07.

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Sexta feira.

Hoje nem para a aula eu fui. Bom confesso que essa parte eu gostei, já que não tive que acordar cedo. Mas em compensação, eu não estou tendo paz e meus nervos estão á flor da pele.

- Eu não aguento mais.

Disse entre os dentes. Arthur e Breno que me acompanhavam deram risada.

- Calma - Breno pediu passando as mãos em minhas costas - Isso é só o começo.

Dei um suspiro cansado.

- Três anos.

Arthur sussurrou no meu ouvido, e eu o encarei confuso.

- Três o que? - perguntei.

Ele deu um sorriso de lado, e não me respondeu.

Nós estávamos em uma reunião da empresa, nossos pais falavam e falavam e nada ficava na minha cabeça, e eu juro que eu estava prestando a atenção.

- Isso é chato - resmunguei baixinho.

- Falta pouco - Arthur disse.

Eu relaxei na cadeira, para ver se melhorava nada. Breno prestava a atenção em tudo, e até fazia perguntas chamando a atenção para o fundo da sala onde estávamos. Encostei minha cabeça no ombro de Breno.

- Você esta nervoso? - perguntei.

Ele sorriu - Um pouco.

- Você este tenso - comentei - devia pedir para a Aurora te fazer uma massagem.

Ela me encarou, e sorriu.

- Sinceramente, eu acho que ela vai deixar pior do que esta.

Eu sorri.

- Toda vez que ela me faz massagem, eu digo "Olá, dor nas costas.".

- Que dozinho.

Eu falo, fazendo bico.

- Acabou - Arthur faz uma comemoração - Mas o sofrimento começou.

Eu assenti, e fiquei olhando para frente. Nossos pais se despediam de algumas pessoas que estavam na reunião.

- Minha vida - meu pai beija minha testa - Meninos - eles se cumprimentar com um aperto de mãos.

- Já sabem como vai ser hoje? - perguntou.

- Não - respondi.

Ele sorriu - Teu par é o Arthur - ele disse, e nós dois nos olhamos - vocês aprontam juntos, e agora vão ficar juntos na empresa.

Meu pai, e o pai dos meninos falaram mais algumas coisas, e nós liberamos. E no final, eu sorri pelo o menos minha noite não seria um tédio completo.

Assim que coloquei um pé dentro de casa não tive mais folga, nem conseguia respirar. Eu tive que arrumar meu cabelo, maquiagem e tudo mais e só para uma festa que nem era tão importante assim, agora imagina se fosse?

E a cada minuto que passava eu tinha mais certeza, essa vida não era para mim.

Quando enfim esta pronta, ouvi batinhas na porta.

- Nossa você está linda - Aurora disse.

Ela entrou no quarto e se sentou na cama, e me analisou da cabeça aos pés.

- Obrigada.

- Só tenho que por esse colar e já desço.

Ela sorriu - Pode demorar - eu fui para frente do espelho - não tem ninguém pronto.

Culpe a noite.Onde histórias criam vida. Descubra agora