A noite depois do jantar roubamos umas oreos e fomos para o quarto.
-Então qual é a tua história?-perguntou me.
-Bem... aos 15 tentei me matar com antidepressivos, até aos 18 matei 4 pessoas: a minha professora de história e mais 3 putas da minha escola que me enervavam. Nunca fui presa. Mas há coisas que não me arrependo.
-Tipo?
-Ter matado 4 pessoas! E tu qual é a tua história?-sorri melancolicamente.
-Eu? Bem tentei me matar 2 vezes. E matei os vizinhos. E não me arrependo nada.
Rimos nos. Os gritos ensurdecedores do outro Campus já me estavam a enervar. Tapei os ouvidos e balancei o corpo para a frente e para trás. E gritei.
-O que foi?
-Os gritos. Aqueles parvalhões não se calam.
-Que gritos?-perguntou me.
-Os gritos do outro Campus. Não ouves?-desconfiei acalmando me.
-Não há gritos nenhuns.
-Devo estar mais maluca do que sou!
Ela riu se, mas o que eu disse não devia ser uma piada.
-É a primeira vez que me rio este ano!
Não falamos mais e ao fim de tudo adormecemos. Ao meio da noite começo a ouvir o chão de madeira ranger, mas não liguei muito. Meia hora depois senti um bafo de ar quente no pescoço e admito que fiquei um poucadinho assustada. Mais coisas estranhas se passaram quando me fartei e liguei a luz da secretária. Emily não estava não sua cama e a porta do nosso bengalow estava aberta. Olhei para os lados e nada, nem um sinal dela. Mas quando me virei para desligar a luz, um rapaz de capuz começou a agredir me. Gritei a espera que alguém me viesse ajudar, mas não apareceu ninguém.
-Para com isso seu filho de um traca! Para. Deixa me em paz.-gritei.
Quando lhe dei uma joelhada nos tintins, largou me e queixou se de dor.
-O que se passa contigo?-perguntou me.
-Comigo? Tu começas te a agredir me sem razão aparente.
-Vê se mesmo que és novata. Era só uma partida.
-Que estúpido!-e mandei lhe a almofada furiosa.-Porra. Vai-te catar!
-Tem calma flor.-disse pronto para me acariciar cabelo.
-Não me chames isso! Onde está a Emily?
-Quem?-perguntou fazendo que conta que não sabia de nada.
-A MINHA COLEGA DE QUARTO PORRA! -gritei já enervada.
-Ahhhh... Não sei, os outros é que trataram dela!
-Os outros?
-Sim. Não te preocupes ela está bem!
Não falei mais, também porque não me apetecia. Algo em mim queria ir salva-lá mas limitei-me a ficar sentada na cama. Esperei que ele se fosse embora mas nada. A única coisa que se limitou a fazer foi acabar com as oreos todas.
-Mas tu vais embora ou vais ficar aqui?
-Talvez. Gosto de estar ao pé de meninas bonitas!
-Não sou menina e não sou bonita!
-Claro que és!
-Então cala-te e vai te embora!- refilei.
-Ok eu calo me!
Olhei para ele de relance e vi o escapar um sorriso miudinho. Depois de um longo e constrangedor silêncio, ele quebrou o.
-Evan Peters.
-Ok.
-Qual é o teu?
-Para que queres saber?
-Oh para nada. Só para por o teu nome no "muro das gajas boas"
Olhei com uma cara de carneiro mal morto, mas ele logo disse que era a brincar. Hesitei por um momento mas depois disse lho. Só queria que ele se fosse embora para eu ir dormir.
-Blue.
-O teu nome TODO.
- Blue Shadow Wood.
-Esse é mesmo o teu nome ou foste tu que...
-É MESMO MEU CARAMBA-gritei.
-Pronto Ok. É com muita pena que me vou embora...
-Finalmente -ergui os braços.
-Não te vais livrar de mim tão facilmente!-avisou fechando a porta atrás de si.
Apaguei as luzes e fechei os olhos. No minuto a seguir já estava a dormir.
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Psycopath
Teen FictionBlue, uma rapariga com cabelos pretos, pele pálida, só queria não ser normal, promentendo a si mesma que nunca iria sentir nada além de raiva e desprezo. Mas quando se junta a outras pessoas como ela num acampamento de verão assombrado, não voltará...