porta do quarto.

- Estou me preparando – pisco, ele sorri.

- Sei que você não quer ir – ele se senta em uma caixa – mas vai ser bom – ele da uma pausa – você vai conhecer gente nova, lugares novos, e até mesmo escola nova.

Essa ultima parte me desanimou escola.

- Eu sei pai – o encaro – só estou com medo.

- Você vai se acostumar – ele beija a minha testa.

Eu dou um sorriso de lado, e dou um suspiro.

- Pelo meu pai – sussurro baixinho.

E começo a levar minhas coisas para baixo, eu não tinha muitas coisas. Mas eu levo o que eu mais amo, meus livros.

- Olha só – eu chamo a atenção, eles me olham – essa caixa – aponto – é frágil e se eu chegar lá e estiver amassado eu não respondo por mim.

Meu pai sorri – Ela vai ao seu lado, se isso te deixa mais tranquila.

- Obrigada.

Termino de descer as coisas, e ajudo-os a colocarem no carro. Zara, minha melhor amiga, me abraça apertado.

- Vou ir fazer a faculdade com você – ela segura o choro – e, por favor, noticias.

- E eu vou te esperar – a aperto – e digo o mesmo.

- Maria – eu o encaro – ta na hora.

Eu abraço Zara, mais uma vez e vou para o carro. Coloco meus fones de ouvido, e me desligo do mundo. E espero que isso dure e eu não tenha que ficar me mudando toda a hora. E imaginando como vai ser a nova escola, minha nova casa, e acabo adormecendo.

A viagem no foi longa, e acordo no transito de São Paulo. Eu me espreguiço. E minha mãe me olha.

- Com fome? – pergunta.

Eu sorrio de lado – Um pouco.

- Você dormiu o caminho inteiro – ela afirma – e imaginei que você estaria com fome, então comprei isso.

Ela me entregou alguns salgadinhos, e uma latinha de refrigerante.

- Obrigado.

Abro o salgadinho, e ofereço para eles que negam então eu como tranquilamente, observando as ruas. Isso tudo não era novo para mim, já que eu já tinha vindo aqui umas três vezes. Mas agora parecia diferente, aqui era minha nova casa.

Culpe a noite.Onde histórias criam vida. Descubra agora