-Evan a sério! Não estou a gozar! Isto apareceu mesmo!
Estava a gritar. Eu estava desesperada e com muito medo. Eu que tinha matado 3 pessoas, estou agora a chorar por um papel.
-Ouve- disse a rir se- eu sei que andas um bocado apavorada mas isto...
-Evan, por favor acredita em mim. Se não acreditas nisto, acredita em mim.
Ele olhou me. Os seus olhos estavam sem expressão. Por momentos pensei que não iria conseguir decifra-los e que nunca o conheci de verdade. Se não consigo ver o que os seus olhos dizem, então é porque nunca o conheci. E isso entristece me mesmo.
E de repente os seus braços estão a agarrar o meu corpo. Ele estava me a abraçar e gostava da sensação. Tive uma vontade súbita qualquer de o beijar e mordi o lábio.
-Afinal o que diz o papel?
Olhei para o papel dobrado que andava pelo meu bolso. Olhei as letras cuidadas e desenhadas de um tom de preto e senti um arrepio na espinha. Salva-nos ou mais mortes se seguirão!
Na verdade era assustador. Parecia um filme de terror e só queria que parasse.Estava de noite e tinha se levantado um ar fresco. Havia uma fogueira e marshmallows a assar. Mordi o meu que me queimou a língua. Olhei um rapaz que estava a queimar a mão e sorri.
-Ei.- diz Em.
-Estás de pé?
-Não ainda estou a dormir.
Dei lhe um gancho e atirei lhe o saco dos marshmallows. Procurei por Evan que não havia maneira de apetecer. Sentia me preocupada e sabia o que isso queria dizer. Tentei nao pensar nele dessa maneira, mas fora em vão.-Ei Blue!-senti uma mão quente no meu ombro e a sua voz doce sussurrou me no ouvido- Vem comigo.
Levantei me tentando perceber o que estava a acontecer. Evan agarrou me na mão e puxou me para longe.
-Evan que foi? Onde vamos?
Ele apenas olhou para trás e sorriu. Acho que nesse momento tive um mini ataque cardíaco. A sério!
De repente parou. Olhou para a berma do lago como se procurasse alguma coisa e depois disse:
-O que pensas de mim?
-O que?- perguntei rindo me.
-O que achas de mim? Se me visses na rua o que pensavas?
-A sério? Estas mesmo a fazer essa pergunta? Evan por favor.- insinuei virando me pronta para ir embora.
-Só quero um opinião vinda de ti. É tudo o que basta. Antes de fazer o que quero fazer.-murmurou quase sem o ouvir.
-Sinceramente acho que, apesar de estares aqui és o tipo mais queridos que alguma vez conheci. E os teus olhos...
-O que têm?
-Não sei. São extraordinariamente estranhos.
Ele sorriu e nada disse. Porque vinha ele com esse conversa? Sorri também e virei me. Mas antes de me ir embora ele agarrou me o pulso da maneira mais gentil que alguma vez alguém me tocou.
-Sabes, tu és a rapariga mais incrivelmente estranha que conheço.
Um sorriu caloroso surgiu nos seus lábios vermelhos. E de repente os seus lábios tocaram nos meus de forma tão magica que quase acreditei que a terra estava prestes a desabar. Os seus labios tinham um sabor esquisito que me fez quer beija lo durante mais tempo. Agarrando me na cintura puxou me para si. Pus a minha mão gelada do meus pescoço agarrando o seus sedoso cabelo fazendo o estremecer.-Blue! Blue! Estas a ouvir! BLUE!- gritou Em.
-O que foi?- perguntei indignada.
-Estavas para aí a fazer caras estranhas. O que estavas a pensar?
-Hum... nada.- disfarcei.
-Bom passando a frente, estava a perguntar se querias vir fazer direta comigo e com o Alex?
-Não, obrigado.
Por momentos queria matá-la por interromper as minhas imaginações. Mas depois pensei que eu é que sou a parva por pensar nele. Quando por momentos conseguia jurar que aquilo era mesmo verdadeiro.
Deitei me na cama onde provavelmente era onde estava mais quente. Pensei no que queria que acontecesse com Evan. Eu tinha que parar de negar as coisas. Bem sabia o que eu estava a sentir e não podia negá lo muito menos para mim mesma. E isto não podia....
-Blue?- alguém tocou a porta e entre abriu ligeiramente.
-Evan?
-Ainda bem que estás acordada.
-Precisas de alguma coisa?
-Consegues dormir?
Abanei a cabeça negativamente e ele sentou se na cama de Emily. Ele sorriu e olhou para mim.
-O que foi?
-Nada nada. Apenas... tu tens qualquer coisa de estranha que causa um estranho efeito em mim.
Baixei a cabeça porque decerto estaria a corar e tudo o que queria era que ele não me visse corar.
-Blue?
-Diz.
-Posso fazer te uma pergunta?
-Claro. Desde que eu saiba responder!
-Tu hum.... O que achas de mim?Olá pessoas. Serei a única que fiquei com borboletas na barrigas usando li o que tinha acabado de escrever? Espero que tenham percebido que foi tudo imaginação dela, o que é uma pena. Mas pronto por favor votem e comentem. Quero mesmo as vossas opiniões porque de certa maneira ajuda me a escrever melhor.
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Psycopath
Teen FictionBlue, uma rapariga com cabelos pretos, pele pálida, só queria não ser normal, promentendo a si mesma que nunca iria sentir nada além de raiva e desprezo. Mas quando se junta a outras pessoas como ela num acampamento de verão assombrado, não voltará...