Meu primeiro dia de aula deveria ser como os outros. Mas não, eu estou morrendo de sono, e cansada. E o pior aqui a aula é de manhã e não a tarde como era na minha antiga escola. Caminho para o banheiro, e tomo um banho. Saio enrolada em uma toalha, e coloco a camisa da escola e uma calça jeans e uma sapatilha. Pego minha mochila e vou em direção á porta, e abro.
- Ai nossa que susto - Breno fala, e coloca a mão no peito - Eu ia te chamar, para nós não se atrasarmos.
- Obrigada, vamos.
Ele sorri - Como seu novo colega de classe tenho que te dar uns avisos - ele me olha - como, por exemplo, tem um trabalho em grupo para semana que vem, e alguns outros que eu vou te passar - dou um sorriso de lado - E tem que usar essa camisa, e não pode usar nada curto ou decotado, e o melhor - eu o encaro - não pode levar lanche.
Breno só pode ser maluco, ou um nerd.
- Não liga para o que ele diz - Arthur aparece atrás de nós como um fantasma - Eu vou te mostrar as coisas boas da escola.
Eu to ficando louca. Os dois começam a discutir e eu fujo dali, e vou para a cozinha, e coloco um pouco de café na xícara, e o tomo tranquilamente. Quando os dois aparecem, e eu dou um suspiro.
- Olha acho que eu vou ir sozinha - resmungo - a gente se vê na escola.
- Você sabe onde fica a escola? - Arthur pergunta, eu nego - Então para o seu azar, você vai com a gente.
- Com uma condição - eles me encaram.
- Sem brigas, e sem o assunto escola.
- Fácil - Breno afirma - e agora vamos.
Eles saem e eu vou indo atrás dele, coloco meus fones de ouvido, e vou decorando o caminho. Depois de uma bela caminhada chegamos á escola.
- Vou à diretoria - aviso, e ando na frente deles.
A escola tinha plaquinhas, que dava para se localizar fácil. Fui seguindo o caminho até chegar á diretoria. Entro na mesma, e ele me entrega um horário, e explica as regras, coisa normal de toda a escola. Depois vou sozinha para a minha sala, e realmente Breno estava lá. Sento no único lugar vazio, e fico ali. O pessoal da sala me olha.
- Novata? - eu faço que sim - Sou Aurora.
- Maria.
- Acho que vou te dar um aviso - ela fala.
- Sobre?
- Breno e Arthur - ele me encara - Vi você chegando com eles.
- Pois é.
- Eles não são flores que se cheiram - avisa - principalmente, o Breno.
- Eu não os conheço - afirmo - e obrigado pela dica.
- Sabe, você é de onde? - ela pergunta, e se senta de lado na cadeira.
- Interior de São Paulo - respondo.
Entramos em uma conversa divertida, e volta e meia ela fala alguns podres dos meninos. Não vou tirar conclusões precipitadas, vou tirar as minhas conclusões. As aulas passam rápido, e eu escapo das apresentações.
- Vamos para o intervalo - ela me chama.
- Só me deixa pegar meu celular - abro minha bolsa e o pego.
E caminhamos para fora da sala.
- Vou te apresentar a escola, não que eu goste - ela sorri - mas é o que eu posso fazer no momento.
- Mas antes - ela me olha - preciso comer.
Ela sorri - Então vamos.
Ela aproveita para me mostrar algumas partes da escola, e enfim a cantina eu entro na fila e eu trombo com Arthur.
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Culpe a noite.
Romance"É que a gente parece duas crianças. Um mais birrento do que o outro. Somos mimados, cheios de vontade. A gente briga, muito. A gente discuti, se bate, se xinga e até dizemos que nos odiamos. Ah, se todo ódio fosse assim. Mas você acaba voltando pra...