Gostava de saber qual é o objectivo da vida. Porque é que ela é como é. Sei apenas uma coisa. A vida é apenas uma dança com a morte. Todos o dias, todos os segundos em que nos limitamos a respirar desafiamos a morte de maneiras em que nos nunca pensamos. Algumas vezes a morte aparece diante dos nossos olhos e nos nem nos apercebemos. O passar de uma passadeira. O andar na rua. Sentados. Deitados. A dormir. A respirar. Ela está lá. Sempre. A olhar ansiosamente para nós. À espera. De que aconteça. De que finalmente aconteça. Ela está lá. De braços abertos. A espera.
Apenas algumas pessoas sabem que Ela está entre nós constantemente. Outras são demasiado estúpidas para não notarem que a vida é uma ilusão. Vivemos sozinhos. Morremos sozinhos. Somos nos contra o mundo.
Certas pessoas têm o cérebro desenvolvido para se prepararem do que vem a seguir. Elas não tem medo da morte porque elas vivem com ela. Aprendem com ela. Vivem e finalmente morrem com a morte. Fácil, simples e eficaz.Era meados de Julho, e o sol fervia na pele e por sorte saudava-nos com leves chapadas de vento na cara. Não se fazia nada e a minha rotina diária resume-se a 1 em 1 hora pôr a cara debaixo do chuveiro dos balneários. Lembro-me perfeitamente de uma certa tarde, em que o sol teimava em queimar e a penetrar as cortinas pretas do quarto. Evan entrou e sentou ne na cama de Em a olhar atentamente para mim. Estava a olhar para o teto a pensar no que iria fazer mas os seus olhos cor de avelã teimaram em continuar a olhar para mim.
- O que foi?
- Isso pergunto eu! O que tens?
-Nada!
Olhei para ele e não sei como conseguiu, ele abriu o sorriso mais perfeito que alguma vez vi. Não o consigo descrever e ficou gravado na minha mente. Mas os seu lábios carnudos abriram, os seus dentes perfeitamente alinhados sorriram e os seus olhos esticaram. Depois olhou para o chão sujo e parou de sorrir.
-Sabes que mais?
-O que foi agora?- respondi. Endireitei-me e olhei para os seus cabelos, depois para a sua cara.
- Estou à tanto tempo à espera de te dizer isso, e já ensaiei de tantas formas que já não sei da melhor maneira de te o dizer. A sério! Estou farto de te ver na cama deitada sem fazer nada que me começas a irritar, e ouvir te chorar todas as noite dá comigo em doido e saber que não posso fazer nada para te ajudar é mais uma razão para me atirar de uma ponte.
-Ouve! Eu a...
-Cala-te! Deixa me a mim falar agora. Tu podes não saber mas tu és, de uma forma muito esquisita, a pessoa mais... não sei! Não consigo dizer. Não sei o que tens de especial para eu gostar de ti destas forma tão possessiva...
-Não! Evan não. Para com isso- abanei a cabeça fernéticamente esperando que ele parasse de falar.- Tu não sabes o que é viver na minha pele nem sabes o que é passar os teus anos todos á espera que alguém te ama-se. Sabes o que é amar alguém e ao minimo interesse tu... fazes de burro ao pensar que o amor é mutuo? Não sabes porque tu tens sempre alguém que te adore e venere. Mas a mim é diferente. Ninguém me ama, ou pensa que eu sou boa pessoa, porque primeiro de tudo não estaria aqui, não teria estas cicatrizes nos braços nem chorava ate os meus olhos rebentarem. Simplesmente é frustrante ser assim.
-Eu sou ninguém. Então ninguém te ama. Eu amo-te. Eu...
De repente os seus lábios estavam colados aos meus. Não pude resistir. Não consegui parar. Talvez não quisesse. Os seus lábios sabiam a morango, os meus provavelmente a desgosto. As sua mãos frias tocaram me na pele da anca e senti um arrepio. Senti o seu calor sair dos poros enquanto ele me puxava para si, como se fosse sua. E pela primeira vez senti-me bem, como se estivesse finalmente onde devia de estar. Abri os olhos e sorri para ele. Depois beijei-o outra vez, como se fosse involuntário pedi por mais. Qualquer coisa irradiava e ardia dentro de mim. Um fogo outrora apagado, agora ateado outra vez. E caramba! Como sabia bem.
Olá :) Desculpem ter demorado tanto tempo mas as ideias deixaram de chegar. Obrigado pelas visualizações e pelos votos. Espero que tenham gostado deste capitulo e desculpem já pelos próximos capítulos. Se demorar muito tempo peço desculpa mas ando numa fase dificil e não me consigo concentrar muito nisto. obrigado
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Psycopath
Teen FictionBlue, uma rapariga com cabelos pretos, pele pálida, só queria não ser normal, promentendo a si mesma que nunca iria sentir nada além de raiva e desprezo. Mas quando se junta a outras pessoas como ela num acampamento de verão assombrado, não voltará...