Acordei com algumas dores. Olhei os meus braços, estão todos cheios de nódoas negras! Quando o encontrar vou mata lo pensei.
Arranjei me muito rapidamente vestindo me de preto e atei o cabelo com um toto muito mal feito.
Sai a correr. Não sei o que queria mais: se matar Evan ou encontrar Em.
Indo a correr não sei para onde, encontrei Evan pelo caminho.
-Eu vou te matar meu canalha.
-O que eu fiz ag...
Comecei a estrangula lo antes mesmo acabar a frase. Espanquei o como ele fez comigo. As pessoas começaram a sair para a rua para ver o que se passava. Eu sabia que alguém nos vinha separar não mas tinha intenção de parar até lá. De repente as vozes, os gritos começaram. Por momentos pude suporta las mas depois começam a ficar mais intensas. Cambalei para trás acabando por me sentar no chão, a chorar, com as pernas cruzadas, com as mãos nos ouvidos e o meu corpo para a frente e para trás.
Por favor não faças isso.
PARA.
O que é que eu fiz?
Ahhhhhhhhhhh.As vozes gritavam e eu não podia fazer nada para as parar. O meu choro miudinho rapidamente se transformou num choro compulsivo e solucivo.
Uma senhora com 30 e poucos veio em meu socorro.
-O que se passa?
Não consegui responder mas gritei. Agarrou me pelas axilas como se eu fosse um bebé. Olhei os seus olhos pela primeira vez. Quase me via a mim própria de tão brilhantes serem, mas via-se uma certa preocupação.
-Fá-las parar.-ordenei calmamente parando de chorar- POR FAVOR- gritei começando a chorar.
A mulher que, como me tinha apercebido, o seu nome era Rose, pediu ajuda. Evan pegou me ao colo sem hesitar. Levou me o que parecia uma cama de hospital. Esperneei para tentar sair dali, mas foi em vão. Alguém já me tinha atado os pés e as mãos à cama. Enquanto vi Evan afastar se, Rose aproximou se com uma seringa com líquido amarelo, pronto para me injectar. As vozes continuaram e esperneei e gritei e fiz a máxima força que pude para sair dali. Uma picada repentina invadiu o meu braço.
Os gritos começaram a desvanecer, os meus olhos cheios de lágrimas só se queriam fechar, e o meu corpo começou a ficar imóvel. Depois perdi os sentidos e adormeci.
Acordei com uma imensa fome a apoderar se de mim. Estava toda dorida e não me lembrava nada do que tinha acontecido. A luz ofuscante que me tinha me tinha dado uma dor de cabeça quando abri os olhos, fez me querer voltar a dormir. O quarto era tão branco que só me apetecia vomitar. Ainda estava presa a cama por isso não pude sair. Gritar era a única coisa que podia fazer. Não sei porquê gritei por Evan. Ela tinha qualquer poder em mim que me fazia sentir segura. Nesse instante ele irrompeu a sala escorregando no chão demasiado limpo, tendo como suporte a maçaneta da porta.
-Estás bem?
-Estou com fome!-disse.
-Então já venho!-disse rindo se.
Aquele riso... aquele adorável riso, era contagiante. Tentei não me rir, mas fora em vão. Os seus cabelos loiros despenteados... Para de pensar nele, ew que horrível, pensei arrepiando me toda.
Momentos depois aparece ele com um sorriso na cara com um tabuleiro cheio de comida, principalmente de bolachas.
-Trouxe oreos!
-Boa. Não me consigo mexer.
-Podes calma? Não posso fazer tudo a mesmo tempo!
Ele desatou me de uma maneira que nem me magoou. Sentei me na cama e ele na outra ponta a comer as bolachas.
-Não comas as oreos todas!-refilei eu.
Ele pegou rapidamente a última bolacha e meteu a na boca e comeu a fazendo gozo.
-Parvo, canalha!-gritei dando murros nas suas pernas.
-Guardei uma para ti!
A sua mão fez um movimento lento para trás das suas costas tirando de lá mais outra bolacha.
-Aqui tens. Agora tens que me dar um beijinho.-pediu virando a cara.
-Pois pois!- gozei eu reencostando me.
Ele fez uma carinha triste e não falamos mais. Talvez foi por Rose estar de rompante no quarto dizendo que eu podia ir embora e deu me uma quantidade exagerada de comprimidos para a depressão. Fui a procura de Em mas não a encontrei. Procurei alguém que me ajudasse e disseram que ela tinha ido tomar banho, por isso corri até as balneários. Ouvi um choro vindo de uma cabine e chamei por Em, tinha a certeza que era ela.
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Psycopath
Teen FictionBlue, uma rapariga com cabelos pretos, pele pálida, só queria não ser normal, promentendo a si mesma que nunca iria sentir nada além de raiva e desprezo. Mas quando se junta a outras pessoas como ela num acampamento de verão assombrado, não voltará...