08.

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Arthur me mostra a casa que estava ocorrendo á festa. É o que surpreende é que ele conhece a casa, como se já tivesse vindo aqui antes.

- Você é o Theo eram amigos?

A pergunta escapou da minha boca. Ele me encarou surpreso.

- Sim - ele deu uma pausa - eram como irmãos.

Eu engoli em seco, imaginado isso.

- E vocês não são mais por quê?

Ele não me olhava, parecia que estava vivendo um tempo de novo.

- Brigamos.

- Vocês brigaram por quê?

Perguntei, eu sei que estou sendo insistente.

- Por causa dos nossos pais - ele me olha - E por causa da empresa e dinheiro.

Eu engulo em seco.

Eu nunca imaginei perder amigos por causa disso, e imaginar isso me faz me sentir mal.

- Eu sei que é um motivo idiota - ele suspira - mas, foi assim que aconteceu e não conseguimos evitar.

Eu vejo que ele parece triste, e isso me faz ficar mais triste.

- E por incrível que pareça ele disse a verdade.

Eu voz familiar soa no corredor, e eu me forçou a olhar para trás. É eu vejo Theo, caminhando em nossa direção.

- Pensei que você iria mentir sobre isso, para conquistar a garota.

Por acaso sou um troféu? Ou tenho cara de um?

- Não sou igual a você.

Arthur diz ríspido, e segura o meu braço.

- Igual a mim?

Theo pergunta arqueado um das sobrancelhas e com um sorriso debochado no rosto.

- Não jogo sujo para conseguir o que eu quero.

Theo da uma gargalhada alta, e eu dou um passo para trás.

- O seu problema é que eu te conheço - ele suspira - E eu sei que você disse a verdade.

Arthur se surpreende com a resposta.

- Sabe o tempo passa e você não muda continua sendo o mesmo que eu conheci – Theo faz uma pausa – não pensa em dinheiro, não liga para a empresa. O que você quer dá vida?

- Vamos Maria - ele pede - temos coisa melhor para fazer.

Talvez a discussão entre eles não leve a nada, e não vai levar só talvez is machuquem mais. Eu só assento, e fico em silêncio.

- Eu não queria tocar nesse assunto.

Eu digo, enquanto caminhávamos para fora da casa.

- Tá tudo bem.

Mas, eu sinto que não está. Eu paro, e o puxo para um abraço. Eu preciso disso e penso que ele também precisa. Eu me aconchego em seus braços e ele beija meus cabelos.

Tem momentos que precisam de uma trégua e eu acho que esse é o momento.

Nós resolvemos nos sentar no chão, e eu fico olhando o céu.

- Eu sinto falta da minha amiga.

Eu digo me lembrando de Zara. Sinto seu olhar sobre mim.

- Vocês não se falam mais?

Eu dou um sorriso.

- Ela ficou lá no interior e eu me mudei para cá.

- Acho que essa sua escolha foi errada.

Eu olho para ele, e fico em silêncio.

Eu não fiz a escolha errada em me mudar, eu fiz a escolha certa. Talvez, eu só tenha escolhido o tempo errado.

- Talvez sim, ou não.

Eu me aproximo mais dele, e apoio minha cabeça sobre seu ombro. Seus braços me envolvem, em um meio abraço.

- Posso te pedir uma coisa.

Ele assente.

Eu me aproximo nossos rostos, e selo nossos lábios devagar.

- Promete para mim.

- Você não disse o que – ele diz selando nossos lábios de novo.

Eu saio do seu abraço e me sento em seu colo, e me envolvo em seus braços.

- Que quando eu quiser fugir disso tudo – eu olho em volta – você vem comigo.

Ele abre um sorriso lindo, que faz meu coração se acelerar.

- Eu prometo.

- Eu to falando sério – eu digo.

Ele olha em volta, como se se procura algo, ou alguém. Então sua mão vem em minha nuca, e solta o meu cabelo. Seus dedos entram no meu cabelo, e o puxa um pouco para trás. Eu envolvo meus braços em seu pescoço e o puxo para mim. Nossos lábios se encontram e nos se beijamos como só existisse nos dois ali.

- Acho melhor voltamos – digo separando nossos lábios.

Ele beija meu pescoço, eu sorrio.

- Eu to falando sério.

Ele me olha – Você venceu.

Eu me levanto, e ele também e vamos caminhando para dentro da festa de novo.

- Seus pais então loucos atrás de vocês – Aurora disse nos encarando.

- Nos estávamos dando uma volta.

Eu me sento ao seu lado.

- Não liga não – Breno diz – ela que está toda alarmada.

Eu ou um sorriso para ele.

- Você me entende né? – perguntei para Breno.

- Sempre, Má.

Nós ficamos assistindo as coisas que acontecia e algumas pessoas vinham falar com a gente. E para a nossa sorte, nós voltamos a tempo de ouvir o discurso dos nossos pais.

- Até que enfim acabou – digo.

Aurora sorriu – Seus pais são serio demais.

- Você se acostuma – Arthur disse.

Foi então que começaram a servi os lanches, e as bebidas.

- Vocês apareceram.

Eu sorrio.

- Só estávamos dando uma volta.

- Gostou da casa? – perguntou.

- É muito grande – digo – gosto de coisas mais simples.

Meu pai sorriu, e eu voltei aprestar a atenção na minha comida. O fim da festa foi um verdadeiro caus. Fui apresentada para tanta gente, que nem me lembro dos nomes. Fora que meus pés latejam de dor.

- Aleluia – digo me jogando na cama – Droga, mais ainda eu tenho que me trocar.

Eu levanto resmungando, e coloquei meu pijama. E voltei a me deitar na cama. Ouço a porta se abrir, e eu finjo que estou dormindo, depois alguns minutos sinto um peso na cama.

- Arthur.

Digo baixo.

- Eu não estou conseguindo dormir – ele diz, enquanto se ajeita nas cobertas.

- Vamos fazer um plano – digo.

- Pra a nossa fuga.

Eu faço que sim.

Ele se aproxima mais, colocando uma de suas mãos em cima da minha barrida.

- Primeiro vamos dormir – ele sussurra – e depois pensamos nisso.

- Quero meu beijo de boa noite.

Ele sela nossos lábios, e coloca sua cabeça no meu pescoço, enquanto faz carinho em minha barriga.

Culpe a noite.Onde histórias criam vida. Descubra agora