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Certo, ou errado. Eu sabia que o que eu tinha feito foi errado, mas ficar de castigo eu acho que foi demais.

- Agora nós dois dançamos - comento para Arthur.

- Não estou vendo ninguém dançando.

Ele diz olhando em volta.

- Para de ser besta - dei um tapa em seu braço - Você entendeu o que eu quis dizer.

Ele me abraça de lado.

- Não se preocupa - ele diz e da um sorriso travesso - eu tenho um plano.

- Me conta - pedi.

Eu só pedi para eu ter a certeza do que ele estava tramando, e se possível eu consiga fugir dele também.

- Ainda esta muito cedo para te contar - ele diz - mas posso adiantar que vai ser surpreendente.

Eu olhei para ele que me encarava.

- Arthur - resmunguei.

- Vai ser bom para nós - ele diz - só temos que esperar o tempo certo.

Que tempo? E a curiosidade exala de mim, eu preciso saber o que? E com urgência.

- Até que enfim você chegou.

Aurora falou, assim que eu entrei na sala de aula.

- Saudades? - perguntei irônica.

Ela riu debochada.

- Não - respondeu - É que hoje nos vamos sair.

- Sair? - perguntei.

Eu queria entender o porquê de ninguém, me contar com antecedência o que eu tinha que fazer.

- É - ela me analisou - sua mãe ia te contar.

- Não contou.

- E no evento de sábado - ela disse - precisamos de roupa.

Eu fiquei em silêncio, e ela continuou.

- E eu convenci o seu pai a deixa você ir.

Eu respirei fundo.

Como as noticias se espalham rápido. Meu castigo foi simples, ficar duas semanas sem sair de casa para nada, só para ir para a escola já que tinha um longo interesse dos nossos pais.

- Eu não quero ir - falei.

Ela me olhou, e deu um sorriso triste.

- A gente não tem o que querer.

- Eu tenho.

Ela resmungou.

- Por favor - ela me lançou um olhar suplicante - facilita, só por hoje.

Eu suspirei.

- Te digo no final da aula - digo sorridente.

Porque sei, que ela vai ficar curiosa até lá.

Quando enfim fomos liberados, nós quatro fomo para o shopping.

- Loja de vestido - Aurora disse animada.

- Onde eu encontro uma animação assim? - perguntei.

Arthur e Breno deram risada, e Aurora nós olhou com cara feia.

- Saiam - ela exigiu - e você fica comigo.

Eu fiz uma careta.

- Agora um sorriso no rosto - ela pediu.

Eu forcei um sorriso.

- E agora uma comemoração.

Ela pediu divertida, e eu forcei uma comemoração.

- Não este bom, mas dá pro gasto.

Eu mostrei a língua para ela.

Ela saiu me puxando para diversas lojas, e ela não fica feliz com nenhum.

- Hoje está difícil.

- Você que está com frescura - comentei.

- É um evento - ela disse como se exemplificasse tudo - Vai ter repórteres, fotógrafos e muita gente olhando.

- Eu não me importo com isso.

- Você é estranha, MARIA.

- Obrigada - digo - Amo receber elogios.

E quando enfim, entramos na última loja, ela comprou o tal vestido. Eu também tinha comprado, só que bem antes e bem mais simples também.

- Uma casquinha - falei, e puxei-a.

Isso é digno. Ainda mais depois que ela me fez andar de cima para baixo atrás de um vestido.

- Só uma - ela pediu.

Eu olhei para ela.

- O que você quer dizer? - perguntei.

- Quatro - ela disse - Os bobocas chegaram.

Eu olhei para trás e vi os dois se aproximarem, é o meu dinheiro acabou.

- Maria, vai comprar para gente também - Arthur disse provocando.

Fingi que não ouvi.

- Ela ta se fazendo de surda - ele continua.

- Cala a boca.

Peço com um sorriso educado no rosto.

- Vem calar.

- Ei - Breno chama, fazendo nos dois olharmos para ele - vocês estão no meio do shopping, dá para se comportar.

Eu faço um cara triste.

- Culpa dele - aponto para Arthur.

- Culpa é dela.

Ele diz apontando para mim.

Breno e Aurora se encaram, e dão um sorriso malicioso.

- Eu sei onde isso vai dar.

- E se possível - ele faz com o dedo uma volta no dedo anelar da mão esquerda.

Eu finjo que fiquei ofendida, e abro a boca para falar.

- Eu sempre soube que esse era seu sonho Maria.

Arthur debocha.

- Vou comprar os sorvetes.

Eu digo, e vou para a fila.

- Prontinhos quatro casquinhas.

- Pensei que tinha ido fabricar - Breno diz.

- A fila tava um pouco grande.

Digo, ele sorri.

- Compraram roupas? - Aurora pergunta.

Arthur assente, e Breno resmungam.

- Não achei um do meu gosto.

Eu estava sentada ao lado do Arthur.

- Eles são iguais - falei baixo, só para que ele ouvisse.

- Isso é só o começo - ele me olha - precisa ver nas outras coisas.

Eu sorrio.

- é muito ruim?

- Terrível.

Eu dou risada, e ele me acompanha.



Culpe a noite.Onde histórias criam vida. Descubra agora